Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Maio de 2021 às 03:00

FedEx Brasil aposta na alta do e-commerce para expandir atividades no País

Para o vice-presidente de vendas da FedEx , mercado gaúcho é de extrema importância

Para o vice-presidente de vendas da FedEx , mercado gaúcho é de extrema importância


FedEx Express/divulgação/jc
Cristine Pires
Aos 42 anos de idade, Cristiano Koga, vice-presidente de vendas da FedEx Express para a América do Sul, enfrenta os desafios trazidos pela pandemia a todos os setores econômicos, mas ao segmento logístico de forma ainda mais pontual. Bacharel em administração de empresas em comércio exterior pela Universidade Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, além de ter concluído estudos de pós-MBA em Gestão de Supply Chain e Gerenciamento Geral na Universidade de São Paulo, também tem na bagagem o curso de Conselheiro de Administração (Board Member) no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Leitor voraz, acabou de concluir a obra The Culture MAP, da autora americana Erin Mayer. O livro trata da diferença das culturas, população e comunidades e como o ser humano se relaciona em diferentes geografias. Um prato cheio para quem precisa lidar com as peculiaridades de um país continental como o Brasil.
Aos 42 anos de idade, Cristiano Koga, vice-presidente de vendas da FedEx Express para a América do Sul, enfrenta os desafios trazidos pela pandemia a todos os setores econômicos, mas ao segmento logístico de forma ainda mais pontual. Bacharel em administração de empresas em comércio exterior pela Universidade Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, além de ter concluído estudos de pós-MBA em Gestão de Supply Chain e Gerenciamento Geral na Universidade de São Paulo, também tem na bagagem o curso de Conselheiro de Administração (Board Member) no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Leitor voraz, acabou de concluir a obra The Culture MAP, da autora americana Erin Mayer. O livro trata da diferença das culturas, população e comunidades e como o ser humano se relaciona em diferentes geografias. Um prato cheio para quem precisa lidar com as peculiaridades de um país continental como o Brasil.
Empresas & Negócios - Como o senhor avalia o segmento de logística do Brasil em comparação a outros países que a FedEx atua?
Cristiano Koga - O segmento logístico no Brasil tem ganhando força principalmente por causa do crescimento do e-commerce. A demanda por serviços de logística aumentou e apresenta potencial para continuar crescendo nos próximos anos. Comparado com outros países, como China, Estados Unidos e nações europeias que têm uma infraestrutura de portos, aeroportos e estradas mais madura, o Brasil ainda precisa investir de forma sistemática em infraestrutura para poder acompanhar o crescimento da demanda logística do País e ter, também, um aumento de produtividade, melhorando a competitividade do País no cenário mundial.
E&N - No caso do Brasil e em países com dimensões continentais, é preciso mudar estratégias em função de peculiaridades?
Koga - Estamos há mais de 30 anos no Brasil e fazemos investimentos constantes para atender as particularidades de cada região. Recebemos encomendas do mundo todo e entregamos para o Brasil inteiro, de Porto Alegre a Manaus. Também fazemos o transporte doméstico de mercadorias. Para atender o estado de Amazonas, por exemplo, a nossa carreta passa de 3 a 5 dias embarcada em uma balsa. No Rio Grande do Sul temos 12 unidades, entre próprias e terceiros. Em nosso hub de Porto Alegre fazemos a consolidação das cargas que serão distribuídas para todo o país. Isso também nos possibilita aumentar a frequência da malha para abastecer as nossas unidades do interior do estado. Temos conexões diárias de Porto Alegre para o interior e vice-versa, o que torna nosso prazo de entrega mais competitivo. Por meio do hub de POA também fazemos as transferências de longa distância direta. Graças a nossa infraestrutura no estado, conseguimos fazer envios diretos de longa distância como, por exemplo, a transferência das cargas de Porto Alegre para Recife. Apoiamos as maiores empresas do Rio Grande de Sul desde calçadistas, manufatura e consumo por exemplo não somente nas suas vendas dentro do Brasil mas também suas exportações e importações.
E&N - Quais os principais serviços oferecidos pela FedEx e suas subsidiárias no Brasil?
