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- Publicada em 01 de Março de 2021 às 03:00

Oficina de Choro democratiza ensino musical

Projeto inicia o ano estimulando a formação de grupos e novos compositores

Projeto inicia o ano estimulando a formação de grupos e novos compositores


Divulgação/Tom Silveira/JC
João Pedro Rodrigues
O choro pode ser considerado mais do que um gênero musical, um ritmo ou uma maneira de se tocar instrumentos. Servindo de alicerce para o aprendizado de diversos estilos como o samba, a polca, a valsa e o tango, ele é reconhecido como uma das linguagens da música popular brasileira (MPB) e, por isso, ganhou espaço para o seu ensino e aprendizado, há 17 anos, na Oficina de Choro, que inicia 2021 com a abertura de novas vagas para aulas gratuitas e a apresentação de novidades.
O choro pode ser considerado mais do que um gênero musical, um ritmo ou uma maneira de se tocar instrumentos. Servindo de alicerce para o aprendizado de diversos estilos como o samba, a polca, a valsa e o tango, ele é reconhecido como uma das linguagens da música popular brasileira (MPB) e, por isso, ganhou espaço para o seu ensino e aprendizado, há 17 anos, na Oficina de Choro, que inicia 2021 com a abertura de novas vagas para aulas gratuitas e a apresentação de novidades.
Pelo terceiro ano consecutivo, o projeto conta com o apoio do Instituto Ling, instituição sem fins lucrativos voltada para a transformação da sociedade através da educação e da cultura, e, este ano, a oficina irá disponibilizar 3 cursos diferentes. Além das já tradicionais disciplinas teóricas, que exploram harmonia e história da música, e as aulas práticas de instrumento, o projeto irá expandir seu programa na área de criação, voltada à composição de choros e sambas.
O aluno poderá optar entre os cursos de Novos Chorões, voltado para os iniciantes, de Roda de Choro (prática de conjunto) e de Composição de Choro. "É uma área que já vinha dando certo nos últimos anos, mas agora esse será um dos nossos focos, uma vez que temos o objetivo de aumentar o repertório brasileiro, olhando para o futuro, buscando novos compositores em aulas que incentivam a criatividade", explica o diretor artístico e único professor do projeto, Mathias Pinto. O objetivo é ampliar o espaço do gênero no País através da formação de grupos e do incentivo a novos compositores.
A oficina vem exercendo um papel decisivo para o crescimento da cultura do choro e da música popular brasileira no Rio Grande do Sul e no País, além de se destacar como um dos três maiores projetos voltados ao ensino de choro no Brasil. Somente nos últimos dois anos, o projeto acolheu mais de 500 alunos que receberam formação musical em diferentes aulas abertas ao público.
"De certa forma, ele preenche a lacuna que existe no ensino de música no Brasil", sugere o professor. Ele explica que, hoje, ainda existe uma grande dificuldade de introduzir a MPB dentro das universidades, que foram montadas com uma perspectiva de conservatórios de música erudita, embora este seja um cenário que esteja mudando ao longo dos anos, e o projeto busca contribuir cada vez mais com este processo.
No entanto, para expandir o alcance das aulas e atingir novos públicos, a Oficina de Choro busca parceiros que possam ajudá-los a superar alguns dos obstáculos encontrados no caminho. Hoje, por exemplo, para participar das aulas, o aluno precisa possuir o instrumento que deseja tocar, o que acaba limitando a adesão de grupos com menores condições financeiras.
Apesar do financiamento da Lei de Incentivo à Cultura, o projeto ainda não consegue viabilizar a compra de violões, cavaquinhos, bandolins e pandeiros para distribuição. "Um dos principais objetivos (do projeto) é a democratização. Possibilitar o ensino de música popular para um número maior de pessoas", complementa o professor. "Estamos procurando viabilizar isso agora a partir de 2021". Além disso, a oficina também busca novos professores para possibilitar um maior número de turmas.
As novas aulas serão viabilizadas gratuitamente a partir do dia 6 de março. As inscrições para o primeiro semestre da Oficina de Choro podem ser feitas até o dia 3 de março pelo e-mail [email protected], pelo Facebook (@oficinadechoroinstitutoling) ou Instagram (@oficinadechoro).
Todos os interessados em música brasileira podem se inscrever. A oficina não tem nivelamento. Dessa forma, alunos de diferentes níveis de conhecimento fazem o curso na mesma turma, viabilizando a troca de conhecimento. Menores de idade deverão ser acompanhados pelos pais ou responsáveis em todas as etapas do projeto.
Diferente do ano passado, em que as aulas foram somente online, em 2021, a ideia é fazer uma turma mista, com um pequeno grupo presencial e um grande grupo de ensino à distância. O formato online possibilita que alunos de diferentes localidades do mundo participem das aulas.
O curso é realizado semanalmente às quartas-feiras e quinzenalmente aos sábados. Na hora da inscrição, o aluno escolhe o instrumento que ele deseja tocar e, assim, receberá os materiais específicos. É necessário um mínimo de 75% de presença nas aulas.
 
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