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Tecnologia

- Publicada em 20 de Abril de 2021 às 03:00

Solução que deu origem ao código de barras chega a 50 anos

É o GTIN que identifica cada produto de maneira única , explica João Carlos de Oliveira

É o GTIN que identifica cada produto de maneira única , explica João Carlos de Oliveira


/DOUGLAS LUCCENA/DIVULGAÇÃO/JC
Os processos logísticos automatizados como conhecemos hoje nasceram há 50 anos, quando grandes líderes da indústria de alimentação, varejo e bens de consumo se reuniram em Nova Iorque (EUA) para desenvolverem um padrão que identificasse os produtos e promovesse mais excelência no fluxo de distribuição.
Os processos logísticos automatizados como conhecemos hoje nasceram há 50 anos, quando grandes líderes da indústria de alimentação, varejo e bens de consumo se reuniram em Nova Iorque (EUA) para desenvolverem um padrão que identificasse os produtos e promovesse mais excelência no fluxo de distribuição.
Em 31 de março de 1971, nascia o código numérico que daria origem ao código de barras usado mundialmente até hoje para identificar nos sistemas de gestão todos os itens colocados nas prateleiras do varejo.
O código de barras é a representação gráfica para leitura por feixe de luz infravermelho da sequência de números com nome de Global Trade Item Number, em português, Número Global do Item Comercial, ou, simplesmente, GTIN. É ele que identifica, de maneira única, cada produto, substituindo as etiquetas de preços que não eram capazes de reconhecer a individualidade de cada item.
E o GTIN tornou-se o padrão da cadeia de suprimentos mais importante da história. Hoje, o código de barras é lido mais de seis bilhões de vezes todos os dias; está presente em 100 milhões de produtos; já foi utilizado por 2 milhões de empresas; e continua sendo um dos símbolos mais confiáveis do mundo.
Na época, os executivos do setor acreditavam que o GTIN poderia ter um impacto além do foco de sua criação, os supermercados. As expectativas eram as de que ele aumentasse a velocidade e eficiência de transações e processos, otimizando toda a cadeia de suprimentos e a experiência de compras. Os resultados foram tão positivos que depois de alguns anos o jornal britânico BBC classificou a iniciativa como uma das "50 coisas que fizeram a economia mundial".
Para João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, "a associação tem como meta manter a ideia daqueles empresários e desenvolver soluções que forneçam informações ainda mais úteis e precisas sobre os produtos".
"Hoje, no Brasil, representamos a entidade presente em mais de 150 países, e formamos uma rede de mais de 58 mil empresas associadas, que representam 31% do PIB e geram 18% dos empregos formais no país."
A inovação tecnológica é a linha de desenvolvimento para as soluções criadas pela GS1. Para o presidente do Conselho de Administração GS1, Kathy Wengel, "há meio século, empresários deixaram suas diferenças de lado e reinventaram o comércio global com o desenvolvimento do GTIN, que por sua vez levou diretamente à criação do código de barras".
No começo dos anos 1970, o engenheiro Tom Brady desenvolveu e instalou o sistema de scanner usado no supermercado Marsh, dos Estados Unidos. "Desde as reuniões visionárias dos fundadores da GS1 até a primeira digitalização, tudo foi extremamente estimulante e desafiador; sinto-me honrado por fazer parte de algo tão benéfico para o mundo e em ver empresas unindo forças e se aliando para o bem comum", comemora Brady.
Aliado a outros padrões desenvolvidos pela GS1, o GTIN é responsável até hoje por tornar a complexidade dos negócios globais um fluxo rápido, eficiente e seguro, que simplifica processos da cadeia de suprimentos em quase todos os setores da economia. Na nova era de automação e do consumidor mais próximo da digitalização, estamos no momento de elevar os padrões de códigos de barras ao próximo nível.
O engenheiro Brady avalia que "agora é a hora de uma nova geração de líderes da indústria apresentar padrões inéditos que terão o poder de transformar os negócios nos próximos cinquenta anos". Kathy Wengel compactua com a ideia de seguir com o desenvolvimento de soluções inovadoras com este propósito. "Ao comemorarmos esse marco notável, pedimos às empresas que colaborem para atender às necessidades da economia do século 21 ao desenvolver rapidamente novas tecnologias, incluindo códigos de barras de próxima geração ricos em dados".
Os padrões da próxima geração, como QR Code, podem armazenar muito mais informações confiáveis e remodelar o comércio global. Podem comunicar, entre outros dados, se um produto contém alérgenos ou é orgânico, o que oferece aos consumidores transparência, lealdade e garantia de origem daquilo que compram.

