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Gestão

- Publicada em 09 de Outubro de 2019 às 03:00

Redução estratégica de custos promove aumento de receitas

Tópico sempre polêmico, a redução de custos nas empresas é algo a ser encarado de forma transparente e planejada. Alie-se a isso um cenário de transformações digitais que impulsiona as empresas a se reinventarem para adequar seus custos. Neste contexto, foi elaborada a edição 2019 da Pesquisa Global de Redução de Custos da Deloitte, realizada com mais de 1,2 mil executivos de todo o mundo.
Tópico sempre polêmico, a redução de custos nas empresas é algo a ser encarado de forma transparente e planejada. Alie-se a isso um cenário de transformações digitais que impulsiona as empresas a se reinventarem para adequar seus custos. Neste contexto, foi elaborada a edição 2019 da Pesquisa Global de Redução de Custos da Deloitte, realizada com mais de 1,2 mil executivos de todo o mundo.
A sócia-líder de Estratégia, Analytics e M&A da Deloitte, Heloisa Montes, afirma que "de acordo com o que apuramos da pesquisa, as empresas brasileiras estão com dificuldades de definir as suas prioridades". Elas sabem da necessidade de reduzir custos, mas não conseguem implementar, seja por falta de disciplina para monitoramento das economias ou falta de estrutura dedicada para projetos desta natureza.
"No entanto, os dados nos levam a constatar que nos últimos 24 meses, das empresas que conseguiram efetivar a redução de custos no Brasil, 83% registraram aumento na receita. Na amostra global, essa porcentagem é ainda maior, 86%. Isso mostra que há um valor efetivo na redução de custos implementada de forma estratégica e sustentável", enfatiza Heloisa.
De acordo com a pesquisa, 71% das empresas em todo o mundo planejam empreender iniciativas de redução de custos nos próximos 24 meses. Ainda, do total de respondentes, 68% relataram reduções totais de 10% ou mais, e quase um terço (31%) tem metas de otimização de custo acima de 20%.
No entanto, 81% relatam não ter conseguido cumprir totalmente suas metas de redução de custos durante o ano passado, 18 pontos percentuais menos do que em 2017, devido a desafios de implementação, falta de sistemas eficazes e metas inviáveis. No Brasil, 73% das organizações relatam não terem conseguido cumprir suas metas.
 

Principais barreiras para o CRESCIMENTO

De acordo com o estudo, as principais barreiras para que as metas de redução de custos das empresas no Brasil não sejam cumpridas são o gerenciamento de desafios para implementar as iniciativas (71%, contra 65% global) e erosão das economias devido ao estabelecimento de metas inviáveis (69%). No mundo, esse dado corresponde a 61%. Relatórios e monitoramento mal planejados chegam também a 69%, enquanto, globalmente, o dado referente a este tópico é de 58% - o que evidencia que no Brasil o problema de qualidade de dados e existência de relatórios é pior do que no restante do mundo. Quando o tópico são os objetivos estratégicos, as empresas apontam em primeiro lugar o aumento da receita, com 65%. Em seguida, estão as práticas voltadas à busca pela eficiência e a otimização de custos e despesas, com 59%, e o aumento da produtividade, com 49%. 
Riscos externos devem ser levados em conta
Com 66%, o primeiro no ranking dos riscos é a flutuação da moeda. No mundo, essa porcentagem é de 58%. Com uma leve diferença, preocupações macroeconômicas aparecem em segundo lugar, com 64% (59% global, o que corrobora a visão de que os executivos estão cautelosos devido à lentidão na retomada econômica do Brasil). E na terceira posição vêm riscos de crédito, com 59%. Neste quesito, o dado global é levemente inferior: 57%. É importante destacar que fora do Brasil, os países se preocupam também com segurança cibernética e transformação digital, enquanto que as empresas brasileiras ainda não apontam essa precaução.
Pesquisados indicam prioridades estratégicas
Quando perguntados sobre as prioridades estratégicas para os próximos 24 meses, o crescimento das vendas continua a ocupar o primeiríssimo lugar, com um percentual ainda maior, de 81% na amostra nacional. A segunda posição é ocupada por implementação tecnológica (73%). Mas a grande surpresa fica com o terceiro lugar, pois é um item que não havia aparecido anteriormente, em relação aos últimos 24 meses: habilitação digital, com 71%. Na amostra global, esse item aparece tanto no passado como no futuro - neste último, com uma percentagem de 69%.
Implementação de tecnologias é apontada como fundamental
No que diz respeito às tecnologias necessárias para a redução de custos, as soluções em nuvem ou cloud solutions aparecem em primeiro lugar em ambas as amostras: dado positivo, pois a nuvem apresenta grande capacidade para aumentar a segurança de dados, além de reduzir custos com infraestrutura. Na amostra nacional, ela atinge 50% dos respondentes e na global, 49%. Em seguida, vem business intelligence, com 26% e tecnologias cognitivas - Inteligência Artificial e machine learning, com 21% da amostra nacional.