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Empresas & Negócios

- Publicada em 21 de Janeiro de 2019 às 01:00

Organização fortalece ascensão social com iniciativas produtivas

Ações buscam estimular democracia, participação e solidariedade para construir uma sociedade igualitária

Ações buscam estimular democracia, participação e solidariedade para construir uma sociedade igualitária


Guayí/Divulgação/JC
Eduardo Lesina
Democracia, participação e solidariedade. Em uma sociedade igualitária e plural, esses três conceitos não podem ser esquecidos. Nesse sentido, a Guayí, organização porto-alegrense atuante na defesa dos direitos humanos, transformou-os em sobrenome e busca, através da relação horizontal entre os agentes públicos, gerar uma sociedade mais justa e menos agressiva às pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Democracia, participação e solidariedade. Em uma sociedade igualitária e plural, esses três conceitos não podem ser esquecidos. Nesse sentido, a Guayí, organização porto-alegrense atuante na defesa dos direitos humanos, transformou-os em sobrenome e busca, através da relação horizontal entre os agentes públicos, gerar uma sociedade mais justa e menos agressiva às pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Fundada em 2001, a entidade constituiu-se legalmente como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Unindo representantes que vinham dos movimentos sociais e pessoas com experiência em gestão pública, a Guayí procura formalizar parcerias com o Estado para a construção de políticas públicas que garantam direitos nas mais diversas áreas: "Fomos concebidos como uma iniciativa da sociedade para colaborar na garantia de políticas públicas e dos direitos sociais", explica a coordenadora-geral da organização, Helena Bonumá.
No curso histórico de formação da Guayí, dois movimentos são responsáveis pelo terreno que a instituição busca criar. Primeiro, o Grupo de Estudos Agrários (GEA), criado em 1979, movimento sindical com atuação junto ao movimento social (urbano e rural), movimento sindical e na luta pelos direitos da mulher. Já o segundo, deu-se através das experiências das gestões da Administração Popular na prefeitura de Porto Alegre, no período de 1988 a 2004. Nesse processo de formação com o caráter prático e experiência atuante nas causas sociais, a Guayí apresenta-se como um agente da nova cultura política baseada na horizontalidade, pluralidade, democracia e participação.
Nesse sentido, a organização atua na defesa dos direitos das mulheres, na questão da agroecologia - com foco na agricultura familiar -, do trabalho na prevenção à violência e na garantia dos direitos humanos - com interface na política de segurança pública, além das questões pertinentes à habitação de interesse social. Segundo a coordenadora-geral, esses pontos são trabalhados de forma transversal nos moldes e princípios da economia solidária. "Em primeiro lugar, trabalhamos economia solidária com pessoas em situação de vulnerabilidade social, que não conseguem alternativas de trabalho no mercado formal que, com a crise e a taxa de desemprego elevado, consequentemente sofrem com maiores dificuldades", explica Helena.
Para o coordenador técnico da organização, André Mombach, o diferencial da Guayí está na construção dos projetos: "Buscamos trabalhar questões sociais através de uma estratégia de produção econômica, para não gerar projetos que tenham fim em si mesmo". Dessa forma, a organização busca, através da organização produtiva, apresentar soluções para problemas como o machismo e a violência na sociedade.
MARCO QUINTANA/JC

Helena diz que foco são pessoas que não conseguem vaga no mercado formal. Foto: Marco Quintana/JC

Nesse sentido de mudança, as iniciativas econômicas transformaram-se na construção da Rede de Economia Solidária e Feminista, surgida como um desdobramento do projeto nacional que mapeou mais de 300 Empreendimentos de Economia Solidária (EES); Brasil Local: Economia Solidária e Economia Feminista, que funcionou de 2010 a 2012. A rede atualmente atua nas cinco regiões do País, efetivando sua atuação em 11 estados brasileiros, com o objetivo de gerar trabalho e renda, principalmente para mulheres e jovens, participando dentro de comunidades quilombolas, grupos de jovens, mulheres da periferia e assentamentos de reforma agrária e agricultura familiar.
A entidade e a Secretaria Nacional de Economia Solidária, criada em 2003, firmaram convênio para a realização do projeto que visa ao fortalecimento da Rede e sua articulação produtiva por segmentos e/ou arranjos locais. Nesse sentido, a Guayí participa do processo de assessoramento dos EES, bem como atua na formação, organização e comercialização da produção, visando compor estratégias de desenvolvimento local para a sustentabilidade dos empreendimentos em rede.
Na estruturação da iniciativa, a Rede tem entre suas metas gerar o fortalecimento como uma cadeia nacional que articula empreendimentos compostos majoritariamente por mulheres; fomento às 18 redes de cooperação solidária, cadeias produtivas ou arranjos locais; estratégias de comercialização de produtos e serviços das 18 redes no âmbito local; subsidiar processos locais e nacionais de desenvolvimento solidário e sustentável.
"A informalidade tem um custo", analisa Helena. Devido aos aspectos sociais que interferem no crescimento dos empreendimentos informais, a Guayí entende que o assessoramento nesses "negócios solidários" é um transformador social. Mesmo sendo forte parceria das prefeituras ao redor do Estado, a coordenadora-geral da Guayí aponta à responsabilidade do poder público em ser um agente nessa transformação. Além disso, Helena explica: "a responsabilidade social das empresas poderia ter um percentual das suas compras voltadas à economia solidária, que poderia gerar uma rede de parcerias solidárias capazes de gerar resultados bem exitosos".
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