Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 03 de Agosto de 2020 às 03:00

Serviços bancários digitais: uma revolução no setor financeiro

Rodrigo Glauser
Delivery Manager na FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software.

Rodrigo Glauser Delivery Manager na FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software.


/Arquivo Pessoal/JC
Rodrigo Glauser, Delivery Manager na FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software
Rodrigo Glauser, Delivery Manager na FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software
Temos visto uma profunda transformação digital nos negócios. Todos os setores da economia foram e serão ainda mais impactados pelas novas tecnologias, como blockchains, machine learning, aplicativos com microsserviços em nuvem e uma imensa variedade de dispositivos que interligam tudo isso.
No setor financeiro, uma revolução está para ocorrer com a regulamentação do Open Bank, que possibilitará a pulverização do mercado de crédito, ao permitir a entrada de novas fintechs no mercado, que possuem uma abordagem 100% digital e proveem APIs para que os ecossistemas se conectem a esses serviços.
Tradicionalmente, temos um padrão de formatação para troca de arquivos em lote entre sistemas, regulamentado pela Febraban e complementado com especificidades de cada um dos bancos que seguem esse padrão.
O Open Bank traz uma camada de tecnologia padronizada, permitindo maior concorrência na oferta de serviços financeiros. Além disso, possibilita transações online, ao invés dos lotes defasados da formatação CNAB, o que faz com que boletos sejam registrados no banco, com uma simples chamada de API, e o link para impressão e distribuição do PDF do boleto por SMS ou e-mail.
Na Inglaterra, com a regulamentação da padronização dos serviços financeiros, ocorreu um boom no número de fintechs e "startups unicórnios". Uma recente pesquisa, feita pela Technation, mostra que a abertura e padronização atraiu um número maior de investidores no Reino Unido e tornou o país uma potência em fintechs.
Por outro lado, os bancos tradicionais têm aumentado os investimentos em inteligência artificial, além de oferecer um leque cada vez maior de serviços digitais e integração em tempo real, ao invés do tradicional processamento em batch, via arquivo CNAB no padrão Febraban.
Vemos, agora, com a pandemia da COVID-19, o valor de mercado de bancos e fintechs despencar. Os meios digitais e virtuais passaram a ser mais demandados. A guerra dos checkouts eletrônicos, pagamentos online e emissão de cartões virtuais traz novas formas interativas, que vão desde a criação da conta digital, emissão de cartões até as cobranças, com o envio de checkouts online (links de pagamento) ou emissão de boletos.
Nos próximos anos, devemos enfrentar uma pressão maior de oferta de crédito vindo de diversas fontes, assim que o Open Bank for regulamentado pelo Banco Central. Isso deve acirrar o leilão na concessão de microcrédito nas plataformas digitais e permitir a entrada de novos players no mercado.
O mercado de softwares empresariais não ficou de fora dessa mesma evolução, em termos de inovações, que o mercado financeiro trouxe. A SAP inovou em tecnologia e processos para trazer um ERP inteligente ao mercado, que já é amplamente utilizado e traz ganhos visíveis de produtividade, perante o antecessor SAP ECC.
A robusta suíte de aplicações SAP permite que equipes de TI customizem seus sistemas, para que possam integrá-los a novos serviços financeiros. Isso até funciona bem, se não fossem todas as complicações que um sistema próprio possui. Adicionar novos serviços bancários, se ajustar às novas regulamentações e se manter atualizado exige um grande esforço de testes, validação e customização do sistema. Demanda, também, investimentos em projetos de TI que, muitas vezes, geram uma saída de caixa inesperada.
As últimas pesquisas, que mostram o direcionamento do mercado de TI e o que os clientes pretendem comprar de software, revela uma ascendente adoção do mercado à subscrição de serviços na nuvem (SaaS). Em uma eminente situação de negócios, o pensamento cloud-first pode encurtar o tempo de implantação em até 70%.
Com sorte, teremos um mercado mais aberto. Sigamos o exemplo do Reino Unido, a fim de propiciar um ecossistema financeiro diversificado e inteiramente conectado, para que as transações aconteçam da forma mais rápida e segura possível.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO