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Responsabilidade social

- Publicada em 15 de Junho de 2020 às 03:00

Atos individuais para fazer o bem contagiam

Jacintho (direta), da Homens de Pizza, doa uma pizza a cada 10 vendidas a pessoas em situação de rua

Jacintho (direta), da Homens de Pizza, doa uma pizza a cada 10 vendidas a pessoas em situação de rua


Fotos MARCO QUINTANA/JC
Quando começou a adquirir as peças para produzir bijuterias, há alguns anos, Sylvia Regina Paes não imaginava o destino que daria a elas. A matéria-prima, antes transformada em pulseiras, colares, brincos e anéis, agora embeleza máscaras doadas para o combate ao coronavírus. Assim como Sylvia, sua irmã Sandra Adelina Castro Paes também abriu mão da receita extra com a venda de seus trabalhos manuais, como bolsas, roupas, tapeçaria, esculturas e pinturas, para destinar suas habilidades à solidariedade. 
Quando começou a adquirir as peças para produzir bijuterias, há alguns anos, Sylvia Regina Paes não imaginava o destino que daria a elas. A matéria-prima, antes transformada em pulseiras, colares, brincos e anéis, agora embeleza máscaras doadas para o combate ao coronavírus. Assim como Sylvia, sua irmã Sandra Adelina Castro Paes também abriu mão da receita extra com a venda de seus trabalhos manuais, como bolsas, roupas, tapeçaria, esculturas e pinturas, para destinar suas habilidades à solidariedade. 
Foi de Sandra que partiu a ideia de colaborar com a doação dos itens de proteção, um dos itens mais demandados e que por muito tempo esteve em falta no mercado. Quando comentou com a irmã o que pretendia fazer, a adesão foi imediata. Embora não soubesse muito bem de que forma atuaria no projeto, Sylvia se propôs a auxiliar no que fosse preciso.
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Sylvia é quem dá o toque final às máscaras distribuídas em hospitais e comunidades
"Sempre tem alguma coisa em que a gente possa ser útil", acredita Sylvia, que é assistente administrativa do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV RS). Depois que a primeira leva de máscaras, feita com bojos de sutiã, deu lugar a peças tricotadas, feitas por Sandra, que é advogada, veio a inspiração sobre a forma de auxiliar. "Eu não sei fazer tricô, mas algo eu tinha que fazer", brinca. O resultado pode ser conferido na customização das máscaras, que passaram a ganhar brilho com miçangas, strass, pedrarias, correntes e quaisquer outros materiais que deem um toque especial a cada uma delas. "É um jeito de levar um pouco de brilho e beleza para enfeitar o dia a dia dessas pessoas", diz Sylvia.
A atitude das irmãs, que juntas produzem 6 máscaras por dia, contagiou amigos e familiares e a chamada "corrente do bem" se expandiu. Elas inclusive aumentaram o portfólio de produtos para doações. A amiga Ana Helena Fontoura Rodrigues passou a confeccionar brinquedos de feltros para ala infantil dos hospitais. Clara Tajes ajuda a identificar os locais que mais necessitam e coordenar a distribuição das doações.  
O apoio tem vindo de diferentes formas, seja na produção de mais máscaras, no fornecimento de matéria-prima ou até mesmo na logística de distribuição das peças, que têm como destino hospitais e comunidades da Capital. "São tantas pessoas que têm se engajado que não teríamos como nominar todas aqui, mas agradecemos a cada uma delas", relata Sylvia. As máscaras já chegaram, por exemplo, até ao Hospital Psiquiátrico São Pedro e à Vila São Pedro, conhecida como Cachorro Sentado.
Assim como elas, Rodrigo Maciel Jacintho também decidiu usar suas habilidades, mas na cozinha, para fazer sua parte e colaborar para minimizar os efeitos que a pandemia do novo coronavírus tem causado. Há pouco tempo, o professor de latim do Colégio Leonardo da Vinci Alfa criou a Homens de Pizza, marca de suas pizzas artesanais - embora o nome seja no plural, ele é a única pessoa por trás da produção e administração dos negócios.
A iniciativa surgiu como alternativa para garantir uma renda extra em tempos de crise. Para se diferenciar num mercado concorrido, apostou em combinações diferentes de sabores além dos tradicionais. Assim, o cardápio ganhou opções como a Peraporó (queijo gorgonzola, muçarela, alho-poró refogado com cebolinha, cubinhos de pera e farofa de nozes), a CopaFicus (salame tipo copa com cobertura de doce de figo) e a Javali em redução de vinho laranja, por exemplo - cardápio completo pode ser solicitado pelo WhastApp (51) 981158673) . A cada 10 pizzas vendidas, Jacintho doa uma para pessoas em situação de rua ou para famílias e entidades indicadas pelos clientes, que também são atores desta ação.
Segundo o professor, cheff e músico (é tecladista das bandas Bataclã FC e Barão e os Vermelhos), essa é uma maneira de ajudar pessoas que não possuem recursos, dependem de doações para poderem se alimentar e raramente têm acesso a uma refeição especial. A recepção têm sido muito positiva. "Muitos ficam surpresos em receber algo diferente e, assim que provam uma fatia, comentam que está delicioso", conta Jacintho, feliz com o resultado.
Os clientes também podem fazer indicações para quem gostariam de destinar as doações. Alguns também aproveitam a oportunidade para colaborar de outras formas. Integrantes do Povo do Clube, movimento social e político de sócios e torcedores do Internacional pela valorização da identidade popular e do qual Jacintho faz parte, também o incentivou ao doar cestas básicas para a comunidade do Areal da Baronesa e para que ele distribua em suas andanças pela cidade.
Desde o início da ação, Jacintho tem percebido um crescimento nas vendas, motivado, muitas vezes, pela vontade dos clientes em ajudar. Em razão disso, atualmente, são produzidas e vendidas em torno de 25 a 30 pizzas semanalmente. Agora, o objetivo é contar com a colaboração de quem quiser doar máscaras e álcool em gel, que serão distribuídos junto com as pizzas a quem não tem acesso a esses itens de proteção. "É preciso conversar e explicar a eles a importância de se cuidarem para que não fiquem ainda mais vulneráveis à doença", afirma.

Quer contribuir com essas ações?

Máscaras e
brinquedos de feltro
Sylvia Regina
51 98010-3094

Homens de Pizza
Rodrigo Jacintho
51 98115-8673