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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Associação de Turismo quer promover rotas alternativas no Litoral Norte

Dirigente destaca roteiros que permitem o distanciamento e evitam aglomeração

Dirigente destaca roteiros que permitem o distanciamento e evitam aglomeração


/ATL/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Em um cenário de pandemia de Covid-19, que se faz necessário o distanciamento social, as opções de turismo alternativo à orla do Litoral Norte gaúcho podem ser um convite para recarregar as energias de forma segura. Com este pensamento, o trade dos 21 municípios tem se mobilizado através da Associação de Turismo do Litoral Norte Gaúcho (ATL-Norte), formada por membros do terceiro setor e representantes do poder público para difundir rotas que atraiam visitantes durante o ano todo.
Em um cenário de pandemia de Covid-19, que se faz necessário o distanciamento social, as opções de turismo alternativo à orla do Litoral Norte gaúcho podem ser um convite para recarregar as energias de forma segura. Com este pensamento, o trade dos 21 municípios tem se mobilizado através da Associação de Turismo do Litoral Norte Gaúcho (ATL-Norte), formada por membros do terceiro setor e representantes do poder público para difundir rotas que atraiam visitantes durante o ano todo.
Neste sentido, já fazem dois anos que a entidade presidida pelo empresário e jornalista Flavio Holmer tem trabalhado em fronteiras do Estado e participado de feiras de turismo regionais, nacionais e internacionais (em países do Mercosul). Além da divulgação das rotas localizadas em três ecossistemas diferentes (orla, morros, e dunas e lagoas), a entidade busca recursos financeiros - junto a projetos disponíveis para o setor - para a melhoria da infraestrutura do receptivo.
Desde a década de 1990, Holmer ocupou alguns cargos públicos no setor (foi secretário de Turismo em Santo Antônio da Patrulha, após ocupar cargo de técnico, e posteriormente de adjunto na pasta de Turismo na Prefeitura de Tramandaí). Atualmente aposentado, o dirigente da ATL-Norte afirma que a entidade estuda formas de regionalizar o calendário de eventos com produções casadas, reduzindo custos para feiras e festas que ocorrem em datas próximas. 
Empresas e Negócios - Quem aprecia turismo cultural, ecológico e trilhas, encontra esses atrativos naturais em quais rotas do Litoral Norte?
Flavio Holmer - A região, formada por 21 municípios, está inserida em três ecossistemas: orla, encosta dos morros e dunas e lagoas. Alguns atrativos já são populares, como o Morro da Borússia, cujo mirante e pequenas quedas dágua atraem até 1 mil visitantes aos finais de semana. Mas existe Caraá, um município localizado na nascente do Rio dos Sinos, na divisa de Osório e Maquiné, onde o turista encontra uma cachoeira de 100 metros de altura. Este é um exemplo de atrativo do nosso Litoral que pouca gente conhece. Também é possível se deparar com dunas bastante altas, com areias finas e claras próximas a lagoas de águas límpidas (lençóis cidreirenses) nas praias de Cidreira e Pinhal, há 30 minutos de Tramandaí. Estes dois destinos estão inseridos na Rota Dunas e Lagoas, um dos produtos que divulgamos em feiras regionais, nacionais e internacionais (Argentina, Uruguai e Paraguai). Ali os visitantes podem alugar passeios pela região ou simplesmente contemplar o movimento dos ventos, que vai modificando as dunas, formando verdadeiras esculturas.
E&N - Qual perfil de público a entidade entende que pode se interessar por destinos alternativos?
Holmer - São destinos com inúmeros atrativos e possibilidades. A rota Dunas e Lagoas é perfeita para receber famílias inteiras, com espaço para piqueniques próximos às suas águas límpidas, onde é possível banhar-se sem perigo de afogamentos. É um bom lugar para ir sem aglomeração de pessoas. A região tem restaurantes, hotel, tudo pronto para receber os visitantes. Já a rota Vales e Águas, que faz divisa com Campos de Cima da Serra (formada por Maquiné, Itati e Morrinhos) oferece turismo rural, e de esporte e aventura. Muitos jovens buscam o local para praticar rapel pelos cânions e cachoeiras. A canoagem, por exemplo, é um esporte bastante difundindo na região, que também se destaca pela culinária alemã e italiana - enquanto a região das Dunas e Lagoas oferece culinária açoriana, com muito peixe no cardápio. Já os passeios na Região Costeira trazem opções para os mais variados gostos, com muita natureza e ar puro. Mas a grande maioria das pessoas não conhece. Entendemos que todos estes roteiros podem ser visitados também fora da alta temporada, fomentando o turismo e toda a economia local.
E&N - Como funciona o trabalho da entidade na difusão desses roteiros?
Holmer - Além da distribuição de material de marketing (de todo o Litoral) em hotéis e feiras do País e do exterior, a entidade também vem trabalhando para melhorar a infraestrutura do desenvolvimento do setor nos 21 municípios da região, principalmente nas rotas novas. Neste sentido, levamos aos governos as demandas dos empresários, bem como informamos ao trade o que vem sendo disponibilizado como apoio do poder público. Nossa Associação está ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e ao Ministério do Turismo (Mtur), o que nos facilita esta interlocução.
E&N - Quais ações o senhor poderia citar como exemplo?
Holmer - Basicamente estamos sempre buscando formas de melhorar a infraestrutura do receptivo desses municípios. Atualmente, estamos esperando chegar uma emenda parlamentar do governo federal para podermos inserir sinalização turística (placas) nos roteiros; mas também temos outros projetos, a exemplo da ideia de regionalizar o calendário de eventos, com produções casadas, reduzindo custos para feiras e festas que ocorrem em datas próximas. Hoje o turismo deve ser pensado de forma coletiva, isto converge com a instrução do próprio Ministério do Turismo, que assinala a necessidade da regionalização para a exploração do setor. Entendemos que o turismo é a forma mais democrática de distribuição de renda em uma cidade, uma vez que movimenta o comércio de grandes e pequenos negócios. Aí entra uma outra face do nosso trabalho que é buscar incentivar a formação de profissionais, através do Sistema S, que contribuam para o setor. Uma dona de casa que se interesse em fazer um curso de bolinho de peixe, pode a partir deste conhecimento, empreender e vender para uma lancheria, entre outros exemplos que se enquadram na cadeia que atende ao setor. 
E&N - Há planos especiais para o momento de pandemia?
Holmer - Estamos com o material do Triangulo das Águas, que inclui Tramandaí, Imbé e Osório, banhadas pela mesma lagoa. Ali foi criado um projeto para desenvolver esporte náutico (a exemplo da canoagem), de forma sustentável e não poluente. Também queremos fazer uma modificação na classificação (que define os municípios com prioridade para receber verbas devido à estrutura, quantidade de hotéis, restaurantes, atrativos, e órgãos ligados ao setor) para regionalizar os eventos.
E&N - Ao vender os destinos do Litoral gaúcho, quais as vantagens frente às opções do estado vizinho, Santa Catarina?
Holmer - Apesar de somente Torres se destacar pela geografia distinta do restante da Orla, todas nossas praias são limpas e apropriadas para banho, o que é uma grande vantagem. Nenhuma está interditada por poluição. Santa Catarina acordou mais cedo para o turismo, o que só foi acontecer recentemente no Rio Grande do Sul. Mas temos potencial e o atual governo tem feito um excelente trabalho, divulgando e fomentando cidades do Estado que pouca gente ouve falar. Acredito que neste sentido está sendo feito um trabalho muito bom, que pode nos ajudar a ampliar as perspectivas. 
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