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Empresas & Negócios

- Publicada em 05 de Julho de 2021 às 03:00

Alimentação transportada é aposta do Grupo Fouet

Empresária diz que objetivo para 2021 é dobrar o número de alimentações fornecidas diariamente

Empresária diz que objetivo para 2021 é dobrar o número de alimentações fornecidas diariamente


/Ricardo Lage/Grupo Fouet/Divulgação/JC
Roberta Mello
Atuando desde 2016 em diferentes frentes no ramo da gastronomia, o Grupo Fouet, capitaneado pela empresária Fernanda Griebeler, está se reposicionando no mercado. A empresa tinha 65% do seu negócio direcionado para eventos sociais e corporativos e operava um restaurante e um café em Porto Alegre. Após o agravamento da pandemia, passou a focar no segmento de alimentação transportada, que consiste na entrega de refeições diariamente (em alguns casos, mais de uma vez ao dia). Hoje, esse tipo de prestação de serviço responde por 95% do faturamento do grupo. A estratégia foi importante para manter a marca ativa, salienta Fernanda. Com as comemorações canceladas e o início do distanciamento social, o Grupo Fouet encerrou duas operações físicas - o restaurante Valentina Steak Bar, na Zona Sul, e o Fouet Café, dentro do Clube do Professor Gaúcho -, e passou a oferecer delivery de congelados e cardápios exclusivos para público final. Atualmente, neste segmento, a empresa atende Blanc Hospital, no Medplex Santana, em Porto Alegre, além de Laboratório Lebon, Bella Cafeteria e cinco empreendimentos de hospedagem do Grupo Áureos, na Capital e Região Metropolitana. O investimento no negócio foi de aproximadamente R$ 2 milhões, entre cozinha, estrutura, veículos de transporte, sistema operacional e consultoria nutricional. Em 2020, a empresa atendeu mais de 250 mil refeições (média de 900 refeições/dia). Este ano, o grupo projeta atingir 1.500 refeições por turno/dia com o fechamento de mais dois contratos.
Atuando desde 2016 em diferentes frentes no ramo da gastronomia, o Grupo Fouet, capitaneado pela empresária Fernanda Griebeler, está se reposicionando no mercado. A empresa tinha 65% do seu negócio direcionado para eventos sociais e corporativos e operava um restaurante e um café em Porto Alegre. Após o agravamento da pandemia, passou a focar no segmento de alimentação transportada, que consiste na entrega de refeições diariamente (em alguns casos, mais de uma vez ao dia). Hoje, esse tipo de prestação de serviço responde por 95% do faturamento do grupo. A estratégia foi importante para manter a marca ativa, salienta Fernanda. Com as comemorações canceladas e o início do distanciamento social, o Grupo Fouet encerrou duas operações físicas - o restaurante Valentina Steak Bar, na Zona Sul, e o Fouet Café, dentro do Clube do Professor Gaúcho -, e passou a oferecer delivery de congelados e cardápios exclusivos para público final. Atualmente, neste segmento, a empresa atende Blanc Hospital, no Medplex Santana, em Porto Alegre, além de Laboratório Lebon, Bella Cafeteria e cinco empreendimentos de hospedagem do Grupo Áureos, na Capital e Região Metropolitana. O investimento no negócio foi de aproximadamente R$ 2 milhões, entre cozinha, estrutura, veículos de transporte, sistema operacional e consultoria nutricional. Em 2020, a empresa atendeu mais de 250 mil refeições (média de 900 refeições/dia). Este ano, o grupo projeta atingir 1.500 refeições por turno/dia com o fechamento de mais dois contratos.
Empresas & Negócios - Como surgiu o Grupo Fouet? Você já trabalhava na área de gastronomia?
Fernanda Griebeler - Sim, de 2009 a 2011, eu tive um projeto de buffets só para casamentos e eventos. Era um negócio mais informal e foi aí que eu comecei minha trajetória na gastronomia. Depois disso me dediquei com exclusividade à consultoria Griebeler, que eu mantenho até hoje. Em 2017, voltei à gastronomia e abri o Grupo Fouet, de maneira organizada e estruturada. Hoje temos uma sede própria com 1300 m² de área de cozinha.
E&N - A ideia inicial do Grupo Fouet também era trabalhar com eventos sociais e corporativos?
Fernanda - O foco sempre foram os eventos, responsáveis por 65% do nosso faturamento, até o início de 2020, quando começou a pandemia. Também trabalhávamos com alimentação transportada, mas não era o carro-chefe da empresa.
E&N - Veio a pandemia e o foco mudou?
