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Empresas & Negócios

- Publicada em 20 de Julho de 2020 às 03:00

Empresas fazem novas ofertas de ações na crise

No 1º semestre, quase o dobro de pessoas físicas participaram de negociações na bolsa

No 1º semestre, quase o dobro de pessoas físicas participaram de negociações na bolsa


/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
No cenário de juros baixos e Bolsas de Valores em alta, empresas aproveitam para fortalecer o caixa para enfrentar a crise do novo coronavírus no mercado de ações. No primeiro semestre de 2020, foram sete follow-ons (ofertas subsequentes de ações) e cinco IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês), com quase o dobro da participação de pessoas físicas em relação ao mesmo período de 2019.
No cenário de juros baixos e Bolsas de Valores em alta, empresas aproveitam para fortalecer o caixa para enfrentar a crise do novo coronavírus no mercado de ações. No primeiro semestre de 2020, foram sete follow-ons (ofertas subsequentes de ações) e cinco IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês), com quase o dobro da participação de pessoas físicas em relação ao mesmo período de 2019.
"Começamos o ano muito bem. Janeiro foi bastante forte de ofertas e agora o mercado começou a reaquecer. Ninguém está feliz, tivemos um grande impacto com a pandemia, mas investidores acreditam na recuperação e têm a percepção de que a crise não é permanente", diz Jorge Junqueira, sócio da Gaus Capital. Ele estima que, mantida a retomada da Bolsa, mais 15 empresas podem abrir capital até o final do ano.
Em março, com a forte queda da Bolsa de Valores, 20 empresas interromperam o seu processo de abertura de capital. Em junho, quatro delas retomaram o IPO. Ao todo, estão em análise na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) 20 pedidos.
Até o momento, 2020 já superou o número de aberturas de 2019. Foram cinco estreias no ano passado, contra sete neste ano.
Duas delas aconteceram em julho. As ações da Ambipar, empresa de gestão de resíduos, passam a ser negociadas na Bolsa brasileira no dia 13 deste mês. A companhia levantou R$ 1,08 bilhão na oferta para renegociar e antecipar pagamentos de dívidas com custo de captação elevado e expandir o negócio.
Outro IPO foi da Aura Minerals, empresa de mineração de ouro listada na Bolsa do Canadá. Suas ações agora são negociadas na B3 sob a forma de BDR (recibos depositários brasileiros, na sigla em inglês).
Por se tratar de uma oferta com esforços restritos - limitada a 75 investidores, porém, com menos burocracia - apenas investidores qualificados (que têm mais de R$ 1 milhão investido) poderão negociar o papel nos próximos 18 meses. Depois dessa data, qualquer investidor pode comprar o papel. Apesar da exclusividade, a empresa levantou R$ 790 milhões para reforçar o caixa e expandir o negócio.
O mês também já teve dois follow-ons. O BTG Pactual captou R$ 2,6 bilhões para expandir sua atividade de varejo e a XP, listada em Nova York, teve a redução da participação da empresa de investimentos General Atlantic e fortalecimento do caixa. Também anunciaram ofertas subsequentes de ações para fortalecer o caixa Lojas Americanas, Via Varejo, CVC e JHSF.
A Lojas Americanas e a sua subsidiária, a B2W, por exemplo, podem ter uma melhora na avaliação de crédito com a captação, que pode chegar a R$ 7 bilhões. "A conclusão da oferta de ações deve permitir à Lojas Americanas e a sua controlada relevantes redução de dívida e fortalecimento da liquidez. Além disto, solidificaria a posição de mercado da companhia por criar condições para um forte programa de investimentos, financiado por recursos que não pressionariam sua alavancagem", diz a Fitch.
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