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DOCUMENTOS

- Publicada em 25 de Março de 2020 às 03:00

Despesa médica é considerada a vilã e pode levar à malha fina

Dos vários tipos de gastos em saúde, nem todos são passíveis de dedução, o que requer atenção

Dos vários tipos de gastos em saúde, nem todos são passíveis de dedução, o que requer atenção


/Freepik/Divulgação/JC
A obrigatoriedade da Entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2020 - Ano Base 2019 é uma realidade para grande parte dos contribuintes brasileiros. O prazo se encerra às 24h do dia 30 de abril, independentemente da pandemia do coronavírus. E um dos grandes vilões que levam os contribuintes à malha fina são as deduções de despesas médicas.
A obrigatoriedade da Entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2020 - Ano Base 2019 é uma realidade para grande parte dos contribuintes brasileiros. O prazo se encerra às 24h do dia 30 de abril, independentemente da pandemia do coronavírus. E um dos grandes vilões que levam os contribuintes à malha fina são as deduções de despesas médicas.
"As declarações e deduções de despesas médicas e de saúde são muito complexas, pois são vários os tipos de gastos nessa área e nem todos são passíveis de dedução. E a Receita Federal vem fechando o certo em relação a esses dados, fato é que 25,1% das declarações que foram para a malha fina em 2019 tiveram problemas relacionados a deduções de despesas médicas", explica o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.
Segundo a Receita, são dedutíveis gastos com hospitais e clínicas; aparelhos ortopédicos; médicos de qualquer especialidade; próteses ortopédicas (pernas e braços mecânicos), dentistas; próteses dentárias; psicólogos; cadeiras de rodas; fisioterapeutas; andadores ortopédicos; terapeutas ocupacionais; assistência médicas e ou seguro saúde; fonoaudiólogos; assistência odontológicas; exames laboratoriais; palmilhas e calçados ortopédicos (e qualquer outro aparelho ortopédico destinado à correção de desvio de coluna ou defeitos dos membros ou das articulações) e exames laboratoriais.

Atente às considerações sobre esses gastos

• Exames laboratoriais e radiológicos - são dedutíveis inclusive os feitos em laboratórios de análises clínicas e radiológicas
• Consultas médicas de qualquer especialidade - incluídos com dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.
• Home Care - os gastos com serviços de "Home Care" apenas podem ser considerados como despesas médicas dedutíveis quando constarem da fatura do estabelecimento hospitalar ou do plano de saúde.
• Aparelhos ortopédicos e dentários - pernas e braços mecânicos, cadeiras de rodas, andadores ortopédicos, palmilhas e calçados ortopédicos e qualquer outro aparelho ortopédico destinado à correção de desvio de coluna ou defeitos dos membros ou das articulações.
• Despesas com parto - as despesas hospitalares de um dos cônjuges não podem ser deduzidas pelo outro quando a declaração não é feita em conjunto, mas como o parto se trata de uma despesa necessária ao parto de um filho comum, os valores podem ser deduzidos por qualquer um dos companheiros.
• Próteses ortopédicas e dentárias - aparelhos que substituem dentes, como dentaduras, coroas e pontes são dedutíveis do imposto de renda. A colocação e a manutenção de aparelho dentário também são dedutíveis, mas a colocação do aparelho deve estar incluída na conta emitida pelo profissional de saúde.
• Cirurgias plásticas - podem ser reparadoras ou não, mas devem ter a finalidade de prevenir, manter ou recuperar a saúde física ou mental do paciente.
• Planos e seguros de saúde, incluindo a coparticipação do empregado que divide os custos do plano com o empregador - o gasto dedutível é aquele que efetivamente foi pago pelo contribuinte. Despesas cobertas pelo plano ou seguro e gastos que forem reembolsados não devem, portanto, ser deduzidos. Os planos de saúde têm uma linha específica para a discriminação dos pagamentos na ficha "pagamentos efetuados". No caso de reembolsos parciais, a parcela paga pelo contribuinte entra na coluna "valor pago", e a quantia reembolsada entra na coluna "parcela não dedutível". Caso o contribuinte tenha recebido em 2019 o reembolso de uma despesa feita em 2018, ele deve ser informado na ficha "rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas".
• Materiais usados em cirurgias - marca passos, parafusos e placas (em cirurgias ortopédicas e odontológicas), colocação de lente intraocular em cirurgia de catarata, transfusões de sangue e medicamentos, desde que colocados na fatura emitida pelo hospital ou profissional de saúde.
• Instrução de deficientes físicos e mentais - desde que a deficiência seja atestada em laudo médico e o pagamento tenha sido realizado a entidades destinadas a tratar de deficientes físicos ou mentais.
• Internação em estabelecimento geriátrico - desde que o estabelecimento seja um hospital e tenha licença de funcionamento aprovada pelas autoridades competentes (municipais, estaduais ou federais).
• Despesas médicas ou de hospitalização feitas no exterior e gastos com médicos não residentes no Brasil - os pagamentos feitos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares pelo valor fixado pela autoridade monetária do país onde as despesas foram feitas, na data do pagamento, e em seguida convertidas em reais, segundo a cotação do Banco Central para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
• Fertilização in vitro - pagamentos efetuados a médicos e a hospitais, assim como as despesas com exames laboratoriais, realizados no âmbito de procedimento de reprodução assistida por fertilização in vitro, devidamente comprovados, são dedutíveis somente na DIRPF do paciente que recebeu o tratamento médico.
• Internação hospitalar feita em residência - desde que o gasto faça parte da fatura emitida pelo hospital.
• Casas de repousos estabelecimento geriátrico - as despesas de internação em estabelecimento geriátrico somente são dedutíveis se o referido estabelecimento for qualificado como hospital, nos termos da legislação específica.
fonte: confirp

