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negócios

- Publicada em 23 de Julho de 2021 às 15:42

Multilaser estreia na B3 valendo R$ 9 bilhões

Empresa de eletrônicos captou R$ 1,9 bilhão em sua oferta inicial nas bolsa de valores

Empresa de eletrônicos captou R$ 1,9 bilhão em sua oferta inicial nas bolsa de valores


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Criada como uma recarregadora de cartuchos de impressora, no fim dos anos 1980, a Multilaser chegou à Bolsa brasileira como uma fabricante de eletrônicos diversificada - e com valor de mercado de R$ 9 bilhões. Depois de adiar a estreia na B3 na semana passada, por causa da volatilidade do mercado, a empresa conseguiu captar R$ 1,9 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês). A demanda entre investidores foi bastante elevada, apesar das preocupações relativas à variante Delta da covid-19 na economia.
Criada como uma recarregadora de cartuchos de impressora, no fim dos anos 1980, a Multilaser chegou à Bolsa brasileira como uma fabricante de eletrônicos diversificada - e com valor de mercado de R$ 9 bilhões. Depois de adiar a estreia na B3 na semana passada, por causa da volatilidade do mercado, a empresa conseguiu captar R$ 1,9 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês). A demanda entre investidores foi bastante elevada, apesar das preocupações relativas à variante Delta da covid-19 na economia.
A Multilaser registrou demanda de "múltiplas vezes" o volume ofertado no IPO. A ação foi precificada em R$ 11,10, pouco acima do piso da faixa indicativa de preço, que ia de R$ 10,80 a R$ 13. Dentre os gestores institucionais, a companhia atraiu nomes como os fundos Velt, Moat, Trust e XP Asset. Mesmo com a elevada demanda, a empresa decidiu não vender as ações adicionais, limitando-se à oferta-base.
Na B3, a empresa vista como o ativo mais comparável à Multilaser é a Intelbrás, que abriu seu capital neste ano e é focada na produção de equipamentos de segurança, comunicação e energia. Desde a estreia, a ação praticamente dobrou de valor.
No caso da oferta da Multilaser, o objetivo é usar o dinheiro para financiar a expansão do negócio - o que pode incluir aquisições -, além de reduzir dívidas, conforme informações que constam no prospecto da operação.
A Multilaser tem um portfólio muito diversificado. Hoje são 5 mil produtos disponíveis, para todos os bolsos, de pen-drives a tablets. Recentemente, fechou uma parceria com o grupo chinês Hisense para fabricar TVs da marca Toshiba. Em 2020, o faturamento da companhia foi de cerca de R$ 3 bilhões, com crescimento de aproximadamente 27% no ano.
A casa de análise Suno, em relatório enviado a clientes, frisou que o modelo de negócio da Multilaser chama a atenção, já que consiste no desenvolvimento, fabricação, distribuição e venda de diversos produtos em diferentes áreas, como tablets, notebooks, smartphones e outros acessórios. "A Multilaser é uma das empresas mais diversificadas de bens de consumo no Brasil. Ela apresenta receitas crescentes, margens elevadas e rentabilidade ótima."
Apesar disso, recomendou que os clientes ficassem de fora da oferta por enxergar um risco importante no fato de 75% do lucro líquido do último exercício ter tido origem no recebimento de incentivos fiscais.
A empresa, de perfil familiar, foi fundada em 1987 por Israel Ostrowiecki. Em 1991, tornou-se a única companhia na América Latina a fazer recarga de cartucho de tinta de impressoras. Aos poucos, foi diversificando sua atuação.
Hoje, é conduzida hoje pelo filho do fundador, Alexandre. Um dos sócios da empresa é Renato Feder, amigo de infância de Alexandre, que chegou à Multilaser em 2003. Na época, a empresa teve de se reinventar, pois chegou à conclusão de que não se sustentaria com o negócio de cartuchos.
Segundo o sócio da Varese Retail, Alberto Serrentino, a Multilaser enfrenta diferentes concorrentes dependendo da categoria analisada. "Eles possuem preços competitivos e têm produtos de entrada em diferentes segmentos. É difícil rotulá-los", frisa. O especialista diz que a indústria brasileira de eletroeletrônicos já teve presença maior no mercado, mas perdeu competitividade ao longo do tempo.

Startup Cobli levanta R$ 175 milhões em investimentos

A startup de logística Cobli, especializada em sensores para frotas e processamento de dados de mobilidade, adiantou uma rodada de investimento planejada para o início de 2022 e anunciou um aporte de US$ 35 milhões (cerca de R$ 175 milhões) liderado pelo Softbank. O objetivo é investir em novos produtos.
Além do fundo japonês, a rodada contou com a participação da Qualcomm Ventures, fundo da fabricante americana de semicondutores e líder no desenvolvimento do 5G. Também entraram NXTP Ventures, Fifth Wall e Valor Capital.
"Com a pandemia, logística foi um dos setores que mais mudaram com a expansão do e-commerce. As empresas viram o valor maior de uma entrega bem feita", explica o fundador e presidente executivo da Cobli, Rodrigo Mourad.
A expectativa é que a startup expanda a equipe de 200 funcionários para até 500 pessoas até o fim de 2022 e desenvolva novos produtos para o mercado.
O primeiro deles entra na onda das startups de seguros. A Cobli pretende lançar um serviço cujo prêmio irá variar a partir da utilização dos veículos - ou seja, não será um valor fixo, dependendo das condições de uso da frota, a ser monitorada pelos sensores instalados pela empresa.
"Queremos transformar os seguros em dados de condução, como a que horas o motorista dirige, como e em qual local", explica Mourad. Segundo ele, haverá redução no preço do produto e maior diversidade para os clientes. A previsão é lançar a novidade ainda este ano.
Para 2022, a Cobli pretende instalar câmeras de vídeo nos veículos pelo País - uma iniciativa polêmica. Em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa, motoristas de frota criticam a instalação de câmeras nos veículos por desrespeito à privacidade dos trabalhadores.