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empreendedorismo

- Publicada em 12 de Junho de 2021 às 15:00

YouTube anuncia fundo de US$ 100 milhões para influenciadores negros

Plataforma diz que objetivo é que criadores possam se dedicar mais ao conteúdo de forma exclusiva

Plataforma diz que objetivo é que criadores possam se dedicar mais ao conteúdo de forma exclusiva


/wayhomestudio/freepik/divulgação/jc
O YouTube abriu, na quarta-feira passada (9), as inscrições para a sua segunda seleção de influenciadores negros interessados em participar do projeto Vozes Negras. O processo será realizado até 9 de julho. Os escolhidos serão anunciados em outubro e vão receber parte dos recursos de um fundo de U$$ 100 milhões (cerca de R$ 504 milhões)
O YouTube abriu, na quarta-feira passada (9), as inscrições para a sua segunda seleção de influenciadores negros interessados em participar do projeto Vozes Negras. O processo será realizado até 9 de julho. Os escolhidos serão anunciados em outubro e vão receber parte dos recursos de um fundo de U$$ 100 milhões (cerca de R$ 504 milhões)
Para participar é necessário ser criador de conteúdo da plataforma de vídeos, se autodeclarar preto ou pardo e preencher os requisitos para ter um canal monetizado - ou seja, ser criador de conteúdo apto a receber um valor em dinheiro pelas visualizações de seu canal. O formulário de inscrição estará disponível neste link a partir das 10h.
Na primeira edição, realizada em setembro, foram selecionados 35 criadores de conteúdo no Brasil -31 youtubers (como são chamados os criadores de vídeos na plataforma) e quatro artistas da mídia tradicional. De acordo com Bibiana Leite, diretora de desenvolvimento de parcerias de conteúdo e líder do programa #YouTubeBlack no Brasil, o valor recebido por cada criador em 2020 variou de US$ 20 mil a US$ 50 mil (R$ 101 mil a R$ 252 mil).
A executiva conta que a plataforma realiza eventos voltados ao público negro no Brasil desde 2015, mas a ideia do fundo surgiu depois da morte de George Floyd, homem negro assassinado no ano passado por um policial nos Estados Unidos.
"No Brasil, 56% da população é preta. A base de criadores que nós temos não é representativa em relação a essa parcela", afirma.
Segundo Bibiana, a meta do fundo é fazer com que os criadores possam se dedicar mais ao conteúdo que produzem sem precisar de outras atividades financeiras.
"O objetivo é desenvolver criadores negros que já tenham um engajamento com a comunidade, e mostrar que eles não falam somente de questões raciais. Temos influenciadores negros que falam de história, mercado financeiro".
Além do aporte do fundo, os selecionados participarão de workshops com especialistas para melhorar o conteúdo como produção, acesso a conteúdos exclusivos e suporte de um gerente de parcerias da plataforma.
Os valores serão divididos por produtores de conteúdo de oito países -África do Sul, Austrália (somente para artistas, compositores e produtores), Canadá, Estados Unidos, Nigéria, Quênia, Reino Unido, além do Brasil.

Requisitos para ter o canal monetizado

Ter mais de 4 mil horas de exibição nos últimos 12 meses
Ter mais de 1.000 inscritos