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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Abril de 2019 às 03:00

Novo sistema de boletos reduz circulação de R$ 5,1 bilhões em espécie

Febraban diz que a ferramenta exigiu investimentos de R$ 500 milhões dos bancos

Febraban diz que a ferramenta exigiu investimentos de R$ 500 milhões dos bancos


/JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
Em plena operação desde dezembro, o sistema de pagamento de boletos, conhecido por Nova Plataforma de Cobrança, deve envolver a emissão de 6,6 bilhões de boletos neste ano, e reduziu a necessidade de saques de dinheiro em espécie no total de R$ 5,1 bilhões, já em seus três primeiros meses de funcionamento. A Febraban calcula que o novo sistema, que exigiu investimentos de R$ 500 milhões dos bancos, vai eliminar o equivalente a R$ 450 milhões em fraudes por ano.
Em plena operação desde dezembro, o sistema de pagamento de boletos, conhecido por Nova Plataforma de Cobrança, deve envolver a emissão de 6,6 bilhões de boletos neste ano, e reduziu a necessidade de saques de dinheiro em espécie no total de R$ 5,1 bilhões, já em seus três primeiros meses de funcionamento. A Febraban calcula que o novo sistema, que exigiu investimentos de R$ 500 milhões dos bancos, vai eliminar o equivalente a R$ 450 milhões em fraudes por ano.
A economia no uso de dinheiro em espécie foi obtida com 50 milhões de boletos que, no período de dezembro de 2018 a fevereiro deste ano, foram pagos em uma instituição financeira diferente daquela em que foi emitido o boleto. O total é equivalente a 65% dos documentos pagos, nesse período, após a data de vencimento. Antes da Nova Plataforma, uma conta vencida só poderia ser quitada na própria instituição financeira destinatária (emissora do boleto), o que exigia o saque em dinheiro para pagamento.
"Além de evitar o inconveniente e os riscos de andar com dinheiro vivo para pagar contas, estima-se que cerca de R$ 450 milhões em fraudes serão eliminadas anualmente com o fim das adulterações nos boletos", afirma Walter de Faria, diretor adjunto de Operações da Febraban.
Os especialistas da Febraban avaliam que foi necessário um salto tecnológico do setor bancário para pôr em funcionamento o novo sistema: de dezembro de 2018 a fevereiro deste ano, 1,5 bilhão de boletos foram cadastrados na base da Nova Plataforma, gerando mais de 6,6 bilhões de operações, que vão desde a inclusão e consultas de boletos na base de dados, a modificações das informações (alterações na data de vencimento, valor, atribuição de descontos ou abatimentos) e baixa dos documentos por pagamento.
O tempo de resposta de processamento de uma inclusão de dados, ou de uma consulta na base do sistema, é de apenas um segundo, em 99,88% das transações. Esse prazo foi um dos desafios no projeto da Nova Plataforma, necessário para alcançar níveis elevados de desempenho capazes de atender a usuários de boletos que exigem extrema rapidez, como o e-commerce.
A estimativa é que, em 2019, 6,6 bilhões de boletos sejam registrados na Nova Plataforma e mais de 25 bilhões de operações sejam realizadas, considerando o desempenho dos três primeiros meses de plena operação do sistema.
A adulteração do código de barras nos boletos de pagamento, fraude mais frequente aplicada nos pagamentos com boletos, foi inviabilizada com a Nova Plataforma, que facilita a conferência de dados de pagamento e alerta para inconsistências. Os especialistas recomendam, porém, que os usuários sempre confiram os dados nos pagamentos de contas, para prevenir novos tipos de fraudes.
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