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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Abril de 2020 às 03:00

O que a crise do coronavírus pode te ensinar

Uma crise tem várias etapas, conforme conta o empresário José Galló. A primeira é a fase do pânico, na qual o líder possui um papel importante de conscientizar e acalmar a população. O momento exige a hierarquia do conhecimento e das lideranças que estão no poder com gestão e ação. A segunda fase é a da realidade, quando se inicia um movimento da organização das ideias e propostas de soluções com medidas mais práticas. E o terceiro momento é o da solidariedade, em que eu identifico: qual a minha contribuição para as soluções face a crise? Qual a minha contribuição como ser humano, como empresário, como funcionário, como governo? É nessa fase que se iniciam as concessões, pois não é mais possível existir o 100%, é necessário que cada um ceda um pouco para que possamos olhar para as soluções. Se ficamos apenas na fase do pânico, perdemos as esperanças e inviabilizamos as possibilidades para sair dessa crise.

Uma crise tem várias etapas, conforme conta o empresário José Galló. A primeira é a fase do pânico, na qual o líder possui um papel importante de conscientizar e acalmar a população. O momento exige a hierarquia do conhecimento e das lideranças que estão no poder com gestão e ação. A segunda fase é a da realidade, quando se inicia um movimento da organização das ideias e propostas de soluções com medidas mais práticas. E o terceiro momento é o da solidariedade, em que eu identifico: qual a minha contribuição para as soluções face a crise? Qual a minha contribuição como ser humano, como empresário, como funcionário, como governo? É nessa fase que se iniciam as concessões, pois não é mais possível existir o 100%, é necessário que cada um ceda um pouco para que possamos olhar para as soluções. Se ficamos apenas na fase do pânico, perdemos as esperanças e inviabilizamos as possibilidades para sair dessa crise.

A crise socioeconômica que enfrentamos a partir da propagação do novo coronavírus (Covid-19) pode sim ser vista como uma oportunidade, uma vez que nos obriga a agir rapidamente e a encontrar soluções que deem conta não apenas das situações cotidianas, mas principalmente das estratégias ágeis. Tenho a convicção que os profissionais e organizações não serão mais os mesmos após esse período. Aqueles que conseguiram explorar suas habilidades e competências com inteligência emocional, para além os conhecimentos técnicos, estão olhando nesse momento para possibilidades de soluções e não apenas para o problema. Portanto, este é um momento em que devemos nos questionar: O que eu estou aprendendo com isso? Quantas reuniões online e produtivas eu fiz nesses últimos dias?

Talvez, em outro momento, eu tivesse me deslocado sem necessidade real. Talvez, eu tenha utilizado esse tempo para ler um livro e aplicar os conhecimentos. Ou ainda tenha aproveitado para conhecer meus filhos e aprender sobre como gerir meu tempo. Talvez, tenha aprendido a trabalhar em home office. Seja lá qual for a forma que você vem usando o seu tempo, é o momento de olhar o todo. É hora de assumir o protagonismo e entender que estamos passando por um período de mudança, em que precisamos ajustar o foco e rever o planejamento da nossa rota.

É provável que ainda não tenhamos a dimensão exata dos impactos dessa "guerra" nas nossas vidas. Isso porque, muitas vezes, não temos as respostas. O que há é um vácuo de liderança que nos gera insegurança e medo. É fato que União, estados e municípios precisam integrar as suas ações. Cooperar, unir-se e conversar. Mas também podemos escolher olhar para tudo isso transformando os desafios em oportunidades de mudar hábitos, reforçar valores pessoais, profissionais e da sociedade, resgatar princípios do ser humano.

Vivemos um momento antagônico em que precisamos ser acolhedores, mas não podemos dar um abraço. Estamos experienciando um novo formato de matar a saudade e disseminar o amor com nossas famílias e amigos. Se isso não é uma oportunidade de se reinventar, inovar, mudar e transformar-se em um "Apreendedor", eu corro sérios riscos de estar enlouquecendo.

Na IMED, assim que recebemos autorização para utilizar as tecnologias virtuais para contribuir com os estudos dos nossos alunos durante o período de isolamento social, construímos em três dias uma estrutura de equipes, com professores e colaboradores de todos os setores, para dar conta de inserir mais de 5 mil alunos em um ambiente virtual, além de treinar professores e alunos que ainda não estavam familiarizados com as tecnologias virtuais. Uma semana depois de implementar a ação, o feedback e o engajamento recebidos nos faz concluir que foi um sucesso. Estamos até utilizando metodologias ativas e gerando experiências por meio das ferramentas digitais.

Outro exemplo foi o trabalho multidisciplinar de professores, estudantes de Medicina e empresas locais, como Atua Sistemas, para a construção de uma Central de Teleorientação Médica, junto ao Hospital de Clínicas, em Passo Fundo. Também em conjunto com os laboratórios de engenharia, o curso de Ciência da Computação e a empresa Spak, realizamos a criação de máscaras acrílicas em impressão 3D e o desenvolvimento de um aplicativo realiza triagem para encaminhamento de casos suspeitos que possuam sintomas associados.

A flexibilidade a mudança, resolução de problemas complexos, inteligência emocional, escutar com empatia, trabalho em equipe, cooperação, liderança, comunicação, criatividade, negociação e tomada de decisões são algumas das principais competências para o século XXI. E quem conseguir aproveitar o "tempo da quarentena" para desenvolver-se e aprender sobre si, certamente, sairá fortalecido desta crise.

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