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JC Logística

- Publicada em 22 de Junho de 2018 às 01:00

Aneel regulamenta a recarga de veículos elétricos

Estudo mostra que Brasil já pode atender 2 milhões de carros do gênero

Estudo mostra que Brasil já pode atender 2 milhões de carros do gênero


/CPFL/DIVULGAÇÃO/JC
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta semana a regulamentação sobre a recarga de veículos elétricos por interessados na prestação desse serviço (distribuidoras, postos de combustíveis, shopping centers, empreendedores). A agência optou por uma regulamentação mínima do tema, que evita a interferência da atividade nos processos tarifários dos consumidores de energia elétrica, quando o serviço for prestado por distribuidora.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta semana a regulamentação sobre a recarga de veículos elétricos por interessados na prestação desse serviço (distribuidoras, postos de combustíveis, shopping centers, empreendedores). A agência optou por uma regulamentação mínima do tema, que evita a interferência da atividade nos processos tarifários dos consumidores de energia elétrica, quando o serviço for prestado por distribuidora.
O diretor relator do processo Tiago Correia ressaltou que a nova regulamentação tem como principal objetivo reduzir a incerteza aos que desejam investir no desenvolvimento da infraestrutura de recarga dos veículos elétricos. "A agência está eliminando eventuais barreiras para o desenvolvimento desse mercado. A norma garante que o empreendedor invista nas instalações de recarga sem medo de surpresas regulatórias posteriores."
Os veículos elétricos têm se apresentado como uma alternativa para a redução das emissões e aumento da eficiência energética no transporte. No Brasil, o mercado está em expansão, e a expectativa é que a propulsão elétrica alcance uma posição relevante no País nos próximos 10 anos.
O regulamento da agência permite a qualquer interessado a realização de atividades de recarga de veículos elétricos, inclusive para fins de exploração comercial a preços livremente negociados, a chamada recarga pública. A distribuidora de energia elétrica pode, a seu critério, instalar estações de recarga em sua área de atuação destinadas à recarga pública de veículos elétricos.
A Aneel deverá disponibilizar, até 15 de outubro de 2018, formulário eletrônico que permita a qualquer consumidor interessado o envio das informações necessárias ao registro junto à agência das estações de recarga em unidades consumidoras de sua titularidade.
Com a redução de impostos a ser anunciada pelo governo, e a previsão de barateamento do custo da tecnologia nos próximos anos, carros elétricos e híbridos podem responder por cerca de 20% das vendas no Brasil até 2030. A previsão é de estudo recém-concluído pela CPFL Energia. O estudo também concluiu que a infraestrutura energética brasileira já está preparada para atender cerca de 2 milhões de veículos, ou 4% da frota, sem investimentos.
O cálculo leva em conta que 80% dos carros seriam abastecidos no local onde ficam mais tempo parados, quase sempre na casa do proprietário. "As casas precisam ter tomadas de 220 volts, com capacidade dedicada, ou seja, capaz de suportar uma carga similar àquela usada para ligar dois chuveiros ao mesmo tempo", explica Rafael Lazzaretti, diretor de Inovação e Estratégia da CPFL.
No ano passado, foram vendidos no País 3.296 veículos elétricos e híbridos (que funcionam com motor elétrico e a combustão). Nos primeiros cinco meses deste ano, foram 1.562 unidades, 65% mais ante igual período de 2017.
Na nova tabela de IPI, a menor alíquota a ser cobrada, de 7%, terá exigência tão elevada de eficiência energética que, segundo fontes do setor automotivo, nenhum carro vai atendê-la de imediato.
O estudo da CPFL indica que o potencial brasileiro para a mobilidade elétrica "é gigantesco". A dificuldade, por enquanto, é o custo do veículo, barreira que ele acredita será reduzida quando a tecnologia se popularizar.
O Brasil poderia ter fatia maior de vendas de elétricos se houvesse estímulos para a compra, como na China e nos EUA. Simulação da CPFL indica que seriam necessários R$ 626 bilhões em incentivos para que 40% das vendas fossem de veículos elétricos em 2030.
 
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