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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Maio de 2020 às 03:00

A telemedicina impulsionada pelo coronavírus

Diretor Adjunto de Grupo de Negócios da SUCESU-RS e executivo de TI na área da saúde
Diretor Adjunto de Grupo de Negócios da SUCESU-RS e executivo de TI na área da saúde
O uso da telemedicina está em alta, pois ela é uma poderosa ferramenta no auxílio ao combate da Covid-19, mas afinal, o que é a telemedicina? De uma forma simplificada, é o uso das tecnologias de informação e comunicação viabilizando a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde.
Apesar do destaque atual, a telemedicina não é novidade. Em 2006, o Ministério da Ciência e Tecnologia já desenvolvia ações para maximizar o uso desta poderosa ferramenta com o projeto da Rede Universitária de Telemedicina (Rute).
A Rute foi criada para interligar universidades de Medicina de todo o País e compartilhar conhecimento no meio acadêmico. No Rio Grande do Sul, a telemedicina ganhou destaque em 2007 com o projeto TelesSaúdeRS-Ufrgs para telediagnóstico de doenças respiratórias crônicas e de ultrassonografias obstétricas.
A ampliação do uso da telemedicina em nosso País irá auxiliar na resolução de diversos problemas da área da saúde, como evitar aglomeração de pessoas, acesso a serviços médicos especializados a locais que não os apresentam. Também irá racionalizar custos e apoiar a vigilância epidemiológica, auxiliando na identificação e rastreamento de doenças, caso atual do Covid-19.
Mesmo não sendo uma novidade, o uso da telemedicina no atendimento a pacientes ainda é encarado pela sociedade como algo inovador e, por este motivo, enfrenta resistências. O principal desafio da telemedicina é superar a transição do mundo real para o virtual, pois ela impacta diretamente na relação entre médico e paciente, ou seja, o que antes era realizado de forma presencial agora passa a acontecer a distância. Precisamos quebrar paradigmas e ultrapassar barreiras culturais, institucionais e profissionais.
Neste cenário, a pandemia ajuda a telemedicina a superar estes desafios e, impulsiona sua implantação, sensibilizando o conselho federal de medicina e o ministério da saúde através da portaria 467/20 a aprovar o seu uso de forma temporária, isto é, enquanto durar a pandemia, a fim de tentar conter a propagação do coronavírus.
Mas será que o uso da telemedicina será revogado após vencermos o coronavírus? Creio que não, pois ela é uma fonte geradora de inovações por demandar e incorporar fortemente avanços tecnológicos. A telemedicina irá conectar pacientes e médicos ao redor do mundo, resolvendo problemas de precariedade de acesso a serviços de saúde causados por falta de profissionais, de assistência em regiões remotas e periféricas.
As perguntas que ficam agora são: será o coronavírus o fator responsável por impulsionar a telemedicina? E, será a telemedicina a responsável pela uberização da saúde e o surgimento de novas oportunidades de negócios no setor da saúde?
 
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