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JC Logística

- Publicada em 28 de Dezembro de 2021 às 03:00

Locadoras tentam ganhar escala e poder de barganha

Setor passa por uma fase de consolidação no Brasil

Setor passa por uma fase de consolidação no Brasil


MOVIDA/MOVIDA/DIVULGAÇÃO/JC
Nos últimos anos, as locadoras de veículos ganharam espaço no dia a dia do consumidor, especialmente o dos grandes centros. Por uma questão de hábito, muitos deles estão preferindo deixar a vontade de ter um carro próprio de lado para alugarem um veículo apenas quando precisarem ou simplesmente utilizar os serviços de aplicativos, que também demandam unidades das locadoras.
Nos últimos anos, as locadoras de veículos ganharam espaço no dia a dia do consumidor, especialmente o dos grandes centros. Por uma questão de hábito, muitos deles estão preferindo deixar a vontade de ter um carro próprio de lado para alugarem um veículo apenas quando precisarem ou simplesmente utilizar os serviços de aplicativos, que também demandam unidades das locadoras.
Com a pandemia, no entanto, chegaram também outros problemas, como o desabastecimento global de peças que fez os preços dos carros dispararem. Agora, em busca de um futuro mais rentável, o setor começa a ver uma fase de consolidação, mas em um cenário bem desafiador pela frente.
A crise de semicondutores na indústria automotiva deve continuar impactando o negócio ao menos até o início de 2023, avaliam especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. O setor de locação encerrou 2021 com um déficit de aproximadamente 600 mil carros, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).
Neste cenário, as empresas de locação vêm se articulando para ganhar escala e poder de barganha para negociar com as montadoras. O maior movimento do gênero foi a fusão entre as líderes do setor, Localiza e Unidas. A operação foi aprovada pelo órgão antitruste, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda depende do cumprimento de importantes obrigações para sua conclusão.
Na avaliação do especialista em mobilidade e diretor da Bright Consulting, Murilo Briganti, ainda que a união não esteja 100% concluída, é possível afirmar que a fusão de duas empresas deste porte terá impacto no mercado. Para ele, a concentração de mercado pode acarretar em disparada nos preços dos aluguéis de carros.
A fusão Localiza e Unidas não deve ser o único movimento. Desde o ano passado, várias aquisições vêm ocorrendo, tanto em veículos leves quanto pesados, e foram encabeçadas por empresas como Movida e Unidas. Além disso, houve também a formação de parcerias como a da Volkswagen Financial Services com a LM Frotas, anunciada recentemente.
Briganti acredita que a oferta de semicondutores e outros componentes só deve se restabelecer integralmente em meados do segundo semestre de 2022, o que deve melhorar a produção de veículos e, consequentemente, os estoques. "Mas levará anos para o preço dos carros voltar ao crescimento anual padrão de 2% a 3%, se ocorrer", avalia.
O tíquete médio dos automóveis no mercado brasileiro passou de R$ 84,5 mil, em 2019, para R$ 112 mil atualmente. Com as legislações mais rigorosas de segurança e emissões e carros cada vez mais conectados, o padrão de preços atual tende a permanecer, avalia o especialista.
 
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