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- Publicada em 16 de Maio de 2022 às 03:00

Imobindex: um golaço da prefeitura de Porto Alegre

Ainda hoje, uma das principais dúvidas de quem vai comprar ou vender um imóvel é saber se o preço está acima ou abaixo do que deveria. Normalmente, quem está começando essa jornada se baseia na percepção de quem conhece um pouco mais do mercado local. Porteiros e amigos que moram no bairro desejado são fontes comuns, assim como a consulta aos valores anunciados em plataformas online.
Ainda hoje, uma das principais dúvidas de quem vai comprar ou vender um imóvel é saber se o preço está acima ou abaixo do que deveria. Normalmente, quem está começando essa jornada se baseia na percepção de quem conhece um pouco mais do mercado local. Porteiros e amigos que moram no bairro desejado são fontes comuns, assim como a consulta aos valores anunciados em plataformas online.
A verdade, porém, é que essas fontes têm suas limitações. O preço apontado pelo amigo ou porteiro pode ser o de um apartamento vendido há dois anos e, portanto, desatualizado. Já nos portais, com frequência, os anúncios possuem uma "gordura" para negociação - que pode chegar à impressionante marca de 25% do valor do imóvel.
Não seria ótimo se o potencial comprador ou vendedor do imóvel pudesse simplesmente acessar, de qualquer dispositivo conectado à Internet, um banco de dados público, confiável, com os valores reais das últimas transações realizadas, naquela região, de propriedades com as mesmas características que ele busca ou possui?
A solução já existe. Cidades listadas entre as mais avançadas no mundo divulgam mensalmente os dados referentes às transações imobiliárias. É o caso de Miami, onde um portal mostra as informações de todas as propriedades vendidas no município. Além de obter informações sobre um imóvel específico, as pessoas também podem comparar a casa ou apartamento que pretendem adquirir com outros similares.
Por que isso é tão relevante? Um estudo recente, que analisou dados do mercado imobiliário de Israel, mostrou que, quando os dados das transações de compra e venda passaram a ser compartilhados com toda a sociedade, a variação dos preços das residências registrou uma queda de quase 20%. A mudança beneficiou, principalmente, as famílias com menor poder aquisitivo, que antes tinham pouco ou nenhum conhecimento sobre a diferença do valor anunciado e o efetivamente pago por imóveis similares ao seu.
Fico alegre ao ver que, no Brasil, algumas prefeituras estão tomando a dianteira e ampliando a transparência ao divulgar suas bases de IPTU e ITBI. É o caso de Porto Alegre, que lançou, recentemente, a plataforma Imobindex, ainda em testes. Com ela, a sociedade pode analisar as variações nos preços de cada bairro ao longo dos anos na cidade, assim como os preços reais das últimas transações em um determinado CEP, entre muitas outras funcionalidades.
Uma iniciativa que, inspirada nas melhores práticas internacionais, favorece quem deseja comprar ou vender um imóvel, e mesmo quem aluga, já que todos fazem negócios com mais informações.
Hoje, o Imobindex oferece informações referentes a 2021, mas pode ser atualizado e passar a compartilhar dados mensalmente e com novos recortes, mais específicos, como o endereço completo das transações.
Quanto mais transparência tivermos, melhores decisões tomaremos como sociedade. A Prefeitura de Porto Alegre deu um enorme passo nesse sentido, marcando um golaço. Vamos em busca da goleada!
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