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Coronavírus

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 03:00

Guia on-line aponta estabelecimentos abertos nas rodovias

Polícia Rodoviária Federal mapeou 6 mil pontos comerciais que seguem em funcionamento

Polícia Rodoviária Federal mapeou 6 mil pontos comerciais que seguem em funcionamento


MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
Quem se desloca pelas rodovias do País poderá saber, pelo celular, quais estabelecimentos úteis que estão abertos ao longo do percurso. O sistema SuporteBR (suportebr.prf.gov.br) , iniciativa da Polícia Rodoviária Federal, identificou 6 mil fornecedores de produtos e serviços que seguem com as portas abertas ao longo das rodovias federais de todo Brasil. É possível encontrar, no mapa interativo, restaurantes, hospedagens, borracharias, oficinas mecânicas, postos de gasolina, lojas de conveniência e pontos de parada com diversos serviços simultâneos.
Quem se desloca pelas rodovias do País poderá saber, pelo celular, quais estabelecimentos úteis que estão abertos ao longo do percurso. O sistema SuporteBR (suportebr.prf.gov.br) , iniciativa da Polícia Rodoviária Federal, identificou 6 mil fornecedores de produtos e serviços que seguem com as portas abertas ao longo das rodovias federais de todo Brasil. É possível encontrar, no mapa interativo, restaurantes, hospedagens, borracharias, oficinas mecânicas, postos de gasolina, lojas de conveniência e pontos de parada com diversos serviços simultâneos.
De fácil acesso e interação, o SuporteBR permite ao usuário filtrar o conteúdo que busca por estado, cidade e tipo de estabelecimento. Por exemplo, é possível procurar por apenas restaurantes em determinada cidade ou estado ou encontrar borracharias e oficinas próximos a ele. O guia on-line mostra 507 pontos comerciais disponíveis no Rio Grande do Sul.
Ao fazer a busca, o SuporteBR traz em um mapa com postos geo-referenciados, diversas informações como: a localização exata do estabelecimento, tipo de serviço prestado, dias e horário de funcionamento de cada estabelecimento comercial. O sistema SuporteBR é resultado de um mapeamento de cerca de seis mil pontos de apoio e consolida-se como mais uma ação da campanha "Siga em Frente, Caminhoneiro".
A plataforma será de grande auxílio em um momento que, com o menor fluxo de veículos nas estradas em função da pandemia do novo coronavírus, muitos pontos comerciais - especialmente restaurantes - estão fechados. Mesmo sem decreto proibindo abertura, em alguns estados a opção de restaurantes e bares nas estradas foi a de fechar as portas, diante do baixo movimento.
Foi o caso da Bahia. Não há restrição estadual para o funcionamento de serviços e restaurantes nas rodovias, mas grande parte das restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência decidiram não abrir. "A maioria dos colegas está tendo que levar marmita para a estrada porque está quase tudo fechado", diz o caminhoneiro autônomo Denílson Alves, que trabalha com o frete de frutas de produtores rurais para a feira de São Joaquim, em Salvador.
Na Freeway (trecho de cerca de 100 km da BR-290, que liga Porto Alegre ao litoral), diariamente são distribuídos cem vales-alimentação para caminhoneiros. A iniciativa é da concessionária CCR Sul, que administra os pedágios. Além disso, a gaúcha Randon, que fabrica carrocerias, está distribuindo 50 mil frascos de álcool em gel em parceria com postos de gasolina em rodovias federais e com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em oito pontos de estradas estaduais.
Também há 25 pontos com atendimento do Sest-Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) com distribuição kits de higiene e alimentação em rodovias como a BR-386, BR-285 e BR-392. 
 

Transporte sofre forte queda de demanda, mantém atividades e ainda evita demissões

Pesquisa da CNT revela que acesso a crédito facilitado é a medida mais urgente e importante

Pesquisa da CNT revela que acesso a crédito facilitado é a medida mais urgente e importante


SLON.PICS VIA FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Mais de 90% dos transportadores estão pessimistas em relação ao futuro e avaliam que a pandemia do novo coronavírus terá impacto negativo em suas empresas. É o que revela a Pesquisa de Impacto no Transporte Covid-19, da Confederação Nacional do Transporte, realizada de 1º a 3 de abril, com 776 empresas de cargas e de passageiros de todos os modais de transporte, e publicada na semana passada. O levantamento mostra que 85,3% das empresas transportadoras perceberam redução em sua demanda em março de 2020 na comparação com igual mês nos anos anteriores.
Dos transportadores entrevistados, 70,7% já estão enfrentando problemas de caixa e severo comprometimento da capacidade para realizar os pagamentos correntes, como a folha de pagamentos e os fornecedores. Além disso, 53,7% das empresas têm recursos para, no máximo, um mês de operação, sendo que 28,2% não suportam 30 dias sem apoio financeiro adicional.
Para 69,6% dos empresários consultados, os efeitos da crise serão percebidos por mais de quatro meses. Mesmo diante do cenário adverso, porém, as empresas do setor têm ajustado suas rotinas de trabalho de forma a manter seus empregados. A pesquisa mostra que 34,1% das empresas alternaram os funcionários em turnos de trabalho; 32,1% concederam férias coletivas; e 29,5% utilizaram banco de horas. Diante das dificuldades, contudo, 22,2% já realizaram demissões em março de 2020.
Para 51,9% dos transportadores consultados pela CNT, a medida mais importante para aliviar o problema de fluxo de caixa durante a crise é a disponibilização de linhas de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas (incluindo capital de giro) de forma ampla e sem restrição ao porte da empresa. Também foi lembrada por 43,3% das transportadoras a suspensão da cobrança do PIS e da Cofins.
"É inegável que a crise do Covid-19 deixa os transportadores em uma situação de extrema dificuldade. Por isso, é urgente que o governo apresente planos de retomada gradual da economia - sempre conciliando a preservação da vida dos brasileiros com a sobrevivência das empresas, que são a base da sustentação socioeconômica do país", declara o presidente da CNT, Vander Costa.
No caso das transportadoras, segundo o presidente da Confederação, as ações governamentais precisam ter uma atenção especial. "Iniciativas como disponibilização, às empresas de transporte, de linhas de crédito e flexibilização na cobrança de impostos são imprescindíveis para que não haja interrupções na prestação dos serviços. Esse é o principal caminho para assegurar o abastecimento das cidades e a mobilidade das pessoas durante a pandemia.
 

