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Infraestrutura

- Publicada em 03 de Maio de 2019 às 03:00

Governo ainda busca verba para consertar estradas

Recursos para melhoria de rodovias foi negociado com caminhoneiros, que sinalizavam com nova greve

Recursos para melhoria de rodovias foi negociado com caminhoneiros, que sinalizavam com nova greve


ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC
Para conseguir liberar os R$ 2,8 bilhões prometidos para a manutenção de estradas e para o Minha Casa Minha Vida, o governo ainda está fechando as contas para definir de onde sairão os recursos. A área econômica defende que o dinheiro seja remanejado de outras áreas para não comprometer, já na largada, a reserva de R$ 5,4 bilhões criada no Orçamento para casos de necessidade.
Para conseguir liberar os R$ 2,8 bilhões prometidos para a manutenção de estradas e para o Minha Casa Minha Vida, o governo ainda está fechando as contas para definir de onde sairão os recursos. A área econômica defende que o dinheiro seja remanejado de outras áreas para não comprometer, já na largada, a reserva de R$ 5,4 bilhões criada no Orçamento para casos de necessidade.
A avaliação é que o mais recomendado agora é manter a reserva para enfrentar eventuais riscos ao cumprimento da meta fiscal. Um deles é a onda de revisões nas projeções para o crescimento econômico neste ano. Com as estimativas de PIB derretendo, isso pode comprometer a arrecadação.
Essa opção, no entanto, pode piorar a situação já dramática de órgãos que foram atingidos pelo corte no Orçamento e que correm o risco de ficar sem recursos para garantir seu funcionamento.
A equipe econômica anunciou em março um bloqueio de R$ 29,8 bilhões nas despesas do Orçamento, uma vez que havia risco de descumprir a meta fiscal para o ano, que permite déficit de R$ 139 bilhões. O aperto inicial, porém, foi maior e passou dos
R$ 35 bilhões porque a área econômica considerou prudente formar uma reserva orçamentária, que pode ser liberada aos poucos e já foi feita em outros anos.
O governo poderia agora usar a reserva para liberar os recursos prometidos, mas a opção mais provável, na visão de fontes da área econômica, é que haja um remanejamento de outras áreas para as ações anunciadas. Manter a reserva de segurança seria importante no momento para formar um "colchão" de proteção contra eventuais riscos.
A própria projeção do governo para o crescimento neste ano já foi revista de 2,5% para 2,2% na avaliação feita em março, mas o mercado continua cada vez menos otimista. Segundo o Boletim Focus - que reúne estimativas de uma centena de instituições financeiras - as projeções para o PIB já recuaram a 1,70%, ante 2% um mês antes. Os números foram divulgados na segunda-feira pelo Banco Central.
O Ministério da Economia confirmou que haverá um crédito suplementar de R$ 800 milhões ao Ministério do Desenvolvimento Regional para atender despesas do Minha Casa Minha Vida. A pasta também assegurou que haverá liberação de R$ 2 bilhões para o Ministério da Infraestrutura - uma medida negociada para aplacar os ânimos dos caminhoneiros, que sinalizaram com a possibilidade de nova greve.

Metrô do Rio é o primeiro a usar tecnologia de aproximação

As pessoas que pegam metrô na cidade do Rio de Janeiro contam desde o dia 29 de abril com ajuda da tecnologia para evitar filas. A concessionária MetrôRio, que transporta 900 mil passageiros por dia, passa a aceitar pagamento por aproximação, nas catracas, feito por cartão de crédito, aparelho de celular, pulseira ou relógio com a tecnologia NFC (Near Field Communication).
A ideia é que o passageiro não precise comprar ou recarregar bilhete do metrô, um sufoco para turistas, por exemplo. Basta, agora, aproximar o dispositivo com a tecnologia NFC direto em uma das catracas adaptadas em qualquer das 41 estações do metrô. Com isso, a cobrança das passagens é feita direto no cartão para ser paga junto com a fatura.
A novidade, por enquanto, só funciona para quem tem cartão de crédito da bandeira Visa, emitido pelos bancos Banco do Brasil ou Bradesco, ou celular, com tecnologia NFC - há uma série de aplicativos on-line que habilitam esta função. Quem não tem o cartão, precisa entrar em contato com a agência e pedir um novo. No Banco do Brasil, 200 mil clientes já estão aptos a usar a nova tecnologia que virá, automaticamente, nos novos cartões.
No caso dos celulares, o app de pagamento funciona como uma carteira digital, que guarda dados do usuário e pode ser instalado em celulares de todos os sistemas operacionais. O aparelho pode estar off-line, mas é preciso que tenha o mínimo de bateria para funcionar.
De acordo com o presidente da MetrôRio, a novidade permite que o cliente ganhe tempo e que a concessionária economize com o custo operacional, tornando-a mais digital possível. "Queremos oferecer conveniência e praticidade", ressaltou Guilherme Ramalho.