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- Publicada em 07 de Dezembro de 2018 às 01:00

Bicicletas também entram na onda do compartilhamento

Uber anunciou que vai oferecer bikes com essa tecnologia no País, através de sua coligada Jump

Uber anunciou que vai oferecer bikes com essa tecnologia no País, através de sua coligada Jump


/MARCOS DE PAULA/AE/JC
Não é só a produção local que tem atraído investidores para o segmento de bicicletas elétricas. Empresas de locação e de compartilhamento de automóveis também estão apostando nessa modalidade de transporte. Recentemente, o Uber anunciou que vai oferecer bikes com essa tecnologia no País, de sua coligada Jump, embora não tenha informado datas.
Não é só a produção local que tem atraído investidores para o segmento de bicicletas elétricas. Empresas de locação e de compartilhamento de automóveis também estão apostando nessa modalidade de transporte. Recentemente, o Uber anunciou que vai oferecer bikes com essa tecnologia no País, de sua coligada Jump, embora não tenha informado datas.
A ALD Automotive, terceira maior administradora de frotas corporativas no Brasil, terá, a partir deste mês, bicicletas elétricas disponíveis para compartilhamento entre seus clientes. Até o fim de 2019 serão 100 unidades, informa Pedro Reis, presidente da empresa. Segundo ele, as bikes serão usadas por funcionários e executivos das empresas que já utilizam veículos da ALD - que administra frota de 29 mil automóveis, dos quais 23 mil são próprios. Também há grandes empresas que vão usá-las para locomoção interna de funcionários.
As bicicletas serão fornecidas pela startup de locação E-moving, e a ALD instalará pequenos totens para carregamento de bateria, além de fornecer capacetes. Todo o processo para locação e liberação é pelo celular. "Percebemos que os clientes estão interessados em soluções alternativas de mobilidade e queremos ter produtos para atender todos os perfis", diz Reis.
Há dois meses, Victor Hugo Cruz, engenheiro de 29 anos e fundador da Vela Bikes, mudou sua fábrica do bairro de Pirituba, em São Paulo, onde produzia 60 bicicletas por mês, para um imóvel maior em Diadema, no ABC paulista. Hoje, produz 200 unidades mensais, mas tem estrutura para chegar a mil.
"Nosso primeiro objetivo é eliminar a fila de espera por nossos produtos, que, hoje, é de dois a três meses", informa Cruz. Além de vender pela internet, a Vela tem quatro lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. A Vela Bike recebeu capital de R$ 2,3 milhões de investidores-anjo e R$ 330 mil por meio de financiamento coletivo e busca novos investidores.
A bicicleta Vela tem quadro desenvolvido pelo próprio Cruz e é produzida com exclusividade por uma empresa de Taiwan, mas a intenção é nacionalizar o produto. Vários componentes são importados. A empresa já faz localmente a pintura, o canote e a carcaça da bateria, entre outros itens. "Fazemos bicicletas personalizadas", diz Cruz. A marca tem cinco opções de tamanho para se adaptar melhor à altura do usuário, que também tem opção de escolher a cor entre 13 tonalidades diferentes. Os preços variam de R$ 4,8 mil a R$ 5,9 mil.
O mercado de e-bikes no Brasil é bastante pulverizado, e calcula-se que há entre 40 a 50 empresas com linhas de montagem, a maioria de pequeno porte. Mundialmente, várias montadoras estão anunciando projetos para atuar nesse segmento, entre as quais Audi, Ford, General Motors e Volkswagen.
 

Novas rodovias do estado de São Paulo serão obrigas a produzir estudos para ciclovias

A partir do dia 4 de dezembro, todos os projetos de duplicação ou construção de rodovias no estado de São Paulo terão de incluir estudos sobre a necessidade e a possibilidade de implantação de ciclovias ou ciclofaixas.
A regulamentação do decreto estipula que deve ser feita a opção preferencial por ciclovias quando o tráfego de bicicletas é separado fisicamente dos veículos motorizados. No entanto, o decreto abre espaço para instalação de ciclovias, as faixas para circulação não motorizada, quando as condições físicas não permitam a construção de vias específicas ou até na falta de dinheiro para viabilizar o projeto ideal.
Todos os anos será apresentado um relatório estatístico de acidentes envolvendo pedestres, ciclistas e condutores dos diversos tipos de veículo. "Os dados dos acidentes envolvendo ciclistas deverão revelar condições de risco e infrações cometidas no acidente", estabelece o texto. As informações, que serão divulgadas a partir de 30 de abril de 2020, servirão para aprimorar o sistema de análise de acidentes e também para a prevenção. De janeiro a outubro deste ano, 329 ciclistas morreram em acidentes no estado.