Confira mais algumas conclusões do estudo

  • 84% das transportadoras esperam redução no faturamento nos próximos 30 dias; e 82,5%, nos próximos 60 dias
  • Queda de faturamento é o principal problema das transportadoras (71,1%)
  • 46,4% das empresas já percebem dificuldade na obtenção de insumos do transporte
  • Mais da metade (52%) revelaram que está mais difícil efetuar as entregas em função das restrições de acesso a alguns municípios e de novas regras de controle de entrada em estabelecimentos
  • 70,7% dos entrevistados afirmaram já estar com sua capacidade de pagamentos comprometida
  • Falta de serviços de apoio (restaurantes, lojas de peças de reposição, borracharias, atendimentos de órgãos públicos) é o maior entrave operacional na pandemia
  • Sobre acesso a capital de giro, 35,4% dos participantes que buscaram por crédito identificaram que o acesso a esse tipo de financiamento já está mais difícil
 
FONTE: CNT
 

Fluxo nas estradas cai 18,4% em março e tem maior recuo desde 1999

O fluxo total de veículos pelas praças de pedágio nas estradas recuou 18,4% em março, na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada. O indicador contempla o efeito de apenas dez dias de quarentena pela Covid-19.
A queda é maior que a vista na greve dos caminhoneiros em maio de 2018 e a maior desde a criação do índice em 1999. Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo de veículos leves apresentou queda de 22,7% e o de pesados recuou 4,1%.
"O índice de março captou os primeiros impactos do coronavírus e das políticas de saúde em prol do isolamento social, que passaram a ter grande volume de adesão a partir do dia 20. Dessa forma, esse contexto influenciou de forma mais substancial o tráfego nas estradas pedagiadas no término do último mês", afirma Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria.
Além dos dados de março contemplarem apenas parcialmente as consequências da pandemia do coronavírus, o impacto no setor ainda foi amenizado pelo fato de que parte dos caminhões estava em viagens longas ou cumprindo transportes previamente programados.
Como explica o especialista, "atividades essenciais seguem em funcionamento integral ou reduzido, o que influencia na continuidade, ainda que limitada, do fluxo pedagiado de caminhões".
Na comparação com março do ano passado, o fluxo total de veículos caiu 19,3%. Os leves registraram baixa de 26,3%. Já o fluxo dos pesados cresceu 3,1%.
No acumulado do ano até março, o fluxo total de veículos nas estradas pedagiadas caiu 4,8% e o dos leves, 6,7%. A circulação dos pesados, ao contrário, cresceu 1,3%.
Nos 12 meses encerrados em março, o fluxo total de veículos cresceu 2,1%, o dos leves, 1,5% e o dos pesados, 3,8%.

ANTT intensifica ações e flexibiliza regras de transporte rodoviário de passageiros

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) está flexibilizando algumas regras do transporte rodoviário de passageiros. Previstas na resolução n.º 5.875/2020, as novas orientações atendem à solicitação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que previu dificuldade de as empresas cumprirem, em um cenário de crise, as exigências habitualmente impostas pela autarquia.
O normativo garante que empresas que não observarem o prazo mínimo para início da venda de bilhete de passagem não serão penalizadas. Da mesma forma, está livre de ônus a alteração do esquema operacional da linha sem prévia comunicação à agência.
O texto isenta, ainda, as empresas que interromperem o serviço em razão de impraticabilidade temporária do itinerário. Não serão punidos os empresários que descontinuarem, sem comunicar previamente à ANTT, determinadas viagens a que estariam normalmente obrigados.
A mesma resolução suspendeu a prestação do serviço de transporte rodoviário internacional de passageiros regular sob regime de fretamento e, também, o semiurbano em região de fronteira, realizado por empresas brasileiras e estrangeiras.
Outra medida adotada pelo órgão regulador como forma de enfrentar os reflexos da Coviv-19 é voltada ao transporte de cargas. Após o período de flexibilização das regras de cadastro do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), a ANTT irá disponibilizar o cadastro integralmente pela internet. O objetivo é desburocratizar e simplificar o cadastro e também aprimorar a eficiência no transporte de cargas do País.
A ANTT iniciou fase piloto, na qual serão testados os processos de autenticação do usuário, integração com as bases de dados da Receita Federal e Denatran e outras funcionalidades do sistema.
Com a plataforma, os transportadores poderão se cadastrar, recadastrar e fazer a gestão de sua frota sem precisar de atendimento presencial. Todas as informações serão verificadas por meio de integração e segurança da base de dados.