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Responsabilidade Social

- Publicada em 11 de Abril de 2021 às 20:57

Iniciativa promove a reconexão de mulheres com o mercado

Projeto

Projeto "A Costura do Sonho", da ONG Cruzando Histórias


/ONG Cruzando Histórias/Divulgação/JC
A vontade de reconectar mulheres ao mercado de trabalho foi o que motivou a Organização da Sociedade Civil (OSC) Cruzando Histórias - instituição sem fins lucrativos que presta serviços com finalidade social - a criar o projeto "A Costura do Sonho". O programa, que abriu inscrições em março, é o primeiro criado pela entidade e vai trabalhar questões como empreendedorismo, inovação, tecnologia e empregabilidade a fim de impulsionar carreiras femininas em todo o País.
A vontade de reconectar mulheres ao mercado de trabalho foi o que motivou a Organização da Sociedade Civil (OSC) Cruzando Histórias - instituição sem fins lucrativos que presta serviços com finalidade social - a criar o projeto "A Costura do Sonho". O programa, que abriu inscrições em março, é o primeiro criado pela entidade e vai trabalhar questões como empreendedorismo, inovação, tecnologia e empregabilidade a fim de impulsionar carreiras femininas em todo o País.
Criada em 2017 em São Paulo, a Cruzando Histórias oferece projetos sociais de acolhimento e desenvolvimento para pessoas, em especial mulheres sem trabalho e sem renda. Está apoiada em valores como a igualdade de gênero, empatia, colaboração social, educação e inclusão. No ano passado, devido à pandemia, migrou para o meio digital, garantindo uma maior abrangência de atuação.
Antes do isolamento, a instituição contava com apenas 12 voluntários, que trabalhavam de forma presencial. Em junho de 2020, porém, este número cresceu para 125 devido às possibilidades do trabalho online, viabilizando o atendimento de 5 mil pessoas em todo o ano passado, um alcance cinco vezes maior quando comparado a 2019. "Esse crescimento nos mostrou um Brasil muito diverso, extenso e de desigualdade absurda", relata Bia Diniz, fundadora e presidente da organização.
Ela conta que, antes da pandemia, 8% das mulheres atendidas haviam passado por situações de violência de gênero. Em maio do ano passado, este indicador subiu para 49%. "O aumento foi um grande choque", diz. "Olhamos para tudo o que aprendemos e percebemos que somos especialistas na jornada de recolocação da mulher. Então, teríamos que lançar algo exclusivo para elas", relata.
O novo programa da entidade compreende uma jornada de 60 a 90 dias de desenvolvimento profissional, com apoio psicológico e trabalho de reconexão com o mercado. O objetivo para o primeiro ano é atender mil mulheres.
Na primeira etapa, as inscritas terão acesso a um curso de 3h chamado "Impulsione a sua carreira", com foco em autoconhecimento aplicado à carreira. As participantes aprenderão como fazer um currículo, a se preparar para uma entrevista e onde encontrar vagas que tenham a ver com seu perfil, por exemplo. As participantes recebem um certificado ao final do curso.
A partir daí, são oferecidas opções para aquelas que desejarem prosseguir o aprendizado, com temas divididos por "trilhas". Nesta fase, as vagas são limitadas devido à dependência da capacidade de atendimento. As atividades são gratuitas e serão on-line, possibilitando inscrições de todo o Brasil. O cadastro pode ser feito no link http://costuradosonho.org.br.
Quem escolher a trilha de desenvolvimento e empreendedorismo participa de oficinas de venda, liderança, inovação e saúde financeira. A trilha de tecnologia aborda ferramentas digitais, tecnologias e programação. Já a trilha de empregabilidade conta com mentorias de carreira apresentadas por voluntários de empresas parceiras. No término das oficinas, o perfil de todas as participantes ficará inscrito em uma vitrine de talentos para que recrutadores parceiros possam contratá-las.
A organização também estabeleceu parceria com o Cubo Cabeleireiros para oferecer cortes de cabelo de forma a ajudar a resgatar a autoestima dessas mulheres. O salão, com unidades em Porto Alegre e São Paulo, encontrou na entidade o interesse comum de ajudar. "Já queríamos fazer ações para pessoas desempregadas, mas não tínhamos como recrutá-las", conta Jonathas Diniz, sócio do Cubo Cabeleireiros.
Assim, surgiu a alternativa de agir com a ajuda dos clientes. Cada voucher adquirido para serviços de corte, coloração ou maquiagem é revertido em um corte de cabelo gratuito para as participantes do programa. O Cubo fará as doações mensalmente, e a ideia é que, até abril de 2022, todas as mil inscritas sejam contempladas.
"É uma parceria incrível, pois sabemos o quanto o visual ajuda a resgatar a autoestima", afirma Bia, ao apontar que, em um mercado de trabalho predominantemente machista, as mulheres costumam ser julgadas pela aparência. "Isso retira do mercado profissionais que não preenchem os 'requisitos de apresentação' na hora da seleção", lamenta.

Saiba como contribuir

Interessados em ajudar na doação dos cortes de cabelo, podem entrar em contato com o Cubo Cabeleireiros. O agendamento deve ser feito pelos clientes através do WhatsApp (51)
99221-9632 e vai seguir a disponibilidade de atendimento dos salões em razão da pandemia.