Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Navegação

- Publicada em 03 de Maio de 2022 às 03:00

Alterações no clima ameaçam agronegócio e portos

Segundo estudo do IPCC, ameaças acarretam em aumento dos custos dos complexos marítimos

Segundo estudo do IPCC, ameaças acarretam em aumento dos custos dos complexos marítimos


/Hapag-Lloyd/divulgação/jc
Fortalecer a infraestrutura contra inundações e tempestades, investir em sementes agrícolas mais resistentes, melhorar o armazenamento de água. Essas são algumas iniciativas que poderiam ajudar empresas a se proteger das mudanças climáticas.
Fortalecer a infraestrutura contra inundações e tempestades, investir em sementes agrícolas mais resistentes, melhorar o armazenamento de água. Essas são algumas iniciativas que poderiam ajudar empresas a se proteger das mudanças climáticas.
Contudo, conforme destacou o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU) em fevereiro, a maior parte do financiamento global está sendo direcionada para projetos que visam reduzir as emissões de carbono, desconsiderando a importância da adaptação.
Em janeiro deste ano, uma pesquisa da consultoria PwC mostrou que apenas 36% dos executivos brasileiros acreditam que as mudanças climáticas são uma grande ameaça ao crescimento das companhias no longo prazo. No recorte global, a proporção é ainda menor: 33%.
Em alguns setores, porém, o problema é iminente. Um estudo feito pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) mostrou que as mudanças climáticas já ameaçam os portos no Brasil.
O principal risco são os vendavais, que afetam sete portos e podem se tornar um problema futuro para outras nove instalações na costa do país. Tempestades, ressacas e elevação do nível dos oceanos também preocupam.
Entre os portos mais ameaçados por vendavais estão os de Imbituba (SC), Santos (SP), Recife (PE), Rio Grande (RS), Salvador (BA), Paranaguá (PR) e Itaguaí (RJ).
Além desses terminais portuários, também integram o levantamento os portos de: Angra dos Reis (RJ), Aratu-Candeias (BA), Cabedelo (PB), Fortaleza (CE), Ilhéus (BA), Itajaí (SC), Itaqui (MA), Natal (RN), Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Francisco do Sul (RS), São Sebastião (SP), Suape (PE) e Vitória (ES).
A questão é preocupante porque pode levar à interrupção da navegação nas regiões portuárias e até mesmo à inundação de pátios de terminais e áreas próximas, a exemplo das zonas urbanas. Além disso, essas ameaças, segundo o estudo, acarretam aumento dos custos dos complexos marítimos, afetando um setor que é responsável por cerca de 95% da corrente de comércio exterior do país.
"Os impactos nas operações portuárias em função da mudança do clima já são uma realidade no Brasil, e, mantidas as condições atuais, há uma tendência de piora neste cenário", afirma o documento.
O estudo lembra que os portos são responsáveis por 95% da corrente de comércio exterior do país, movimentando cerca de 14% do PIB.
Questionado sobre a existência de iniciativas para reduzir o impacto de vendavais, ressacas e tempestades, o Porto de Santos - o maior do país - afirmou que está participando de um novo levantamento para analisar "potenciais riscos da mudança climática".
"Com base nas informações geradas pelo estudo, com previsão contratual de ser concluído até junho deste ano, a SPA [Santos Port Authority] poderá avaliar os riscos climáticos presentes e futuros, para que possa incluir a variável climática na decisão do planejamento de seus investimentos e na sustentabilidade das operações portuárias."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO