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Empresas & Negócios

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

Empregos podem ser ameaçados por robôs

Pesquisa revela que pode haver substituição de funcionários por novas tecnologias dentro das empresas

Pesquisa revela que pode haver substituição de funcionários por novas tecnologias dentro das empresas


/RAWPIXEL.COM/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Do total de trabalhadores da indústria brasileira de manufatura, 62% teme perder seus empregos para robôs no prazo de 10 anos, indica pesquisa recente realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a organização Latinobarómetro.
Do total de trabalhadores da indústria brasileira de manufatura, 62% teme perder seus empregos para robôs no prazo de 10 anos, indica pesquisa recente realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a organização Latinobarómetro.
Apesar disso, seis em cada 10 pesquisados se dizem confortáveis com a educação que receberam e se consideram preparados para os empregos no futuro. Uma percepção oposta aos indicadores que colocam o País em posições baixas nos rankings de desenvolvimento de capital humano.
Esse é um grande desafio para o próximo governante do Brasil, avalia Ana Inés Basco, especialista sobre indústria 4.0 do Instituto para a Integração da América Latina e o Caribe (Intal) do BID. "O Brasil tem uma oportunidade enorme de liderar essa mudança na região", diz ela, referindo-se à transição da indústria tradicional para a que utiliza tecnologia de ponta. No entanto, é preciso dar prioridade ao desenvolvimento das habilidades para o trabalho do futuro e para uma distribuição "justa" dos ganhos advindos das novas tecnologias.
Para a especialista, o receio dos brasileiros e dos latino-americanos em geral quanto à perda de empregos para robôs é um tanto exagerado. Em vez de desaparecer, o mais provável é que as vagas de trabalho mudem. "Se aprendemos algo nos últimos anos foi que a questão (o impacto da robotização) não é tanto sobre setores, nem mesmo sobre profissões, mas sobre tarefas", disse.
"Tarefas repetitivas, tanto manuais quanto cognitivas, tais como atender ao telefone, levantar ou mover itens, interpretar mapas, tendem a ser automatizadas." No entanto, há um conjunto de tarefas que exigem habilidades interpessoais, criativas e de gerência que continuarão a ser executadas por humanos. E, diz ela, os trabalhadores geralmente executam uma mistura dessas duas coisas.
Assim, a tendência mais forte não é a de extinção de empregos, e sim a mudança na forma de trabalhar, com redução de tarefas repetitivas. Uma outra pesquisa de que participou, chamada "Planeta Algoritmo", reúne evidências que dois terços do impacto das novas tecnologias se darão dentro de um mesmo emprego.
Na indústria têxtil, por exemplo, já é amplo o uso de máquinas para cortar tecidos. Mas as tarefas de costurar e pregar acabamentos ainda são desempenhadas por humanos. A tendência é que essa parte da produção também seja robotizada. Assim, as pessoas vão dedicar-se a funções como design e vendas.
 
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