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Empresas & Negócios

- Publicada em 17 de Dezembro de 2018 às 01:00

Brasil terá primeiro carro híbrido flex

Veículo produzido pela Toyota do Brasil será equipado com motor de combustão interna flexfuel

Veículo produzido pela Toyota do Brasil será equipado com motor de combustão interna flexfuel


/ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
A tecnologia para produção do primeiro veículo híbrido flex do mundo no Brasil foi lançada em cerimônia no Palácio do Planalto, na semana passada, que contou com a presença do presidente Michel Temer. O veículo produzido pela Toyota do Brasil será equipado com motor de combustão interna flexfuel, capaz de rodar com gasolina, etanol ou apenas eletricidade.
A tecnologia para produção do primeiro veículo híbrido flex do mundo no Brasil foi lançada em cerimônia no Palácio do Planalto, na semana passada, que contou com a presença do presidente Michel Temer. O veículo produzido pela Toyota do Brasil será equipado com motor de combustão interna flexfuel, capaz de rodar com gasolina, etanol ou apenas eletricidade.
A produção do modelo está prevista para o fim de 2019. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a montadora estima investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em sua unidade no Brasil. A Toyota informou que desde março fez diversos testes de rodagem com um protótipo híbrido flex no Brasil construído sobre a plataforma de um modelo Prius, atualmente o único representante híbrido da companhia vendido no Brasil.
"A ideia foi colocar à prova a durabilidade do carro em diversos tipos de estradas para avaliar o conjunto motor-transmissão quando abastecido com etanol. Durante esses meses, uma série de dados relacionados à performance e comportamento do carro foram coletados, que contribuíram na busca pelo balanço ideal de todo o conjunto", informa a Toyota.
O projeto foi desenvolvido com equipes de engenheiros da Toyota no Japão e no Brasil. "Juntos, brasileiros e japoneses trabalham para apresentar tecnologia com um dos mais altos potenciais de compensação de reabsorção de dióxodo de carbono desde o início do uso do etanol produzido a partir da cana de açúcar", disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge.
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, ressaltou que a iniciativa trará impacto na indústria brasileira, na formulação de novas tecnologias e nas pesquisas da área. "Essa tecnologia vai melhorar a qualidade de vida de todos nós, porque vamos ter a possibilidade de conviver com um ambiente mais limpo do ponto de vista energético, vai mobilizar conhecimento científico no Brasil."
O presidente Michel Temer afirmou que os investimentos da montadora nesse empreendimento revelam a credibilidade do setor automotivo em sua administração. "Quando vejo que as pessoas estão investindo no Brasil, eu digo que o governo deu certo."
O presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, destacou a importância do Rota 2030, novo regime tributário para as montadoras de veículos no País sancionado no dia 11 de dezembro. As empresas, como contrapartida, terão que investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. "A nova política industrial automotiva, Rota 2030, é, sem dúvida, a chave para acelerar a inovação com horizonte de longo prazo e apoio em pesquisa e desenvolvimento", disse Chang.
A execução do programa Rota 2030, que deve ser definida até o final deste ano para ser transformado de medida provisória em lei, animou o setor, que pretende implementar mais eficiência tecnológica e a se impor perante o mercado mundial. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, manifestou otimismo com a possibilidade de ser mantido esse aquecimento e de melhora nas vendas externas no próximo ano.
A comercialização de veículos novos atingiu neste ano o melhor desempenho desde 2015, compensando de certa forma o fraco desempenho das exportações no setor. De janeiro a novembro, foram licenciados 2,3 milhões de unidades ante 2,2 milhões, em 2017, com alta de 15%. Essa taxa superou a meta do setor, que era crescer 13,7%.
"Fomos surpreendidos por esse resultado e estamos vendo um consumidor interessado em comprar e condições favoráveis aos negócios, já que temos oferta de crédito e baixa inadimplência", afirmou. De acordo com Megale, a crise na Argentina, para onde seguem 70% das encomendas externas, contribuiu para que as exportações fechem o ano abaixo da meta inicial de vendas, que era de 700 mil - a previsão é de 650 mil unidades comercializadas.
No acumulado até novembro, o volume financeiro alcançou US$ 13,8 bilhões, o que é 5,2% menos do que em igual período do ano passado. Entre novembro e outubro último, houve recuo de 1,4%. Isso ocorreu também com o mercado doméstico, onde houve baixa de 9,3%, somando o escoamento de 230,9 mil unidades. O presidente da Anfavea considerou pontuais os resultados do mês, lembrando que novembro teve dois dias úteis a menos.
Megale acrescentou que, enquanto não ocorre a retomada da economia argentina, as montadoras estão "fazendo um esforço" para explorar novos mercados. Entre os clientes onde se espera uma compensação pela queda das vendas na Argentina, estão sendo feita negociações com o Chile e a Colômbia e até mesmo parcerias incomuns, caso da Rússia, que mostrou interesse na compra de caminhões pesados.
No mês passado, a produção de veículos caiu 6,9% em relação à de outubro e foi 1,6% inferior à de novembro do ano passado, sob a influência da falta de dinamismo nas exportações. No acumulado até novembro, porém, o resultado já é o melhor desde 2015, tendo atingido 2,7 milhões de unidades, com aumento de 8,8% sobre 2017.
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