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Responsabilidade Social

- Publicada em 18 de Abril de 2021 às 19:18

Asgadan ampara profissionais da dança

As buscas por doações continuam para ajudar a amenizar as grandes dificuldades financeiras em função da pandemia

As buscas por doações continuam para ajudar a amenizar as grandes dificuldades financeiras em função da pandemia


/8photo/freepik/divulgação/jc
Em março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Estado, o setor artístico se viu impedido de seguir atuando. Acostumados com atividades coletivas que, geralmente, envolvem eventos, os profissionais da dança tiveram de enfrentar um período de grandes dificuldades financeiras.
Em março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Estado, o setor artístico se viu impedido de seguir atuando. Acostumados com atividades coletivas que, geralmente, envolvem eventos, os profissionais da dança tiveram de enfrentar um período de grandes dificuldades financeiras.
Foi então que a escola de arte Espaço N, em parceria com o Centro Municipal de Dança da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, com a Associação Gaúcha de Dança (Asgadan) e com o Colegiado de Dança do Rio Grande do Sul, deu início à "Campanha de Doação Solidária para Artistas da dança".
Frente à nova realidade, muitos artistas não estavam dando conta de arcar com despesas mensais, como aluguéis e compra de produtos alimentícios. Com o objetivo de amenizar a situação enfrentada por estas pessoas, a campanha começou a receber os primeiros pedidos de doações no dia 29 de março de 2020. Desde então são realizadas entregas de cestas básicas e gás de cozinha para os profissionais, que podem escolher o que desejam receber entre as duas opções.
Os donativos são destinados a bailarinos(as), arte-educadores e produtores, entre outros profissionais do setor. Disponibilizando mensalmente um formulário, que deve ser preenchido por quem deseja receber uma doação, a campanha recebeu, entre março a dezembro do ano passado, mais de 300 pedidos. Para que fosse possível atender todas as solicitações, a ação conseguiu arrecadar mais de R$ 20 mil.
Entre os meses de fevereiro e março deste ano ocorreu uma troca no gerenciamento da campanha, que passou a ser feito pela Asgadan. Criada em 1969, a entidade é formada por voluntários e tem como objetivo representar e atender as demandas dos associados e da classe da dança do Rio Grande do Sul, como tem sido necessário durante a pandemia.
A presidente da associação, Samanta Medina, que também é arte-educadora, explica que a campanha está mais centralizada em Porto Alegre por conta da maneira em que ela foi estruturada e viabilizada, contando com a parceria do Centro Municipal de Dança. Como a associação possui embaixadores que a representam em outras regiões do Estado, a intenção é expandir a campanha para também levar doações para outras cidades.
Durante o primeiro ano, Samanta estima que cerca de 400 pedidos já tenham sido atendidos e, segundo ela, a maioria das solicitações foram feitas por professores. Para a presidente, isto ocorre pelo fato de que muitos ficaram desempregados, já que muitas escolas de dança precisaram cortar gastos.
A arte-educadora explica que o setor tinha muita esperança de que atividades, como escolas, que são responsáveis por movimentar boa parte da economia da dança, voltariam ao normal em março.
Havia muita organização para o retorno que não aconteceu, e acabou, segundo a presidente, desestruturando as pessoas que começavam a se estruturar. E por não poderem exercer suas atividades, muitos profissionais da arte passaram a atuar em outros setores. "Foi a maneira que o pessoal encontrou para sobreviver", destaca.
Em busca de um fortalecimento para as finanças do setor, a associação tem pedido apoio na valorização da dança, porque muitas pessoas dizem que só voltarão às aulas quando houver autorização para que sejam realizadas de maneira presencial. De acordo com Samanta, é esta resistência às aulas online que tem impedido que muitos professores exerçam suas funções.
A presidente da associação tranquiliza quem tem receio de fazer as aulas a distância e afirma que os profissionais se reinventaram e estão aptos a dar "aulas incríveis", mas esbarram na falta de alunos. As aulas online, segundo a presidente, seriam uma forma de gerar recursos para que os negócios sejam mantidos até que as aulas presenciais possam ser retomadas com a devida segurança.
Apesar da paralisação das atividades e, por consequência, das dificuldades econômicas para o setor, a Asgadan prova que está acostumada a dançar conforme a música e vai continuar com a campanha enquanto os profissionais estiverem precisando de ajuda. "Até onde as pernas deixarem e até onde tivermos braços para ir", finaliza Samanta.

Saiba como ajudar

Cestas básicas organizadas para serem entregues aos profissionais da dança

Cestas básicas organizadas para serem entregues aos profissionais da dança


Luka Ibarra/Divulgação/JC
Para as pessoas que desejam ajudar com doações em dinheiro para viabilizar a compra de cestas básicas e botijões de gás, a Associação Gaúcha de Dança disponibiliza a chave PIX: 90.091.638/0001-78
Moradores de Porto Alegre e região que desejam doar a cesta básica, ou interessados em solicitar os dados bancários para depósitos e transferências, podem entrar em contato através dos seguintes canais:
- Samanta Medina: 051 99228-3557