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JC Logística

- Publicada em 18 de Março de 2021 às 11:09

Ampliação dos limites de cargas para caminhões acentua deterioração de estradas, diz Senge

Para o sindicato, medida do DNIT 'atende apenas interesses políticos'

Para o sindicato, medida do DNIT 'atende apenas interesses políticos'


ANTT/DIVULGAÇÃO/JC
Em janeiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) estabeleceu medida que amplia os limites de pesos e dimensões dos veículos de cargas indivisíveis no uso de rodovias. Para o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), a decisão "atende apenas interesses políticos" e afirmou que o DNIT "deixou de ser uma instância puramente técnica".
Em janeiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) estabeleceu medida que amplia os limites de pesos e dimensões dos veículos de cargas indivisíveis no uso de rodovias. Para o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), a decisão "atende apenas interesses políticos" e afirmou que o DNIT "deixou de ser uma instância puramente técnica".
A medida do departamento permitiu um acréscimo de 20% de limite de peso de carga em caminhões de eixo simples, 30% para eixo duplo e 12% para eixo triplo. Em nota, a entidade diz que acredita que o objetivo da medida é "acalmar" caminhoneiros sobre as reivindicações contra multas por excesso de carga e contra o aumento dos combustíveis.
“É mais um exemplo do 'vamos passar a boiada'. A resolução poderia ter como base técnica estudos realizados no próprio DNIT, por engenheiros, através do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), ligado ao Departamento. Mas tudo leva a crer que os técnicos do Instituto não foram ouvidos, porque se fossem, seriam citados”, afirma o engenheiro Mogli Veiga, especialista no setor rodoviário e membro do Conselho Técnico Consultivo do Senge-RS, em nota oficial.
Segundo o sindicato, o limite de cargas no Brasil ultrapassou o dos Estados Unidos e outros países desenvolvidos. Enquanto nos EUA o limite equivale a 9,1 toneladas, a mudança do DNIT subiu o limite brasileiro para 12 toneladas.
"O desgaste e deterioração da pavimentação das estradas já são acentuados e, com maior carga por eixo, a falência do pavimento irá ocorrer de maneira ainda mais rápida. Se os atuais recursos para a recuperação das rodovias já são escassos, mais grave ficará a situação se os estragos e desintegrações forem acelerados, exigindo maiores investimentos", ressalta o sindicato.
O rompimento de estradas, de acordo com o Senge-RS, é causado pelo carregamento excessivo de caminhões pesados. A entidade afirma que as más condições afetam todos os veículos, incluindo caminhões. Também fica comprometida a segurança, principalmente em pontes. As condições trazem maiores gastos com restauração e aumentos nos custos operacionais das concessionárias de rodovias, com consequente pressão nos pedágios.
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