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consumo

- Publicada em 11 de Maio de 2020 às 03:00

Setor de serviços aposta em versatilidade

Cartões de visita digitais são uma forma de se destacar no ambiente virtual

Cartões de visita digitais são uma forma de se destacar no ambiente virtual


MARCO QUINTANA/JC
O período de isolamento social tem afetado todas as atividades econômicas. No setor de serviços, que na maioria das vezes depende do contato presencial, essa quebra na produção pode representar um forte impacto negativo para os negócios.
O período de isolamento social tem afetado todas as atividades econômicas. No setor de serviços, que na maioria das vezes depende do contato presencial, essa quebra na produção pode representar um forte impacto negativo para os negócios.
Para driblar os efeitos da quarentena, planejar novas estratégias de negócios tem sido um movimento importante para se manter no mercado, como a mudança na forma de executar as atividades realizadas.
Mas é na versatilidade de ações que está o caminho. "Entender a nova realidade dos consumidores, e também suas novas demandas, é primordial para propor soluções atrativas e que mantenham a relação entre o prestador de serviços e o cliente", define o especialista em competitividade setorial do Sebrae/RS, Fabiano Bassani Zortea.
Além dessa flexibilização no funcionamento e de proposições específicas para cada caso, Zortea aponta que entender a necessidade de cada um deve ser prioridade. Na hora de montar um planejamento para as atividades em época de isolamento, o atendimento customizado faz toda a diferença. "É fundamental descobrir como se pode auxiliar considerando os diferentes cenários que cada consumidor possa estar vivendo", orienta.
Manter a comunicação ativa com contratantes de serviços é essencial em momentos como esse, de isolamento social. "Independentemente do ramo de atuação, estar em contato possibilita dar continuidade aos negócios e mantê-los quando a retomada chegar", comenta Zortea. Além de fortalecer as relações, o período pode servir para angariar novos clientes utilizando os meios digitais.
Mas como manter contato e se apresentar para aumentar o portfólio? Pensando nisso, o terapeuta complementar e professor de Reiki Tiago Maciel aplicou o conhecimento adormecido de design para criar modelos de cartões de visita digitais. "É um meio de substituir o cartão impresso e atingir o público de forma ampla, em diferentes plataformas e canais de comunicação", explica o empreendedor.
De forma interativa, o modelo permite que quem o visualize possa clicar em links que vão redirecionar o usuário para endereços de páginas na internet, como sites e blogs, e aos perfis em redes sociais - servindo tanto para empresas, quanto para profissionais autônomos. Maciel, que começou o projeto há cerca de três meses, conta que o momento de isolamento fomentou a procura pelo serviço, uma vez que as atividades passaram a ser mais virtuais.
Outro método de manter o fluxo de caixa é a venda antecipada. Na prática, o consumidor adquire um tíquete (os chamados vouchers) para consumo futuro. Assim, o prestador de serviços minimiza as perdas ao antecipar a receita para entregar o serviço em um outro momento. Zortea explica que, para ser efetivo, o sistema de vouchers deve ser descomplicado, sem regras rígidas e com informações claras para o consumidor.
O sistema Todos Presentes, criado pela startup Todos Cartões, aposta no formato do cartão de presente para fomentar a compra antecipada. O Otra Vez Poa, especializado no aluguel de roupas na capital gaúcha, é um exemplo de negócio que adotou a plataforma da startup.
"É uma oportunidade de reforçarmos toda a lógica de redes com a qual trabalhamos, já que as pessoas podem apoiar a cadeia produtiva e utilizarão os serviços em um futuro próximo", conta a idealizadora do negócio Bruna Stephanou. Apostando em um valor abaixo do habitual, a fim de manter o fluxo de caixa, a ideia é que os clientes possam alugar as peças desejadas e retirar assim que voltar o atendimento presencial.

Surpreender o cliente pode trazer bons resultados

Paula passou a fazer aulas com áudio para trabalhar a consciência corporal

Paula passou a fazer aulas com áudio para trabalhar a consciência corporal


MARCO QUINTANA/JC
Oferecer o serviço principal de uma nova forma, adaptando-o ao momento de reclusão e inovando para surpreender os clientes é uma alternativa que pode render bons frutos no período de pandemia. Foi o que fez a bailarina e professora de dança Paula Finn, que apostou no áudio para lançar um novo modelo de aula. As "pílulas", como Paula denominou o projeto, são um audioguia, com duração de 15 a 20 minutos, com atividades corporais a serem realizadas pelos alunos.
"Escolhi o áudio porque a ideia não é copiar um modelo de movimento tradicional", explica Paula. As atividades são direcionadas mais para trabalhar a consciência corporal do que propriamente a dança. "O retorno tem sido bem positivo", conta Paula. Além desse projeto, a bailarina, que ministra aulas de dança contemporânea no Meme Estação Cultural, passou a realizar videoaulas direto de casa, uma vez que o centro mantém sua atuação no ambiente digital.