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Empresas & Negócios

- Publicada em 21 de Outubro de 2019 às 03:00

Câncer de mama é tabu entre empresas

Falta de políticas de apoio faz parte dos empecilhos, diz pesquisa

Falta de políticas de apoio faz parte dos empecilhos, diz pesquisa


/freepik/divulgação/jc
O LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, e a Fundação Laço Rosa, que atua na defesa de direitos de pacientes com câncer de mama, divulgaram nesta segunda-feira (14) uma pesquisa inédita sobre pacientes de câncer de mama no mercado de trabalho. Segundo o levantamento¹, feito com mais de 930 entrevistados, apenas 31% das pessoas que têm ou já enfrentou a doença continuaram trabalhando. O estudo contou com respostas de pacientes, ex-pacientes e pessoas que têm ou tiveram um paciente em seu círculo profissional ou social.
O LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, e a Fundação Laço Rosa, que atua na defesa de direitos de pacientes com câncer de mama, divulgaram nesta segunda-feira (14) uma pesquisa inédita sobre pacientes de câncer de mama no mercado de trabalho. Segundo o levantamento¹, feito com mais de 930 entrevistados, apenas 31% das pessoas que têm ou já enfrentou a doença continuaram trabalhando. O estudo contou com respostas de pacientes, ex-pacientes e pessoas que têm ou tiveram um paciente em seu círculo profissional ou social.
Quando questionadas se estavam trabalhando ou se tinham trabalhado durante o tratamento, 26% das pacientes e ex-pacientes responderam que pararam de trabalhar por conta do câncer. Outros 43% responderam que trabalham ou trabalharam, mas que tiraram licença médica. Das que responderam ter trabalhado ou trabalhar, 22% disse ser em tempo integral e 9%, em meio período.
De acordo ainda com a pesquisa, entre os desafios mais citados para as pessoas que não pararam de trabalhar estão: conciliar os sintomas do tratamento com a rotina profissional (28%), não poder deixar o trabalho por questões financeiras (21%), a falta de políticas de apoio ao paciente (19%), a incompreensão por parte de colegas e(ou) superiores (13%), a empresa não ofertar plano de saúde ou o benefício oferecido não cobrir os exames necessários (também com 13%), a falta de oportunidade de fazer home office (12%), o horário de trabalho não flexível (10%) e não poder se ausentar quando necessário (8%).
"Ao realizar esse estudo, percebemos é extremamente importante que os profissionais encontrem nas empresas um ambiente acolhedor e de difusão de informações, tanto para quem convive como para quem sofre ou já tratou um câncer", comenta Ana Plihal, diretora de soluções de talento do LinkedIn no Brasil.
Da parcela que respondeu ter parado de trabalhar por conta do câncer, 36% colocaram como motivo principal o afastamento pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), seguido por não se sentir bem o suficiente para trabalhar durante o tratamento (23%), motivos pessoais (20%), não conseguir conciliar trabalho com o tratamento (10%) e demissão (8%). Outros 2% ainda responderam que não se sentiam à vontade na empresa por conta das consequências do tratamento e só 1% afirmou não receber apoio suficiente da empresa em que trabalhava.
"O preconceito nas empresas é velado e desculpas como 'a vaga foi preenchida' e 'estamos enxugando a equipe' são rotina na vida de pacientes com câncer de mama que, após o diagnóstico da doença, precisam voltar ao mercado de trabalho", destaca Marcelle Medeiros, presidente da Fundação Laço Rosa.
Em 2019, um dos assuntos que promete chamar a atenção é a importância de mudar a legislação brasileira, que hoje não garante estabilidade de emprego para pacientes com câncer após o tratamento. O projeto de lei 8057/2017, aborda a estabilidade de no mínimo um ano nesses casos e está em uma comissão especial atualmente.
Levando em conta isso, o estudo perguntou aos entrevistados se eles sabiam o que era dispensa discriminatória. Cerca de 26% de pacientes de câncer de mama ainda desconhecem o que é e 18% já sofreram delas disseram ter sofrido uma dispensa discriminatória. Entre os respondentes que tinham pessoas pacientes de câncer de mama em seu círculo profissional ou círculo social, o percentual de desconhecimento foi de 34%. Já ao serem perguntadas se sofreram algum tipo de discriminação por parte de colegas de trabalho por ser ou ter sido paciente de câncer de mama, 39% responderam que sim.
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