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Empresas & Negócios

- Publicada em 14 de Setembro de 2020 às 03:00

Docile retoma crescimento em meio à pandemia

Para Heineck, principal desafio de sua gestão é passar pelas adversidades do momento coronavírus

Para Heineck, principal desafio de sua gestão é passar pelas adversidades do momento coronavírus


divulgação Docile Alimentos
Adriana Lampert
Atuando na empresa desde sua fundação, há 29 anos, o sócio-diretor e responsável pela área comercial da Docile Alimentos, Alexandre José Heineck, não tem dúvidas sobre o principal desafio de sua gestão. "Passar por toda a adversidade do momento coronavírus", garante. Nascido em Lajeado, onde fica a sede e a principal unidade fabril da Docile (que conta com outra planta no Nordeste), o administrador de empresas sinaliza que está sendo possível driblar os impactos da pandemia. "Criamos um comitê de crise já no início, e adotamos medidas para garantir a saúde da equipe." Após os primeiros meses de queda (que chegou a 50%), desde junho a Docile Alimentos vem retomando o bom desempenho das vendas. Graças à retomada, recentemente também foi possível preencher as vagas que haviam sido encerradas por conta da pandemia de Covid-19.
Atuando na empresa desde sua fundação, há 29 anos, o sócio-diretor e responsável pela área comercial da Docile Alimentos, Alexandre José Heineck, não tem dúvidas sobre o principal desafio de sua gestão. "Passar por toda a adversidade do momento coronavírus", garante. Nascido em Lajeado, onde fica a sede e a principal unidade fabril da Docile (que conta com outra planta no Nordeste), o administrador de empresas sinaliza que está sendo possível driblar os impactos da pandemia. "Criamos um comitê de crise já no início, e adotamos medidas para garantir a saúde da equipe." Após os primeiros meses de queda (que chegou a 50%), desde junho a Docile Alimentos vem retomando o bom desempenho das vendas. Graças à retomada, recentemente também foi possível preencher as vagas que haviam sido encerradas por conta da pandemia de Covid-19.
Empresas & Negócios - Como estão as vendas de balas e doces em meio à pandemia?
Alexandre José Heineck - Os meses de março, abril e maio tiveram um impacto negativo grande, com queda nas vendas em torno de 50%. Maio começou um pouco melhor, junho avançou bastante e agora em julho voltamos ao mesmo patamar de vendas do ano passado, já com algum crescimento no mercado doméstico. No mercado externo, que representa 25% dos negócios, não tivemos reduções importantes; ao contrário, vimos a demanda acelerar na maioria dos casos. Mas alguns países da América Latina tiveram queda significativa, nos moldes do mercado doméstico.
E&N - De que forma a empresa vem enfrentando esse momento?
Heineck - Criamos um comitê de crise já no início da pandemia, e adotamos diversas medidas para garantir a saúde da equipe. Trabalhamos com bastante rigor no cumprimento dos protocolos de higiene e segurança, com medida da temperatura dos colaboradores na chegada, uso de máscaras com substituição a cada duas ou três horas, e álcool em gel e 70 graus em vários pontos da estrutura. Mantemos distanciamento social desde o transporte coletivo, passando pelo refeitório, reuniões e chão de fábrica, que tem uma metragem ampla. Aliás, as pessoas já não ficavam próximas e onde isso acontecia adotamos os protocolos de distanciamento.
E&N - Quais são os mercados que a Docile abastece?
Heineck - São mais de 50 países, mas os principais são Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e mercado árabe. Como já disse, os sul-americanos foram os que tiveram queda mais significativa, o que mudou o perfil das vendas. Vínhamos em um processo de crescimento com os países da América do Sul, mas como os negócios foram menores que a expectativa, migramos para mercados mais maduros do hemisfério Norte.
E&N - No mercado doméstico, quais canais têm funcionado? O e-commerce apresentou crescimento?
Heineck - Percebemos que alguns canais permaneceram abertos, como o caso das empresas supermercadistas, onde as vendas cresceram de fato. Temos o e-commerce desde 2017, com vendas ainda bastante modestas, mas é uma opção para o consumidor que não encontra o produto em pontos de venda. Já outros canais tiveram forte restrição porque foram fechados (a exemplo de lojas de festas) e altamente impactados. Agora que estão retornando as atividades, as coisas devem melhorar.
E&N - Quais são as metas para este ano e os desafios da gestão?
Heineck - O principal desafio é passar por toda a adversidade em função do coronavírus. Quanto às metas, acreditamos que, no segundo semestre, pode ocorrer o início de uma etapa importante para a empresa. O consumidor mudou, e as relações com clientes também. Para quem trabalha de forma séria e transparente e oferece algo não convencional para o mercado, o consumidor dará mais espaço. E, no ano que vem, queremos explorar novos canais para voltar a crescer acima de dois dígitos.
E&N - Com dois parques fabris, um em Lajeado e outro em Vitória de Santo Antão (PE), a Docile emprega 900 pessoas. Houve demissões em função da pandemia?
Heineck - Fizemos alguns desligamentos no início, que aconteceram em uma proporção inferior ao que poderia ser. Entendemos aquele momento como uma oportunidade de fazer um processo seletivo para caso tivéssemos que enfrentar uma crise maior. Mas hoje já preenchemos as vagas que havíamos encerrado, e contratamos novas pessoas em um número maior do que o das demissões.
E&N - A pandemia chegou a interferir no planejamento estratégico da empresa?
Heineck - Estamos revendo o planejamento estratégico, acreditando que podem surgir novas oportunidades. Nos próximos dois ou três meses, teremos uma ideia de como voltar a crescer anualmente acima de dois dígitos. Alguns investimentos programados colocamos em stand by, mas há expectativa de se confirmar até o final do ano a aquisição de linha e estruturas fabris. O principal investimento será de mercado, para atuar em outros canais.
E&N - Recentemente, a Docile distribuiu mais de seis mil produtos em sessões de Cine Drive-In em Porto Alegre. Essa ação faz parte de estratégia de marketing da empresa ou foi encomendada?
Heineck - Faz parte de nossa estratégia de marketing, que inclui também o patrocínio de um programa de rádio que tem boa audiência. Também apostamos em outros movimentos com clientes para potencializar nossos negócios e, como consequência, desenvolver a marca no Rio Grande do Sul.
E&N - Como o senhor avalia o atual momento do mercado de doces nacional?
Heineck - É um mercado ainda cheio de oportunidades, pois o consumidor brasileiro gosta de guloseimas em geral. Estamos há 84 anos nesse segmento, desde o nosso avó, passando por nosso pai. Depois fundamos nossa empresa, que agora tem a presença de nossos filhos. Acreditamos muito no desenvolvimento do segmento, pois é inerente à vida consumir doces, é saboroso e prazeroso e adiciona um conteúdo de alegria e diversão. Não é à toa que estamos há quatro gerações fazendo doces. E não é só pelo trabalho, mas também por muito amor pelo universo dos doces.
E&N - A empresa já trabalha com o conceito de Indústria 4.0?
Heineck - Temos criado um comitê de transformação digital, no qual todos estes aspectos vão estar contemplados. Já temos diversas iniciativas para uma Indústria 4.0, mas ainda incipientes.
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