ADMINISTRAÇÃO

O professor de economia na Stern School of Business da Universidade de Nova York, Nouriel Roubini, autor do livro 'A Economia das Crises', tornou-se referência econômica após antever a última crise de impacto mundial. Para Roubini, os desastres econômicos não são eventos livres de previsão, podendo além de ser previstos, evitados e até sanados.

Após décadas de pesquisa, o professor pode definir que os sinais para um prognóstico assertivo estão nos cataclismos financeiros presentes no cenário econômico desde sempre. Ou seja, para ele as crises restritas a países podem se repetir e afetar outras nações, assim como os fenômenos que aconteceram no México, Paquistão, Argentina e Brasil, por exemplo. Destacando, desta forma, que os contextos de diferentes lugares podem levar a crise semelhantes, usando a história e a atenção como ferramentas primordiais para a identificação de crises econômicas.

Nouriel Roubini e Stephen Mihm utilizam exemplos do passado para estabelecer conexões para resolver problemas do presente. Visando principalmente educar o leitor para reconhecer nessas experiências vividas anteriormente saídas para as dificuldades momentâneas. Indo além, os autores afirmam que com tal estratégia a União Monetária Europeia, que enfrenta problemas políticos e econômicos, não estaria vivendo tamanha crise.

 

O que o comércio de tulipas na Holanda no início do século XVll tem a ver com a atualidade e o que ele explica sobre o mercado hoje? Alexandre Versignassi, autor do livro 'Crash - Uma Breve História da Economia', jornalista e redator-chefe da revista Superinteressante, explica tal relação apropriando-se dessa e de outras comparações para relacionar a história do mundo com a história da economia. Passando pelos diversos tipos de moedas até o dinheiro que carregamos hoje conosco, o livro descreve de que forma os seres humanos e as relações comerciais se interligam para dar origem ao mundo mais rico de todos os tempos - o de hoje.

Com linguagem simples, a obra perpassa por algumas áreas do conhecimento não-tradicionais para narrar a evolução da economia, tais como: psicologia, história e biologia. Buscando, desta maneira, além de descrever a evolução financeira dos seres humanos, esclarecer a forma como o pensamento em relação ao dinheiro também esteve em constante mutação. A obra busca na essência das sociedades da Antiguidade, Idade Média e contemporânea as suas relações com as moedas da época e traduz os resquícios que elas deixaram para a economia contemporânea. O livro, finalista do prêmio Jabuti em Economia e Administração, é recomendado para quem busca entender mais sobre o universo da economia, traduzindo jargões e períodos econômicos com bom-humor e informação.