O que não pode ser abatido - despesas indedutíveis

Veja despesas médicas e gastos com saúde indedutíveis
• Despesas referentes a acompanhantes, inclusive de quarto particular utilizado por eles.
• Medicamentos se não estiverem incluídos na conta do hospital.
• Despesas com massagistas, enfermeiros e assistentes sociais se não forem decorrentes de uma internação hospitalar.
• Prótese de silicone se não estiver incluída na conta do hospital.
• Passagem e hospedagem no brasil ou no exterior para tratamento médico ou hospitalar do contribuinte ou dependente
• Vacinas.
• Gastos com coleta, seleção e armazenagem de células-tronco de cordão umbilical, já que não se referem a tratamento de doenças ou recuperação da saúde física e mental.
• Óculos e lentes de contato.
• Exame de DNA para investigação de paternidade.
Fonte: Confirp

Vantagens para quem entrega cedo ou na última hora

Muitos contribuintes se questionam quando acertar as contas com o Leão. Sempre se fala sobre a mania que o brasileiro possui de deixar para entregar a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física para a última hora. Contudo, será que sempre será benéfico ser um dos primeiros a entregar esse documento? A resposta é não.
Segundo o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil Richard Domingos, a recomendação é preparar a declaração com bastante antecedência, já a entrega dependerá de cada caso. A partir da declaração pronta, chega um momento de análise da melhor data para envio do documento.
"Os contribuintes confundem elaborar a declaração com a entrega do documento. É importante que se saiba que pode estar com o documento totalmente preparado e, mesmo assim, planejar a melhor data de entrega, que dependerá de variáveis como: situação financeira do contribuinte, se vai ter restituição ou se terá que pagar impostos ao governo, dentro outras questões".
Contudo, Domingos reforça um alerta: "pode ser interessante planejar o prazo de entrega, mas a elaboração deve ser feita o quanto antes, caso contrário poderá enfrentar diversos problemas, como falta de documentos ou falta de tempo de análise de opções".
Outro ponto que deve ser levado em consideração, segundo Domingos, é a possibilidade de congestionamento no sistema nas últimas horas de entrega. Segundo ele, por mais que a Receita Federal venha se aprimorando, não se deve confiar totalmente, assim, mesmo que fique para os últimos dias, não deixe para o limite do prazo.