Aeroportos tendem a ampliar uso de cibersegurança, gerenciamento de ocupação e biometria, revela relatório

O mercado global de segurança de aeroportos ultrapassou US$ 10 bilhões em 2019, de acordo com relatório da Fortune Business Insights, e os investimentos se mostram cada vez mais necessários. As normas de segurança foram sendo redesenhadas e aprimoradas ao longo dos anos, de acordo com a evolução do setor e com novas ameaças.
Na década de 1970, uma das grandes preocupações era o sequestro de aeronaves. Em 2001, o 11 de setembro fez com que o terrorismo se tornasse prioridade na segurança dos aeroportos. Hoje, o distanciamento social imposto pela pandemia e a cibersegurança estão entre os principais pontos de atenção para os administradores aeroportuários.
Depois de realizar análises de mercado e reuniões com diversos players, a Genetec preparou um documento que aponta as principais tendências em segurança do setor, que vive um momento muito desafiador com a pandemia da Covid-19.
"Aeroportos são locais de grande fluxo de passageiros, com vários pontos de entrada e saída, o que, por si só, é um desafio. O controle de acesso às áreas restritas e a identificação de pessoas sempre foram pontos essenciais na segurança. Há algum tempo, temos apontado como a transformação digital está impactando nesse processo e constatamos que, neste momento, as tendências do mercado são buscar mais eficiência nos processos de automação e autoatendimento, investir no uso de biometria e tecnologias sem contato, além de gerenciar o fluxo de pessoas", explica Fabio Juvenal Ferreira, Gerente da Vertical de Cidades e Infraestruturas da Genetec.
Isso mostra que cada vez mais as soluções de segurança integradas, além de mitigar os riscos físicos, contribuirão para uma melhor experiência para os passageiros. A Genetec acredita que a tecnologia touchless, embora cara para implementar, é o futuro das viagens. Check-ins e embarques com leitores biométricos, recursos de reconhecimento facial e documentos virtuais estão sendo testados ou gradualmente implantados em diferentes aeroportos para proporcionar uma jornada com menos contato para os passageiros, algo essencial para a retomada do setor em um mundo de rígidas regras sanitárias.
Ao estudar os dados do setor e preparar seu relatório de tendências, a Genetec identificou pontos de atenção específicos para diferentes regiões. "Na América Latina, além dessas questões mencionadas, vemos que é muito importante o controle de perímetro, ou seja, monitoramento de todo o entorno do aeroporto, que normalmente são áreas de pouca circulação de pessoas e pouca iluminação, o que favorece roubos, inclusive de cargas", completa Ferreira.
A indústria da aviação vem sofrendo desde 2020 com a redução do fluxo de passageiros, os custos da força de trabalho e a queda nas receitas. Foi uma mudança repentina e radical nas operações. De acordo com a ACI World, o tráfego global de passageiros havia caído a uma taxa sem precedentes de -94,4% em abril de 2020 considerando o período de um ano. Os aeroportos agora lidam com incertezas e o desafio de tomar decisões urgentes, a fim de voltar à rota da forma mais rápida e tranquila possível.
Mesmo assim, com o controle da pandemia, as projeções para o setor são de crescimento do tráfego aéreo e, consequentemente, do número de pessoas circulando nos aeroportos. O gerenciamento de ocupação e o controle do fluxo de pessoas já vinha se tornando cada vez mais importante, até para evitar a formação de filas e melhorar a experiência do passageiro. "Com as questões sanitárias, isso se torna essencial. Por isso, é necessário que os aeroportos tenham não apenas bons equipamentos, mas pessoal muito bem treinado e uma solução que receba imagens e dados e entregue informações inteligentes", diz Ferreira .