Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 27 de Outubro de 2020 às 03:00

Brasil possui 283 startups do setor de logística

Desde 2011, investimentos em empresas do setor passam de US$ 1,3 bilhão

Desde 2011, investimentos em empresas do setor passam de US$ 1,3 bilhão


LUIZA FLORENZANO/DIVULGAÇÃO/JC
As startups do setor de logística, chamadas de logtechs, já são 283 no Brasil. Destas, 50% foram fundadas entre 2015 e 2020. O setor, que nos últimos anos encontrou oportunidades para inovar e se desenvolver, segue em expansão mesmo durante este período de crise na saúde pública e adversidade econômica. Somente nos primeiros nove meses deste ano, a área atraiu US$ 187,6 milhões em aportes. Os dados são do Distrito LogTech Report, levantamento realizado pelo Distrito, empresa de inovação aberta que atua junto a startups. O estudo teve ainda apoio da KPMG, Volvo e VLi.
As startups do setor de logística, chamadas de logtechs, já são 283 no Brasil. Destas, 50% foram fundadas entre 2015 e 2020. O setor, que nos últimos anos encontrou oportunidades para inovar e se desenvolver, segue em expansão mesmo durante este período de crise na saúde pública e adversidade econômica. Somente nos primeiros nove meses deste ano, a área atraiu US$ 187,6 milhões em aportes. Os dados são do Distrito LogTech Report, levantamento realizado pelo Distrito, empresa de inovação aberta que atua junto a startups. O estudo teve ainda apoio da KPMG, Volvo e VLi.
O levantamento dividiu as logtechs em cinco áreas de atuação: Gestão Logística (43,6%), que apresenta soluções eficientes na gestão do processo logístico, com uso de analytics, Internet das Coisas e Inteligência Artificial; Entrega (19,4%), serviços para entrega mais eficaz ao consumidor final, explorando diversos modais, como até mesmo drones; Logística Reversa (12%), serviços que intermediam a volta de um produto para a cadeia de suprimentos; Estoque (11,3%), empresas que utilizam tecnologia armazéns, centros de distribuição, fluxo de estoque e atividades como tráfego de carregamento e descarregamento; e Marketplace de Frente (11%), soluções que atuam como intermediárias entre fornecedores e transportadores para entrega de cargas fracionadas, permitindo análise comparativa e cotação de frete.
Desde 2011, as logtechs captaram um montante de US$ 1,3 bilhão, divididos em aproximadamente 100 rodadas de investimento. A categoria de Entrega foi a que mais recebeu recursos, US$ 911,1 milhões no total. Isso representa 74% de todo o investimento já realizado em logtechs brasileiras. Importante destacar, entretanto, que este volume se deve aos grandes investimentos nas startups iFood e Loggi, que representam mais de 95,5% dos aportes desta categoria. Em segundo e terceiro lugar estão as categorias de Logística Reversa e Marketplace de Frente, com a captação de US$ 265 milhões e US$ 202,7 milhões, respectivamente.
Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer, braço do Distrito responsável pela elaboração de estudos do universo de startups, afirma que o setor logístico segue em expansão e não deve esperar pela modernização de infraestrutura para superação de obstáculos geográficos. "Em um mercado de alta competitividade, as startups estão aproveitando cada oportunidade para diminuir custos, aumentar a eficiência na prestação de serviços e agregar valor à jornada dos colaboradores que integram a cadeia de suprimentos", comenta.
Ávila ainda explica que, "com a crescente do e-commerce, modernização dos pontos de vendas e experiências personalizadas para clientes, o varejo está sendo remodelado e as startups que oferecem produtos para a cadeia logística estão atuando como peças centrais nessa nova dinâmica, tornando-se cada vez mais essenciais".
O levantamento traz ainda a distribuição geográfica das startups de logística pelo país. Aproximadamente 90% das logtechs estão concentradas nas regiões Sudeste (67,5%) e Sul (20,1%). As empresas restantes estão localizadas nas regiões Nordeste (7,8%), Centro-Oeste (2,8%) e Norte (1,8%). Vale destacar que apenas o estado de São Paulo sedia 50,2% do total das startups deste segmento. Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná ocupam as três posições seguintes, somando 25,7% do total.
Segundo o estudo, em 2020, foram realizadas 13 aquisições, das quais quase 50% efetivadas por grandes varejistas (Via Varejo, B2W, Magazine Luiza), confirmando que o varejo tem observado o acirramento da concorrência, tornando necessário aquisições das startups para inovar, melhorar e baratear serviços.
O Distrito LogTech Report apontou, ainda, quais são as 10 maiores startups do setor, considerando elementos como número de funcionários, visibilidade, investimento captado e faturamento. São elas iFood, Loggi, Mandaê, Clique Retire, FreteBras, DeliveryCenter, CargoX, Modern Logistics, Cobli e Truck Pad.
O estudo destaca ainda uma relação de startups que têm apresentado um ritmo decrescimento acelerado, a partir da combinação dos aportes recebidos e da visibilidade que têm nas redes sociais. São elas Vuxx, Mottu, Bee Delivery, Melhor Envio, Intelipost, Logcomex, Carbono Zero Courier, Everlog, Shopper e Pathfind.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO