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JC Logística

- Publicada em 29 de Março de 2019 às 03:00

Correios planejam entrar na briga com Uber, Rappi e iFood

Com o novo modelo, algumas etapas do processo de envio de encomendas poderiam ser eliminadas

Com o novo modelo, algumas etapas do processo de envio de encomendas poderiam ser eliminadas


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
Em busca de ampliar o leque de atividades, os Correios planejam entrar no mercado de entregas compartilhadas, serviço em franco crescimento disputado hoje por empresas de tecnologia como Uber, Rappi e iFood. Pelo projeto em elaboração, ainda encoberto pelo sigilo de um termo de confidencialidade, a estatal faria uma parceria societária com o setor privado para criar uma espécie de "Uber das encomendas".
Em busca de ampliar o leque de atividades, os Correios planejam entrar no mercado de entregas compartilhadas, serviço em franco crescimento disputado hoje por empresas de tecnologia como Uber, Rappi e iFood. Pelo projeto em elaboração, ainda encoberto pelo sigilo de um termo de confidencialidade, a estatal faria uma parceria societária com o setor privado para criar uma espécie de "Uber das encomendas".
Na entrega compartilhada presente no mercado, o usuário acessa um aplicativo de celular e faz o pedido por um alimento ou produto. A entrega é feita por colaboradores definidos pelo sistema.
Fontes que participam da elaboração do projeto relataram que a estatal avalia se fará uma parceria com uma dessas companhias que já atuam no mercado ou se o negócio pode ser feito com uma empresa de tecnologia para criar um serviço novo.
Hoje, a pessoa que deseja enviar uma encomenda pelos Correios precisa ir a um ponto de atendimento e fazer uma postagem convencional. O produto passa por uma extensa logística interna na companhia até chegar às mãos do carteiro e ao destino final. Com o novo modelo, etapas do processo poderiam ser eliminadas e isso poderia gerar uma redução de custos.
Inicialmente, o projeto em estudo não prevê a contratação de colaboradores sem vínculo aos Correios. A medida, segundo dirigentes, não vai promover uma "terceirização branca" dos serviços, e sim a otimização da atual estrutura da companhia.
Segundo os relatos, os estudos caminham para a criação de um modelo híbrido, que carrega a simplificação da entrega compartilhada ao mesmo tempo que se beneficia com o uso da força de trabalho, da estrutura e da capilaridade dos Correios.
A definição do modelo ainda depende da conclusão de estudos técnicos e de viabilidade econômica. Encerrada essa primeira etapa, deve ser lançado um projeto-piloto em algumas cidades. A visão dentro da estatal é de que os Correios podem perder uma fatia importante do mercado se não entrarem nesse tipo de serviço, que é recente, mas apresenta forte crescimento.
O diagnóstico da necessidade de diversificação fica claro nos números registrados pela companhia nos últimos anos. As entregas da área na qual os Correios têm monopólio - envio de cartas, telegramas e outras mensagens - caíram de 8,9 bilhões de unidades, em 2012, para uma estimativa de 5,7 bilhões em 2018.
Na postagem de encomendas, a estatal não conta com esse benefício e enfrenta concorrência de gigantes do setor, como DHL e UPS. A empresa, que tem cerca de 105 mil funcionários, passa por um processo de reestruturação que inclui redução do número de agências físicas e enxugamento do quadro de empregados.
O novo serviço, que inicialmente vai dispensar entrega de comida e deve focar apenas em encomendas, entraria no portfólio da estatal para complementar o que é oferecido hoje. Também está em estudo aliar o sistema a novas formas de coleta de encomendas. Entre os planos está a instalação de armários automatizados em shoppings e estações de trem e ônibus. Nesse caso, o usuário poderia fazer o pedido pelo aplicativo e retirar a encomenda nesses locais.
A execução do projeto será tocada pela CorreiosPar, controlada pela estatal. Esse tipo de negócio pode ser feito desde 2011, quando uma lei autorizou a empresa pública a ampliar o campo de atuação, comprar participações em companhias já estabelecidas e constituir subsidiárias.
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