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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Setembro de 2020 às 03:00

Pandemia turbina compra virtual de alimentos

Nas compras virtuais, tablet é usado por 18,4% dos entrevistados

Nas compras virtuais, tablet é usado por 18,4% dos entrevistados


freepik/divulgação/cláudio fachel/jc
Tendências de mudança no comportamento dos consumidores que já estavam em curso antes da pandemia da Covid-19 foram aceleradas pela crise e levarão os varejistas a reinventar a maneira como fazem seus negócios. É o que aponta o estudo Global Consumer Insights Survey 2020, da PwC. No Brasil, um dos 36 países nos quais a pesquisa foi realizada, 53,4% dos consumidores informaram ter realizado compras de alimentos pela internet no último ano, enquanto 50,3% afirmaram terem optado por serviços on-line de entrega de alimentos. No total, foram consultadas 23,5 mil pessoas em todo o mundo, sendo 1.002 no Brasil.
Tendências de mudança no comportamento dos consumidores que já estavam em curso antes da pandemia da Covid-19 foram aceleradas pela crise e levarão os varejistas a reinventar a maneira como fazem seus negócios. É o que aponta o estudo Global Consumer Insights Survey 2020, da PwC. No Brasil, um dos 36 países nos quais a pesquisa foi realizada, 53,4% dos consumidores informaram ter realizado compras de alimentos pela internet no último ano, enquanto 50,3% afirmaram terem optado por serviços on-line de entrega de alimentos. No total, foram consultadas 23,5 mil pessoas em todo o mundo, sendo 1.002 no Brasil.
"Embora certas tendências estejam em alta há algum tempo, nossa pesquisa mostra que a pandemia aumentou o desejo dos consumidores por transparência, sustentabilidade e conveniência. As empresas mais recompensadas nesse cenário atual são aquelas que conhecem mais profundamente seu cliente, estabeleceram a confiança com o consumidor, investiram em uma jornada de compra de ponta a ponta, sem problemas e sem atritos, e priorizaram a saúde e a segurança dos consumidores", diz Carlos Coutinho, sócio da PwC Brasil.
O estudo, produzido a partir de dados coletados antes e durante a pandemia, tem como objetivo analisar os hábitos e comportamentos de compra do consumidor residentes em áreas urbanas e como a interrupção das atividades, em nível global, forçou a aceleração de um modo de vida mais digital, gerando uma nova era no consumo - uma vez que as cidades concentram a maior parte da atividade econômica.
Entre os consumidores brasileiros consultados somente na primeira fase do estudo (antes da pandemia),  a maioria revela que as compras on-line já são uma realidade: 10,3% disseram fazer compras pela internet diariamente, contra 19,9% uma vez por semana e 31,2% uma vez por mês, enquanto 32,3% realizam compras on-line algumas vezes por ano, 4% uma vez por ano e apenas 2,3% nunca efetuam esse tipo de operação.
Nessa amostra, o equipamento mais utilizado nas compras virtuais ainda é o computador - entre 33,9% dos entrevistados. O smartphone vem em seguida, com 31,6%, e o tablet com 18,4%. Os assistentes de voz, mais recentes no mercado, são responsáveis por 13,5% das transações.
Sobre o que leva as pessoas a irem a uma loja física para fazer suas compras, e não pela internet, a experiência continua fazendo a diferença: 43,3% afirmaram que nas lojas é possível experimentar o produto; 36,2% consideram um passatempo agradável; 24,9% disseram gostar do aspecto social de visitar pessoalmente uma loja. Outro fator também tem relevância: 34,7% disseram que a proximidade da loja com o bairro onde moram acaba influenciando na decisão.
Questionados em relação aos meios preferidos para efetivamente gastar dinheiro, 25,5% afirmaram que preferem fazê-lo simplesmente efetuando compras; em segundo lugar, 15,4% optam por viagens e excursões; investimentos em si mesmo são as próximas opções, com 11,6% optando por cursos e aulas de aperfeiçoamento e 10,2% gastando com cuidados pessoais, como cabelo e maquiagem. Já 8,2% preferem destinar parte do seu dinheiro para jantar fora.
As medidas de distanciamento social adotadas em decorrência da pandemia do novo coronavírus afetaram os consumidores em todos os aspectos de suas vidas, incluindo a forma como eles compram mantimentos. Embora as compras nas lojas físicas sejam o principal canal de escolha em nível global, mais de um terço dos consumidores (35%) estão comprando alimentos nos canais on-line, e 86% destes planejam continuar a fazê-lo após o término das medidas de isolamento social.
Em relação aos itens não alimentícios, antes da pandemia as compras nas lojas físicas ainda eram dominantes (47%) em comparação às compras on-line, por meio de telefones celulares (30%), computadores (28%) e assistentes de voz inteligentes (15%). Desde então, essas compras tiveram um aumento substancial (celulares 45%; computadores 41%; e tablets 33%) e essa tendência é especialmente relevante na China e no Oriente Médio, com 60% e 58% dos entrevistados, respectivamente, dizendo que começaram a comprar mais usando seus celulares.
Entre os millenials, 59% - e 57% deste grupo entre os que têm filhos - têm um foco maior em seu bem-estar do que em outros grupos. Quanto aos cuidados pessoais, 51% dos consumidores residentes em áreas urbanas concordam que estão mais focados em cuidar do seu bem-estar e de sua saúde física e mental como resultado da Covid-19.
Os moradores de áreas urbanas consultados após o início da pandemia consideraram que a proteção e a saúde tão importantes para sua qualidade de vida quanto as perspectivas de emprego (49% e 45%, respectivamente) em comparação com 45% no emprego.
Em compensação, as paralisações provocadas pela Covid-19 prejudicaram a pista digital e, à medida que novos hábitos virtuais se tornam arraigados, a mudança para um mundo mais digital para aqueles que podem pagar por suas ferramentas e experiências se tornará ainda mais pronunciada. Um resultado não intencional é que isso tende a polarizar ainda mais os segmentos de clientes entre aqueles que têm recursos ou aptidão digital e aqueles que não têm.
A pesquisa global mostrou uma clara aceitação da sustentabilidade e um senso de dever cívico. Nos resultados de pesquisas anteriores, realizadas antes da pandemia, 45% dos entrevistados em todo o mundo disseram que evitam o uso de plástico sempre que possível, 43% esperam que as empresas sejam responsáveis pelo impacto ambiental e 41% esperam que os varejistas eliminem sacolas plásticas e embalagens de itens perecíveis.
Quando questionados sobre os maiores responsáveis pelo incentivo de comportamentos sustentáveis em suas respectivas cidades, 20% responderam "Eu, o consumidor", enquanto 15% escolheram a opção "O produtor ou fabricante". Quando consultados sobre sua disposição em compartilhar dados, 49% disseram que estavam dispostos a fazê-lo se isso ajudasse a melhorar sua cidade. 
 
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