Koga - A FedEx Express no Brasil oferece serviços completos de logística e transporte, com cobertura nacional e internacional, que atende às necessidades de cada etapa da cadeia de suprimentos de empresas de todos os portes. Temos três linhas de negócios que são compostas pelo transporte aéreo internacional, no qual temos operação entre o aeroporto de Viracopos (Campinas- SP), e Memphis, nos EUA. Essa operação conecta mais de 220 países e territórios. No ano passado, para atender à crescente demanda do mercado por esse serviço, aumentamos a nossa frequência de quatro para seis voos semanais. Temos a operação de logística com 27 centros logísticos próprios e 18 in house. Temos, também, o transporte rodoviário de cargas para todo o Brasil e Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai. Conectamos mais de 5300 localidades no Brasil. O Rio Grande do Sul desempenha um papel muito importante na nossa operação de transporte rodoviário internacional. Por meio da filial de Uruguaiana, conectamos toda a exportação e importação para Argentina e Chile, e a filial de Santana do Livramento faz o mesmo com o Uruguai.
E&N - Qual a posição do mercado gaúcho no desempenho geral da FedEx no Brasil?
Koga - O mercado gaúcho é de extrema importância para a FedEx, mas, por política da empresa, não divulgamos dados específicos de cada região. Porém, podemos dizer que a região é de suma importância para os planos de crescimento da FedEx no Brasil.
E&N -O que a pandemia representou para a FedEx, uma vez que o e-commerce passou a ser muito mais demandado no Brasil com ingresso de empresas e microempreendedores que ainda não trabalhavam nesta modalidade?
Koga - O crescimento do e-commerce no Brasil foi sentido por todo setor de transporte e logística. Como esse é um dos pilares de crescimento da FedEx globalmente, aprimoramos nossa infraestrutura e portfólio para atender as demandas provenientes desse crescimento. Já estávamos fazendo isso e, com a pandemia, aceleramos alguns investimentos. Acreditamos no potencial dos micro e pequenos empreendedores como uma grande válvula de crescimento do país, para a economia e a geração de empregos. Este mês, inclusive, lançamos a quinta edição do Programa FedEx para Pequenas Empresas. No Brasil, o concurso vai premiar MPEs com até R$ 175 mil e mentoria de negócios, visando ajudá-las a crescer inclusive no mercado internacional. Para participar, basta inscrever a empresa até 13 de junho em nosso site: fedex.com/br/programafedex. No ano passado, a vencedora do Programa foi a empresa catarinense Biciquetinha, fabricante de bicicletas de equilíbrio. Também estamos apoiando inúmeras empresas brasileiras de pequeno e médio porte que começaram a vender online fora do Brasil e estão ganhando cada vez mais mercado em regiões altamente competitivas como EU, Europa e Ásia.
E&N - Quais as adaptações foram necessárias em função deste novo cenário (mais contratações, aumento da frota, investimentos em tecnologia etc)?
Koga - A pandemia trouxe vários desafios para nossa operação. Prestamos um serviço essencial e não podemos parar. Durante todos os meses desde o início da pandemia, nossa prioridade tem sido manter nossos funcionários seguros enquanto continuamos a fornecer um serviço de qualidade aos nossos clientes. Em março de 2020, em poucos dias, nos adaptamos para colocar mais de 2 mil pessoas da nossa equipe em home office, enquanto garantíamos a segurança do restante do time, de quase 13 mil funcionários,que precisava se manter na operação de coletas e entregas. Investimos também para oferecer um serviço cada vez melhor aos nossos clientes. Como exemplo, abrimos, no ano passado, o centro logístico em Cajamar (São Paulo), que é a maior infraestrutura logística na América Latina e uma das maiores do mundo para a FedEx, com 50.000 m² equipados com tecnologia de ponta. Em 2020, também inauguramos seis novos centros logísticos no Brasil, localizados em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, e ampliamos a unidade de Queimados (RJ).
E&N - Quais são os planos da FedEx para o Brasil?
Koga - O Brasil é um mercado estratégicos para a FedEx. Planejamos continuar a evolução e a expansão de nossas atividades, implementando continuamente melhorias em nossos serviços. Nos próximos anos o setor de transporte e logística será ainda mais demandado pelo crescimento do e-commerce. Também esperamos uma tendência de crescimento da terceirização de serviços logísticos no Brasil. A modalidade já é popular em mercados globais e deve ser impulsionada pela necessidade de redução dos custos empresariais, em resposta aos impactos da pandemia. Essa necessidade abre oportunidades para os operadores logísticos oferecerem serviços flexíveis e customizados de acordo com as características de cada negócio. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO