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Empresas & Negócios

- Publicada em 22 de Junho de 2020 às 03:00

Parceiros Voluntários lidera rede #SóJuntos para um futuro melhor

Daniel Santoro é Presidente do Conselho de Administração da ONG

Daniel Santoro é Presidente do Conselho de Administração da ONG


Leonardo Lenskij - divulgação
Adriana Lampert
Após beneficiar mais de 8,5 milhões de pessoas em toda sua história, a ONG Parceiros Voluntários encabeça o movimento #SóJuntos, uma rede colaborativa formada por muitas pessoas e instituições com o intuito de criar um "futuro melhor". Em meio a esse processo e somando 20 anos de atuação na entidade (onde iniciou como voluntário e depois ocupou vários cargos), o novo presidente do Conselho de Administração da ONG, Daniel Santoro, que assumiu o cargo em abril, já conta com dois grandes desafios. Preservar ativos e fundamentos da organização estabelecidos pela antecessora, Maria Elena Pereira Johannpeter (que esteve no comando por mais de duas décadas) - uma das lideranças do terceiro setor do Brasil, e redirecionar a ONG em um momento delicado, em plena pandemia mundial de Covid-19, que tem exigido uma série de mudanças no mundo todo.
Após beneficiar mais de 8,5 milhões de pessoas em toda sua história, a ONG Parceiros Voluntários encabeça o movimento #SóJuntos, uma rede colaborativa formada por muitas pessoas e instituições com o intuito de criar um "futuro melhor". Em meio a esse processo e somando 20 anos de atuação na entidade (onde iniciou como voluntário e depois ocupou vários cargos), o novo presidente do Conselho de Administração da ONG, Daniel Santoro, que assumiu o cargo em abril, já conta com dois grandes desafios. Preservar ativos e fundamentos da organização estabelecidos pela antecessora, Maria Elena Pereira Johannpeter (que esteve no comando por mais de duas décadas) - uma das lideranças do terceiro setor do Brasil, e redirecionar a ONG em um momento delicado, em plena pandemia mundial de Covid-19, que tem exigido uma série de mudanças no mundo todo.
Natural de Montevidéu (Uruguai), Santoro chegou ao País com nove anos de idade. Cresceu em solo brasileiro e se formou em Engenharia Agrícola, mas nunca atuou na área. Chegou a cursar também a Faculdade de Administração, mas não completou, optando por seguir para a Pós-graduação em Marketing, que concluiu na ESPM. Depois realizou mais uma pós, em Business Administration na Universidade de Berkeley, na Califórnia, e sua última incursão foi a Corporate Director Certification, em Harvard. Casado, aos 51 anos não tem filhos, mas conta com oito afilhados "muito próximos". "Tem também minha cachorra, Ziva, uma pastora australiana, que é nossa grande parceira", destaca o gestor.
Para Santoro, a conjectura brasileira pede que a polarização e a busca obstinada por razão seja deixada de lado por um momento para que um bem maior possa ser alcançado. "Não é mais hora de discutir quem está certo, é hora de a humanidade trabalhar. Somente juntos, com atitude e cuidado com o todo, salvaremos mais vidas, mais empregos, mais empresas e mais famílias ", defende.
Empresas & Negócios - Quais serão as diretrizes de sua gestão na Parceiros Voluntários?
Daniel Santoro - Nos próximos dois anos, minha gestão tem alguns desafios: assumi o cargo ocupado por uma das lideranças do terceiro setor do Brasil (Maria Elena Johannpeter) e o desafio é preservar os fundamentos estabelecidos neste período, bem como os ativos da organização. Além disso será preciso redirecionar a Parceiros Voluntários em um momento tão delicado que o mundo está passando, adequando a organização, e a aplicação de seus princípios neste contexto de incertezas que o mundo está vivendo de forma abrupta. As incertezas já existiam, mas agora com a pandemia de Covid-19 ficaram exponenciais.
E&N - Quais serão as primeiras ações?
Santoro - Se fez necessário pararmos para refletir qual vai ser o papel da Parceiros Voluntários em um mundo tão complexo, onde não é possível um mesmo agente resolver todas a questões que se apresentam. Fizemos um brainstorm com outros agentes e surgiu um movimento, um posicionamento, chamado #SóJuntos, que pretende provocar a reflexão de que não é "juntos", mas "somente juntos" que conseguiremos fortalecer a teia social nas nossas comunidades. Juntos inclui pessoas físicas, empresas, instituições, governos, toda a sociedade integrada tendo como ponto focal o cidadão. Iniciamos este movimento mas observo que não é nosso, e sim da sociedade, onde cada individuo e cada organização pode se empoderar do processo. Não importa se é uma grande empresa fazendo uma doação ou uma pessoa simples de comunidade compartilhando algo que tem.
E&N - O que isso significa na prática?
Santoro - Pessoas físicas e jurídicas podem se unir, com o foco no sentimento de pertencimento. Todos pertencemos ao mesmo lugar, ao mesmo Planeta, e nos resta fazer algo para que prospere e seja um bom lugar para se viver. Neste sentido, se sublinha a responsabilidade com o outro que esteja precisando mais, despertando a capacidade da solidariedade nas pessoas. Essa é nossa provocação. A ideia é mobilizar os agentes que alcançamos, e estes mobilizarem outros. Na esteira da crise que a pandemia de Covid-19 trouxe ao País, a Parceiros Voluntários endossa aquilo que sempre foi um valor para a entidade: a defesa da união social no intuito de fortalecer uma rede de solidariedade.
E&N - Este movimento então está focando na solução de problemas gerados pela pandemia?
Santoro - Na verdade, o movimento surgiu casualmente alguns dias antes da notícia de epidemia de Covid-19. Parece que tivemos uma intuição, neste sentido, e despertamos para este processo um pouco antes de se manifestar o atual problema. Existem tantas polaridades e posições distintas sobre como agir agora, mas para nós não interessa tomar um lado, e sim torcer para que as coisas deem certo. No fim, ao cabo, só resolveremos problemas locais, regionais ou nacionais quando estivermos focados na sua real solução. O ponto não é estar com a razão, mas sim superar as dificuldades sociais, não importa se é pelo enfoque econômico ou pelo enfoque da saúde, porque um não existe sem o outro. Não há sistema de saúde que se suporte sem recursos e não há economia que sobreviva sem pessoas saudáveis e sem medo.
E&N - De que forma o projeto da Parceiros Voluntários pode acelerar a solução destes problemas?
Santoro - Atuamos há mais de 20 anos focados em quatro públicos: pessoas físicas, empresas, escolas e organizações sociais. Temos vasta experiência e metodologia desenvolvida nestas áreas. Mas dada a complexidade do momento que vivemos, não dá mais para tratar estes públicos de forma isolada, precisamos integrar todos os agentes - e esta é a nossa proposta. Quando identifico um problema de uma comunidade ou de uma empresa, ou de uma prefeitura, posso intervir aplicando nossas metodologias para engajar e coordenar estes agentes em busca de soluções.
E&N - Como estabelecer a integração de agentes?
Santoro - O mundo está mais transversal do que nunca. Não tem como resolver o problema de um agente, sem resolver todo o entorno. Neste sentido, temos projetos no Brasil inteiro, o que justifica que além de nossa sede matriz em Porto Alegre, tenhamos outra em São Paulo. Nesse momento, o Brasil vai necessitar mais do que nunca de capilaridade no terceiro setor, e a Parceiros Voluntários vai estar presente. Temos um universo de ações e projetos disponíveis. O auxílio tem que chegar para muita gente, com controle e transparência na instrumentação das instituições, empresas, escolas, para capitanear o desenvolvimento das comunidades, e esta é nossa especialidade. Podemos potencializar a disseminação do nosso conhecimento e nossa prática em todos os territórios em que o País necessitar.
E&N -Este é o principal recado do movimento #SóJuntos?
Santoro - A conjectura brasileira pede que a polarização e a busca obstinada por razão seja deixada de lado por um momento para que um bem maior possa ser alcançado. Não é mais hora de discutir quem está certo, é hora de a humanidade trabalhar. Somente juntos, com atitude e cuidado com o todo, salvaremos mais vidas, mais empregos, mais empresas e mais famílias.
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