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RESPONSABILIDADE SOCIAL

- Publicada em 04 de Outubro de 2021 às 03:00

Iniciativa apoia pacientes vítimas de câncer

Uma das frentes de trabalho é promover a educação sobre o câncer

Uma das frentes de trabalho é promover a educação sobre o câncer


/PROJETO CAMALEÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Às vezes, uma experiência pode mudar vidas. Foi o que aconteceu com a presidente do projeto Camaleão, Flavia Maoli, quando, em 2011, aos 23 anos, foi diagnosticada com um Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Ao longo do tratamento, ela precisou ser submetida a um transplante de medula óssea. Sentindo que precisava compartilhar o momento pelo qual passava, ela criou um blog chamado Além do Cabelo. Era o embrião do projeto Camaleão, que nasceu oficialmente em 2014, em parceria com os amigos Leon Golendziner e Bruno Kautz, e, hoje, dez anos depois de ela ter descoberto a doença, tem cinco funcionários, em torno de 50 voluntários e impacta mais de 250 pessoas por mês.
Às vezes, uma experiência pode mudar vidas. Foi o que aconteceu com a presidente do projeto Camaleão, Flavia Maoli, quando, em 2011, aos 23 anos, foi diagnosticada com um Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Ao longo do tratamento, ela precisou ser submetida a um transplante de medula óssea. Sentindo que precisava compartilhar o momento pelo qual passava, ela criou um blog chamado Além do Cabelo. Era o embrião do projeto Camaleão, que nasceu oficialmente em 2014, em parceria com os amigos Leon Golendziner e Bruno Kautz, e, hoje, dez anos depois de ela ter descoberto a doença, tem cinco funcionários, em torno de 50 voluntários e impacta mais de 250 pessoas por mês.
Essencialmente, o objetivo da iniciativa é promover o acolhimento, a assistência e a reinserção social das pessoas com câncer. No entanto, a atuação não se restringe apenas aos pacientes. "Atendemos familiares e cuidadores também. Temos grupos especiais para esses públicos e um grupo de apoio ao luto, o que é importante porque pessoas enlutadas precisam ser apoiadas. Todas as atividades são gratuitas, tanto para estes públicos quanto para pacientes do SUS, de convênio ou particulares, com quaisquer tipos de câncer e em qualquer fase do tratamento", explica Flavia.
Desde o início da pandemia, as atividades oferecidas pelo Camaleão deixaram a sede do projeto no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, e ganharam o mundo virtual. Assim, não apenas quem é da região pode usufruir dos serviços, que agora estão disponíveis para todo o Brasil. "Na Casa Camaleão seguem apenas o nosso brechó e a entrega de perucas e lenços. No online, há grupo terapêutico para pacientes, para cuidadores; aulas de yoga; grupo de meditação; sessões de reiki e rakiram; aulas de tricô; fisioterapia; orientação nutricional."

Atuação envolve diversas frentes de ação

Além do trabalho realizado diretamente com os pacientes e seu círculo familiar, o projeto Camaleão busca atuar em outras frentes. Entre elas, duas em especial: promover a educação e a informação, conscientizando e desfazendo tabus sobre a doença; e contribuir para o aprimoramento das políticas públicas.
"Consideramos que, primeiro, é muito importante ajudarmos as pessoas a entenderem o que é o câncer, porque acreditamos que somente com conhecimento perdemos o medo. Muitas pessoas têm medo e deixam de fazer exames de rotina, quando, na verdade, quanto mais cedo você descobrir, maior também é a chance de cura. É preciso falar sobre o assunto e ver que não é um bicho de sete cabeças. Já em relação às políticas públicas, vemos que há muito ainda a ser feito no Brasil. E as que já existem precisam ser ajustadas e nós precisamos ajudar o poder público. É responsabilidade do governo, mas nós também precisamos dizer a ele o que e como fazer. Então, temos feito este trabalho propositivo, mas considero que ainda é algo que estamos começando, nos dedicando a isso há mais ou menos três anos", aponta Flavia.
A possibilidade, aliás, de atuação em diversas esferas, ela conta, lhe encanta. "Gosto de oferecer esse apoio, dado pelo Camaleão. Acho que é algo que faz muita falta. Ninguém deveria passar pelo câncer sozinho. Eu tive apoio da minha família e da equipe médica, mas essa troca entre pacientes e esse cuidado amplo, eu não recebi em lugar nenhum. E vejo que isso é fundamental para enfrentar a doença. Não precisa ser tão pesado e nós recebemos muitos feedbacks neste sentido, tanto dos pacientes, quanto de famílias enlutadas. Sou muito realizada com este trabalho e feliz por ter pessoas sonhando junto comigo."

Saiba como ajudar

O projeto Camaleão é mantido por doações. Todas as conquistas, incluindo a sede, foram obtidas e são mantidas através de contribuintes eventuais, regulares ou ainda por meio de financiamentos coletivos.
Além destes custos e dos serviços oferecidos, o projeto ainda tem duas atividades que demandam mais recursos: o kit "Com Carinho", com itens direcionados a recuperação de mulheres que precisam ser submetidas a cirurgia de retirada de tumor nas mamas; e o programa "Adapta", que apoia, com reabilitação e financiamento de próteses, os pacientes de câncer de cabeça e pescoço que sofrem mutilações e não podem arcar com as despesas.
Quem deseja ajudar financeiramente, pode fazê-lo de forma regular através de um cadastro no site (projetocamaleao.com/) ou eventualmente por Pix (a chave é o CNPJ, 25.535.215/0001-38). Ao todo, cada atendimento custa ao Camaleão em torno de R$ 25,00, mas as doações para o projeto podem ser de qualquer valor.
Outra alternativa é comprar ou doar peças do brechó e bazar, realizado na Casa Camaleão (rua Giordano Bruno, 82, bairro Rio Branco).