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Responsabilidade Social

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Cozinheiros do Bem precisam de ajuda para levar alimentos a quem mais precisa

Ritta (centro), idealizador do coletivo, e voluntários mudaram forma de atuar em função da pandemia

Ritta (centro), idealizador do coletivo, e voluntários mudaram forma de atuar em função da pandemia


Divulgação/Cozinheiros do Bem
Da vontade de levar respeito e dignidade às pessoas em situação de rua, surgiu, há pouco mais de 5 anos, o Cozinheiros do Bem. Idealizado pelo cozinheiro, chef de cozinha e ativista Julio Ritta, o projeto é conhecido por distribuir, semanalmente, para além do carinho, alimentos pelos viadutos, albergues, institutos parceiros e aldeias indígenas da Capital, do Estado e de Florianópolis.
Da vontade de levar respeito e dignidade às pessoas em situação de rua, surgiu, há pouco mais de 5 anos, o Cozinheiros do Bem. Idealizado pelo cozinheiro, chef de cozinha e ativista Julio Ritta, o projeto é conhecido por distribuir, semanalmente, para além do carinho, alimentos pelos viadutos, albergues, institutos parceiros e aldeias indígenas da Capital, do Estado e de Florianópolis.
Em razão da pandemia, o coletivo passou a doar também cestas básicas e kits de higiene, mas, nos últimos meses, tem encontrado dificuldades para suprir a alta demanda por doações.
Considerado o grupo independente que mais ajuda pessoas em situação de rua no Brasil, utilizando o alimento como ponte para o diálogo, o Cozinheiros do Bem já pode se orgulhar dos números alcançados ao longo dos anos de trabalho.
São mais de 1 milhão de marmitas servidas e 53 pessoas retiradas das ruas desde 5 de setembro de 2015 e mais de 70 mil kits de máscara e álcool em gel distribuídos desde março, marcas que o coletivo pretende aumentar e, para isto, necessita de auxílio da sociedade. "Temos recebido muito mais pedidos de ajuda do que ofertas de apoio", revela Ritta.
A pandemia impulsionou uma onda de iniciativas solidárias que buscam atender às necessidades da população em situação de rua, seja através da doação de marmitas ou de máscaras e álcool em gel. No entanto, grande parte das comunidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, como a aldeia Guarani Aracuã, localizada na divisa da Capital com Viamão, continua desamparada neste momento de crise social, econômica e sanitária. Por este motivo, o Cozinheiros do Bem, além de seguir realizando as suas entregas semanais de alimentos, tem direcionado o seu foco para este público.
Neste início de ano, período em que muitas pessoas tiram férias e vão para a praia, houve uma queda no número de doações, o que acabou dificultando ainda mais o trabalho do grupo. "Nós corremos um sério risco, porque a fome não tira férias", ressalta o chef. "Seguimos distribuindo muitos alimentos, mas os nossos estoques começaram a secar. Neste momento, estamos passando por uma dificuldade muito grande", complementa. 
Desde o início da pandemia, o Cozinheiros do Bem teve que reestruturar todo o seu trabalho para garantir a segurança daqueles que ajudam e que são ajudados. Foram reduzidos, por exemplo, os números de voluntários e de encontros semanais. Antes, eram cinco ações a cada semana.
Hoje, são duas (às terças e quartas-feiras), além da grande distribuição de alimentos preparados e de cestas básicas realizada aos sábados e do auxílio prestado ao longo da semana às pessoas necessitadas.
Palco da maior parte dos encontros do coletivo, o Viaduto da Conceição, no Centro Histórico, tem servido de espaço para um formato diferente de distribuição de alimentos. Os voluntários preparam as comidas, que variam desde massa com molho de costela suína até arroz com ovo frito, dentro da garagem do DMLU e entregam para as pessoas através do portão. Com o intuito de evitar filas, são distribuídas fichas para os atendidos, e, caso eles queiram repetir a refeição, é só voltar e pegar novamente.
O projeto segue distribuindo uma média de 15 toneladas de alimentos semanais para cerca de 1 mil pessoas, número que reduziu durante a pandemia em razão da maior quantidade de iniciativas solidárias e da menor frequência de ações do grupo.
"A maior carência das pessoas que são invisíveis aos olhos do poder público e de grande parte da sociedade é a carência do olhar, da troca, da conversa", afirma Ritta, que tem como maior objetivo dentro do Cozinheiros do Bem a reinserção das pessoas no mercado de trabalho.
"Muitas vezes, através de uma conversa, nós fazemos isso. Para mim, é muito satisfatório poder receber o carinho e ter o retorno dessas pessoas, ainda mais quando eu vejo que uma delas consegue sair da rua", completa.

Saiba como contribuir

Para ajudar o coletivo Cozinheiros do Bem basta entrar em contato via redes sociais ou aplicativo:
Facebook (@cozinheirosdobem)
Instagram (@cozinheiros_do_bem)
Whatsapp  (51) 99853.2190 e (51) 98448.0325
  • As páginas do coletivo são consideradas grandes espaços de solidariedade, nas quais as pessoas podem colaborar e também pedir ajuda.
  • São aceitos alimentos ou doações em dinheiro, destinas à compra de produtos e para pagar gastos fixos da sede do grupo.
  • Porém, a maior necessidade, no momento, é de alimentos para cesta básica, como arroz e feijão, além de produtos de higiene.