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Responsabilidade Social

- Publicada em 19 de Outubro de 2020 às 03:00

Moradias dignas para garantir a saúde

Visita às famílias candidas ao projeto.

Visita às famílias candidas ao projeto.


/Divulgação/ Nicole Morás
A população carente foi a que mais sofreu com as medidas restritivas e protocolos de higiene durante a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. Moradias sem estrutura, com pouco espaço físico e banheiros em condições precárias expuseram um problema sério. As dificuldades apresentadas por essas pessoas em manter hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos, além de ser um problema humanitário, precisam ser resolvidas de forma urgente para o combate à disseminação da Covid-19. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Obras e Habitação estima que cerca de 20 mil residências não tenham banheiro. Mas, no que depender do Conselho de Arquitetos e Urbanistas do estado (CAU/RS), essa realidade começará a ganhar novos contornos.
A população carente foi a que mais sofreu com as medidas restritivas e protocolos de higiene durante a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. Moradias sem estrutura, com pouco espaço físico e banheiros em condições precárias expuseram um problema sério. As dificuldades apresentadas por essas pessoas em manter hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos, além de ser um problema humanitário, precisam ser resolvidas de forma urgente para o combate à disseminação da Covid-19. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Obras e Habitação estima que cerca de 20 mil residências não tenham banheiro. Mas, no que depender do Conselho de Arquitetos e Urbanistas do estado (CAU/RS), essa realidade começará a ganhar novos contornos.
O projeto "Nenhuma Casa Sem Banheiro", lançado em junho deste ano, pretende beneficiar 11 mil famílias gaúchas de baixa renda com obras melhorias sanitárias domiciliares por meio de projetos executados por arquitetos e urbanistas. Até agora, três editais foram lançados contemplando as cidades de Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Lajeado, e resultaram na inscrição de 60 arquitetos e urbanistas. O investimento do CAU/RS está estimado em cerca de R$ 500 mil, montante destinado para pagamento dos honorários dos profissionais que farão as 11 mil reformas.
Por isso, para sair do papel, o projeto depende de parcerias e contribuições financeiras destinadas a compra dos materiais necessários para as melhorias. Em Lajeado, são nove banheiros inscritos, pré-selecionados com base em critérios que levam em conta problemas como falta de acessibilidade, instalações precárias e insalubridade. A prioridade será de famílias com portadores de necessidades especiais e idosos que necessitem de uma estrutura com acessibilidade, como barras de apoio nas paredes e medidas de banheiro adequadas.
O desenvolvimento das obras conta com a cooperação da Sociedade dos Engenheiros do Vale do Taquari (Seavat) e apoio das secretarias municipais de Planejamento (Seplan) e Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas). O programa também tem apoio da Onu Habitat, Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Defensoria Pública e Ministério Público. A Universidade do Vale do Taquari (Univates) também abarcou o "Nenhuma Casa sem Banheiro" dentro do projeto de extensão "Habitar Bem", criado no ano passado com objetivo de aproximar os estudantes da realidade do município e destacar a importância dos profissionais da área.
"As ações de extensão universitária permitem ao estudante compreender o papel social do arquiteto e do urbanista diante do tema da moradia digna. Os voluntários poderão ajudar nos levantamentos das casas selecionadas para reformas dos sanitários e auxiliar nos desenhos técnicos como oportunidade de aprendizagem no campo pessoal e profissional”, salienta a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates e doutora em Arquitetura, Jamile Weizenmann.
De acordo com a professora, a participação no programa permite ainda que os alunos desenvolvam, em um trabalho social, aquilo que é abordado durante as aulas. “A participação no ‘Nenhuma Casa sem Banheiro’ é uma grande oportunidade de articulação dos diferentes agentes para fomentar a Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) no município, gerando qualidade e melhorias nas habitações", destaca Jamile.
O próximo passo, diz a professora, é mobilizar a sociedade para conseguir as doações necessárias para custear a compra de materiais para a execução das obras. O estudante da Univates Bruno André Frohlich, que tem acompanhado as visitas às famílias pré-selecionadas, relata: “ É um choque de realidade ver como essas pessoas vivem situações das mais adversas como infiltração de água, estrutura comprometida e falta de água quente". Em uma das casas, Frohlich ouviu o desabafo de uma senhora, que passou a tomar banho em uma banheira no quarto por medo de usar o banheiro.

Saiba como colaborar

Famílias estão sendo visitadas para que seja apurado o grau de falta de estrutura sanitária na residência

Famílias estão sendo visitadas para que seja apurado o grau de falta de estrutura sanitária na residência


/Divulgação/Nicole Morás
Interessados em colaborar com o projeto podem entrar em contato com a Seavat pelos telefones
(51) 3714-1666 e (51) 99219-1002 ou e-mail [email protected]