Fernanda - Em março de 2020, quando começou a pandemia, eu tomei rapidamente a decisão de fechar todos os pontos de vendas. Tínhamos dois cafés, o restaurante Valentina, operação de venda dentro de um prédio comercial na Nilo (Peçanha, na Capital). Resolvi que não manteria nenhuma das operações por uma questão de custo. Encerrei as quatro operações de pontos de venda e não levei adiante outros dois projetos que iriam se concretizar. A meta de 2020 era ter seis pontos de venda até o final do ano.
E&N - A alimentação terceirizada, enviada a restaurantes, também foi descontinuada?
Fernanda - Essa foi outra área muito afetada. Nós terceirizávamos alguns pratos pré preparados a outros restaurantes que, como todos dessa área, foram obrigados a fechar as portas ao atendimento presencial.
E&N - Como foi tomar a decisão de se dedicar totalmente a uma área que não era a mais forte do negócio?
Fernanda - Até o final de abril de 2020, fiquei bastante perdida, como todos os empresários eu acredito. Nesse momento, resolvi que nós iríamos focar na alimentação transportada e no delivery apenas em datas comemorativas.
E&N - Foi uma decisão bastante corajosa de encerrar as operações físicas logo no início da pandemia. Você acredita que foi uma decisão acertada? Foi difícil pivotar o negócio drasticamente?
Fernanda - Desde 2018 eu presto assessoria financeira na Griebeler Consultoria. Tendo essa visão econômica, foi muito mais fácil ver que não seriam 30 dias de fechamento como a maioria das pessoas imaginavam. Eu projetava uma crise de seis meses e, após, uma recessão de 12 (meses). É lógico que, mesmo tendo esse olhar dito pessimista na época, não imaginava todo esse período de crise que estamos vivendo. Mas eu projetava 18 meses para ter recuperação, o que já me levava a crer que o melhor era encerrar, pois o custo ia ser muito alto e os benefícios que o governo veio a dar, e que eu já imaginava que seriam esses, foram apenas na postergação dos pagamentos. Fiz a demissão de 103 funcionários na época e é algo que você tem que pensar muito bem.
E&N - Qual estava sendo o crescimento da empresa antes de 2020 e qual é o crescimento que experimentam agora?
Fernanda - A Fouet é um case de empresa com crescimento fora do padrão desde que abriu. Ganhamos muito mercado rapidamente. Vínhamos crescendo cerca de 26% ao ano. Hoje, eu penso que estamos com um crescimento bastante satisfatório para o período. Em 2020 conseguimos crescer 9% o faturamento, mesmo trabalhando só com a alimentação transportada. Em 2021, queremos dobrar o número de alimentações fornecidas diariamente. Agora, estamos em 600 mil refeições por ano - 900 refeições/dia. E pretendemos atingir a marca de 1.500/dia.
E&N - Vocês mantêm operação de delivery também?
Fernanda - Temos, mas trabalhamos basicamente em datas comemorativas. Antes tínhamos delivery de marmita na hora do almoço. Sentimos um crescimento da procura por delivery no começo da pandemia, porém, a partir de agosto, começamos a perceber uma queda na procura. As pessoas passaram a buscar preço e não mais qualidade. Além disso, a concorrência é muito forte nessa área e como eu acabei desenhando que o rumo da Fouet seria a alimentação transportada, não focamos nessa área.
E&N - Quantos funcionários tem hoje?
Fernanda - Diretamente, empregamos 65 pessoas, incluindo os envolvidos com a logística das refeições.
E&N - Quantos contratos estão firmados e quantos ainda pretende fechar nos próximos meses?
Fernanda - Temos 14 contratos tanto com órgãos públicos quanto empresas privadas. A meta é terminar o ano com 20 contratos e servir 1500 refeições diárias.
E&N - Há projetos futuros?
Fernanda - Estamos lançando também, até setembro deste ano, uma nova marca voltada à confeitaria. Esta é uma grande paixão minha e estamos lançando a Touché a fim de fornecer presentes com referências gastronômicas, como bolos personalizados entregues em caixas elaboradas. É um produto que remete mais ao nicho de mercado com o qual o Grupo Fouet estava acostumado a trabalhar, que preza pela qualidade dos insumos e sofisticação.
E&N - Você consegue ver no horizonte a volta dos eventos?
Fernanda - Eu não tenho ideia. A procura por orçamentos triplicou desde que saímos do sistema de bandeiras (modelo de Distanciamento Controlado adotado pelo governo do Estado). Porém, não há aumento no número de contratos de eventos fechados. As pessoas só voltaram a cotar. O que temos fechado são eventos menores - de 10 a 15 pessoas.
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