A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) concluiu os estudos necessários para a nova concessão da Rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio a São Paulo. Esse passo é necessário para o governo fazer um novo leilão da rodovia, o que está previsto para ocorrer em 2020. O contrato atual da Via Dutra, hoje administrada pela CCR, vence em março de 2021. Mas o governo quer acelerar o processo para que, assim que a atual concessionária saia da pista, a nova empresa já passe a administrar a via.
O leilão da Via Dutra será feito por um modelo que irá misturar menor tarifa de pedágio e maior outorga para a União. Haverá um piso para a tarifa de pedágio. A partir dele, vence o leilão a empresa que oferecer maior valor de outorga ao governo. O objetivo do Ministério da Infraestrutura é evitar que empresas consideradas aventureiras ofereçam propostas "irreais" para a rodovia e depois precisem devolver a estrada.
O documento da EPL sugere a possibilidade da utilização de descontos na tarifa para usuários frequentes. A medida reduziria progressivamente o valor da tarifa para os veículos que façam trajetos de ida e volta repetidas vezes pelas mesmas praças de pedágio. O projeto também prevê a cobrança de valores diferenciados para trechos de pista simples e pista dupla.
O governo prevê ainda um modelo diferente de cobrança de pedágio, que deve ser limitado a trechos da rodovia localizados na região metropolitana de São Paulo. Esse sistema, chamado de free flow, permite a cobrança de pedágio sem a necessidade de cancelas.
O projeto altera a concepção atual da concessão, limitando o trecho da BR-116 situado entre os entroncamentos da rodovia com a BR-465/RJ, em Seropédica, com a Marginal Tietê, em São Paulo.