Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Contabilidade

- Publicada em 06 de Março de 2019 às 01:00

Mulher contemporânea: perspectivas, conquistas e desafios

Relatório do Fórum Econômico Mundial, a igualdade de gêneros só será possível em 2095, lembra Eusélia

Relatório do Fórum Econômico Mundial, a igualdade de gêneros só será possível em 2095, lembra Eusélia


CRCRS/DIVULGAÇÃO/JC
Falar sobre a atuação da mulher no mercado de trabalho já deixou de ser tabu há muito tempo, porém o tema ainda deve ser pauta de alta relevância dentro das empresas. A conquista plena de respeito e equidade de gênero no universo corporativo, a cada dia, desperta maior consciência e representatividade no cenário empresarial.
Falar sobre a atuação da mulher no mercado de trabalho já deixou de ser tabu há muito tempo, porém o tema ainda deve ser pauta de alta relevância dentro das empresas. A conquista plena de respeito e equidade de gênero no universo corporativo, a cada dia, desperta maior consciência e representatividade no cenário empresarial.
Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, a igualdade de gêneros só será possível em 2095. E o Brasil é o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile no ranking de países com igualdade de salários entre homens e mulheres.
Dados apresentados em pesquisas sobre a participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro por diversos órgãos e institutos - como o IBGE, o Ministério do Trabalho, o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego -, e a relação anual de informações sociais comprovam que a presença feminina no mercado formal, em 2016, atingiu 44%, mas a representatividade diminui na medida em que aumenta o nível hierárquico, chegando a apenas 37% nos cargos de liderança, mesmo tendo as mesmas ou maiores responsabilidades que seus colegas do sexo masculino e trabalhando a mesma ou maior carga horária semanal, com remuneração menor.
Essa diferença não muda quando se adiciona o fator educação, já que os homens sempre ganham mais, sem importar o tempo de estudo. As pesquisas relatam, ainda, que a renda feminina tem sido o sustento de diversos domicílios brasileiros. Em 2015, por exemplo, esse número subiu para 40%. Outro dado é do Índice Global Gender Gap, do Fórum Econômico Mundial, que estuda a igualdade de gênero de 144 nações, desde 2006, analisando as desigualdades entre homens e mulheres.
Considerando-se dados relacionados a trabalho, saúde, educação e política, as mulheres representam, nas empresas, 59,9% dos estagiários e apenas 13,6% das vagas executivas. Mesmo com desafios maiores, a grande parte das mulheres batalha diariamente para manter ou, até mesmo, criar seu espaço nas empresas.
Por outro lado, em alguns países, essa diferença já foi superada. No topo da lista do índice de igualdade de gênero de 2017 estão Islândia, Noruega e Finlândia. A Islândia já completou nove anos ocupando o primeiro lugar. O Brasil ficou em 76º. É por essa e por outras várias razões que falar sobre equidade de gênero não é um papo apenas para o mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.
É preciso que o mercado corporativo contemporâneo não faça distinção de gênero, já que todas as mulheres e todos os homens têm potencial para evoluir e competir por melhores oportunidades, dependendo, apenas, das capacidades e competências de cada um.
O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é a base fundamental, independentemente do gênero. Nesse cenário, faz-se necessária a disruptura do conflito entre tarefas de dentro e de fora do emprego, sem acumular sentimento de culpa com relação ao cumprimento das obrigações profissionais e as tarefas pessoais.
A situação das mulheres ainda não é a ideal - longe disso! Contudo, não podemos desconsiderar os grandes avanços que ocorreram durante todos esses anos e as transformações do mercado, que se espera que continuem acontecendo. Atualmente, mesmo com tantas diferenças, a mulher já possui grande influência na sociedade e no mercado de trabalho. Trabalhe fazendo algo de que você gosta, e não apenas por obrigação. É possível conciliar tudo!
Nessa linha de debate, a Comissão de Estudos CRCRS Mulher realizará um evento, no dia 15 de março, às 14h, na Sociedade Libanesa de Porto Alegre. Sinta-se convidada e convidado a estar conosco!
Professora, integrante da Comissão de Estudos CRCRS Mulher
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO