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JC Logística

- Publicada em 26 de Janeiro de 2021 às 03:00

Demanda do setor de grãos faz preço do frete superar o piso mínimo indicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres

Valor praticado para transporte rodoviário de grãos está acima do indicado

Valor praticado para transporte rodoviário de grãos está acima do indicado


LOURENÇO FURTADO/FATO E FOTO/DIVULGAÇÃO/JC
O diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, disse que o reajuste no piso mínimo do frete rodoviário anunciado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não trará impacto para o setor agropecuário porque, graças à demanda, o valor praticado para transporte rodoviário de grãos está acima do indicado na tabela.
O diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, disse que o reajuste no piso mínimo do frete rodoviário anunciado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não trará impacto para o setor agropecuário porque, graças à demanda, o valor praticado para transporte rodoviário de grãos está acima do indicado na tabela.
O movimento tem entre os parceiros associações, organizações e federações que representam o agronegócio. "Esse reajuste já é previsto na lei do piso mínimo, sendo feito em julho e janeiro", disse Ferreira. "O reajuste que será feito agora não impacta em nada para nós. Nós sempre estamos pagando acima do valor do piso mínimo."
A ANTT publicou no Diário Oficial da União (DOU) do dia 19 de janeiro uma nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário. De acordo com a agência reguladora, as alterações vão resultar em um aumento médio que varia de 2,34% a 2,51%, conforme o tipo de carga e operação. O reajuste considera o IPCA, inflação oficial do País, e a atualização do preço do diesel.
Ao longo do ano passado, a média dos fretes ficou acima do piso mínimo, embora os valores tenham recuado em novembro e dezembro em relação ao desembolsado no pico das safras de grãos. "Em janeiro volta ao normal e vai num crescente em janeiro, fevereiro e março. Em abril começa a se estabilizar, em maio reduz um pouco", disse. "Isso é normal. Se tem muita carga e pouco caminhão, o valor sobe, mas, se tem muito caminhão e pouca carga, o valor desce."
Questionada sobre o reajuste no piso mínimo, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse que, "desde o princípio se manifesta contra a política do tabelamento de fretes e, mais uma vez, repudia esta medida". Mas informou que vai cumprir a tabela com as alterações anunciadas pelo governo.
"A associação, que no passado já se manifestou sobre a ineficiência e inconstitucionalidade da tabela, acredita que, deixando livre o jogo de oferta e demanda, os custos praticados nos contratos de transportes de cargas estariam acima dos indicados na tabela", disse a associação, em nota.
Por enquanto, não há grande preocupação no setor sobre uma possível paralisação dos caminhoneiros em 1º de fevereiro, mesmo coincidindo com a entrada da safra. "Pelas conversas que a gente tem tido com formadores de opinião e pessoas que analisam essa questão, acreditamos que não tenha ambiente para essa greve", disse Ferreira.
Segundo ele, na greve de 2018 os caminhoneiros tiveram apoio dos produtores e da sociedade, mas hoje, em plena pandemia do novo coronavírus, isso não deve se repetir. Além disso, a liderança "extremamente pulverizada" dos caminhoneiros pode limitar a mobilização a grupos locais.
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