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Empresas & Negócios

- Publicada em 27 de Julho de 2020 às 03:00

Estudo aponta o que executivo espera de 2020

Cenário de recuperação rápida ainda parece distante de acordo com o estudo da KPMG

Cenário de recuperação rápida ainda parece distante de acordo com o estudo da KPMG


JANNOON028-FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Um quarto dos executivos de grandes empresas espera quedas de 10% a 25% nas receitas em 2020, por causa da crise da covid-19, mostra levantamento inédito da consultoria KPMG. O levantamento entrevistou 91 executivos de todo o País: 25,27% esperam uma queda de 10% a 25% nas receitas este ano, enquanto 13,19% preveem recuo de até 10% e outros 13,19% esperam quedas entre 25% e 50%. Apenas 5,49% estimam receitas abaixo de 50% em relação ao ano passado. Outros 18,68% apostam num faturamento no mesmo nível de 2019.
Um quarto dos executivos de grandes empresas espera quedas de 10% a 25% nas receitas em 2020, por causa da crise da covid-19, mostra levantamento inédito da consultoria KPMG. O levantamento entrevistou 91 executivos de todo o País: 25,27% esperam uma queda de 10% a 25% nas receitas este ano, enquanto 13,19% preveem recuo de até 10% e outros 13,19% esperam quedas entre 25% e 50%. Apenas 5,49% estimam receitas abaixo de 50% em relação ao ano passado. Outros 18,68% apostam num faturamento no mesmo nível de 2019.
Na contramão, 24,18% dos executivos entrevistados disseram esperar aumento no faturamento, a despeito da crise. Segundo André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, a parcela de entrevistados apostando em aumento do faturamento em 2020 é condizente com outro estudo da consultoria, divulgado em abril, sobre o "padrão de retomada" da economia. Na retomada, atividades como varejo e farmácia on-line, entrega a domicílio de comida, telemedicina e streaming de vídeo poderão experimentar crescimento.
"Ainda assim, estamos falando de 50% (dos executivos entrevistados) dizendo que haverá diminuição (no faturamento de 2020)", afirmou Coutinho. O levantamento foi feito no início de junho, referente a abril e maio. A ideia é repetir a pesquisa todo mês, permitindo avaliar a evolução da percepção dos executivos, disse o sócio da KPMG.
Por enquanto, o cenário de recuperação rápida parece ainda distante, mesmo que o "fundo do poço" da crise tenha ficado em abril e maio. O levantamento da KPMG mostrou uma piora do quadro na passagem de abril para maio. Em abril, 65,93% dos entrevistados apontaram queda no faturamento ante igual mês de 2019. Em maio, foram 70,33%.
Além disso, quase um quarto dos entrevistados (23,08%) espera crescimento econômico zero ou negativo em 2021, enquanto 57,14% apostam que a economia crescerá até 3,0%. Mesmo que cresça 3,0%, a economia teria desempenho insuficiente para se recuperar da retração de 2020, projetada em 5,95%, conforme a edição mais recente do relatório Focus, do Banco Central (BC). Apenas 7,69% dos entrevistados pela KPMG esperam crescimento acima de 5,0% em 2021.
Mesmo que algumas atividades tenham crescimento acima da média, conforme o novo padrão da retomada econômica, ainda há muita incerteza, disse Coutinho. Segundo o sócio da KPMG, alguns crescimentos podem não se confirmar, sendo seguidos de retrações em seguida. Um exemplo é explosão nas assinaturas dos serviços de "streaming" de vídeo.
"Passada a quarentena, as assinaturas serão mantidas?", questionou Coutinho, citando a telemedicina como outra oportunidade de novos negócios que parece promissora. "Algumas transformações parecem que vieram para ficar, mas tudo vai depender da experiência do consumidor", completou.
Por outro lado, o Brasil poderá se beneficiar com o agravamento da crise na Argentina, que já vinha enfrentando uma recessão. Agora, com o agravamento da situação em função da pandemia, multinacionais, sobretudo da cadeia automotiva, começam a retirar parte de seus negócios do país, concentrando-os no Brasil. Basf, Saint-Gobain Sekurit e Axalta já tomaram esse caminho, enquanto empresas menores de infraestrutura analisam a mudança.
 
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