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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Novembro de 2018 às 01:00

Mercado prevê 30 empresas indo à bolsa em até 18 meses

Empresas & Negócios - Economia - Bovespa -  rednuht on Visualhunt.com  CC BY

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As operações de abertura de capital em bolsa de empresas brasileiras devem ser destravadas no País à medida em que se consolidam as previsões de crescimento econômico e saem do papel as reformas propostas pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Analistas trabalham com uma lista de cerca de 30 empresas que estariam prontas para vender ações no mercado, considerando aquelas que já fizeram o pedido de listagem na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Haveria ainda um conjunto de companhias que começaria a se movimentar à medida em que investidores mostrassem apetite por esse tipo de papéis.

As operações de abertura de capital em bolsa de empresas brasileiras devem ser destravadas no País à medida em que se consolidam as previsões de crescimento econômico e saem do papel as reformas propostas pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Analistas trabalham com uma lista de cerca de 30 empresas que estariam prontas para vender ações no mercado, considerando aquelas que já fizeram o pedido de listagem na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Haveria ainda um conjunto de companhias que começaria a se movimentar à medida em que investidores mostrassem apetite por esse tipo de papéis.

Os primeiros IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) devem ser do banco BMG e da empresa de serviços de tecnologia Tivit, que planejam concluir a operação ainda neste ano. Já a holding de energia Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, pode tentar uma oferta inicial no primeiro trimestre de 2019, após duas ofertas suspensas por falta de disposição de investidores em entregar o valor pedido pelos acionistas.

As emissões tentam capturar a euforia do mercado com a vitória de Bolsonaro - na quinta-feira (1), o Ibovespa bateu recorde histórico ao fechar em 88.419 pontos. A eleição do capitão reformado do Exército era vista mesmo durante a eleição como um potencial catalisador de um período benigno e duradouro de alta para a bolsa. Isso porque desde a campanha o presidente eleito passou a defender ideias econômicas liberais, amparado em seu guru e futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. "O último período de alta relevante foi nos anos Lula. Os grandes movimentos da bolsa se devem a eventos políticos", diz André Rosenblit, responsável pela área de Equities do Santander.

O recorde da bolsa brasileira foi em 2007, quando 64 operações de abertura de capital foram registradas; um ano antes, em 2006, foram 26. Segundo o executivo do Santander, esse total de 30 empresas deve ir a mercado nos próximos 18 meses, com potencial de movimentar US$ 15 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões).

Desse universo, Antonio Pereira, executivo da área de banco de investimento do Goldman Sachs no Brasil, projeta que até 30% não conseguirá efetivamente abrir capital, por razões específicas da companhia. Não seria, portanto, por falta de demanda de investidores, afirma. Além disso, outras preencheriam essa lacuna para o mercado alcançar o número mágico de 30 operações de abertura de capital.

O potencial do mercado brasileiro é considerado grande pelo longo tempo em que quase não houve espaço para novas operações, reflexo da longa recessão e das dificuldade de empresários e investidores vislumbrarem um cenário mais otimista para a economia brasileira e para o resultado das empresas. "Ficamos com essa janela de cinco anos quase em compasso de espera", diz Pereira, do Goldman Sachs.

Na preferência desses investidores, predominariam os setores financeiro e de saúde, educação e energia. Nesses segmentos, haveria amplo potencial de crescimento para as companhias. O exemplo mais citado pelo mercado de operação bem-sucedida é a abertura de capital da PagSeguro - que pertence ao UOL - na bolsa de Nova Iorque.

Na operação, realizada em janeiro, foram movimentados

US$ 2,3 bilhões (R$ 8,5 bilhões), e a forte demanda abriu espaço para a concorrente Stone realizar sua oferta, na qual levantou
US$ 1,5 bilhão (R$ 5,6 bilhões). As duas operações mostram a demanda de investidores por empresas disruptivas do setor financeiro.

O Agibank, banco do Rio Grande do Sul que está migrando sua operação para serviços digitais, planejava realizar o IPO no mesmo período da PagSeguro, mas precisou engavetar o projeto por ver a demanda pelos papéis minguar. 

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