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Empresas & Negócios

- Publicada em 15 de Outubro de 2018 às 01:00

Gestão de patrimônio conquista mais espaço

Beneficiados devem pagar, inicialmente, 5% da dívida, sem descontos

Beneficiados devem pagar, inicialmente, 5% da dívida, sem descontos


/PROJETADO POR IJEAB - FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Pouco a pouco, as gestoras de patrimônio vão conquistando um espaço que antes era só dos grandes bancos. O volume sob gestão dessas casas alcançou R$ 98,6 bilhões, distribuídos por 6 mil grupos familiares ou investidores em junho deste ano - um avanço de 10% ante junho do ano passado, segundo a Anbima. Gestores explicam que o avanço poderia ser maior, mas comemoram o fato de haver uma parcela da população preocupada com a gestão do seu dinheiro - num momento em que está mais difícil saber onde aplicar.

Pouco a pouco, as gestoras de patrimônio vão conquistando um espaço que antes era só dos grandes bancos. O volume sob gestão dessas casas alcançou R$ 98,6 bilhões, distribuídos por 6 mil grupos familiares ou investidores em junho deste ano - um avanço de 10% ante junho do ano passado, segundo a Anbima. Gestores explicam que o avanço poderia ser maior, mas comemoram o fato de haver uma parcela da população preocupada com a gestão do seu dinheiro - num momento em que está mais difícil saber onde aplicar.

Nos últimos dois anos, as gestoras de patrimônio foram beneficiadas pelo juro baixo, que obrigou as pessoas a turbinar as carteiras e olhar investimentos além do Tesouro Direto. Porém, a crise minou a geração de riqueza no País - e com isso desacelerou o crescimento dessas casas. Em 2018, o avanço foi só de 2%.

O que segurou a tendência de alta foi justamente a falta de compreensão dos brasileiros sobre o universo dos investimentos e o aquecido mercado de fusões e aquisições - que, em 2018, teve o melhor semestre desde 2010. Com mais empresários vendendo participações, mais liquidez no mercado - e parte desses recursos vão para bancos ou gestoras.

Na Azimut Wealth Management, o presidente Antonio Costa conta que o crescimento de 40% no ano, para R$ 5 bilhões, foi em parte sustentado pela captura dessa riqueza e pela valorização da figura do "advisor" (consultor). "As pessoas estão acuadas, precisam mais de alguém que diga 'calma' e oriente", diz. Reflexo dessa preocupação é a alocação de mais de 50% do volume total do setor estar em renda fixa.

Para o diretor da Ativa Wealth Management, Arnaldo Curvello, o crescimento da gestora ainda é muito pequeno, sobretudo se comparado ao saldo de R$ 700 bilhões parados na poupança. Para traçar um paralelo, nos Estados Unidos, as maiores casas têm US$ 700 bilhões sob o guarda-chuva. "É uma tendência as pessoas procurarem pela gestão profissional, mas ainda estamos muito atrasados." A casa também tem R$ 5 bilhões sob gestão.

O cenário atual, porém, deixa o potencial da indústria represado, aponta Jan Karsten, presidente da GPS, do grupo suíço Julius Baer, com R$ 28 bilhões. "Se o mercado de capitais aquecer, o gestor de patrimônio vai crescer a uma taxa maior que a dos private bankings", diz. "Por outro lado, se as coisas piorarem, há um risco de maior saída de brasileiros para e exterior, por exemplo."

O avanço das casas independentes trava ainda na ideia de que são feitas apenas para grandes fortunas, como em family offices. De fato, gestoras mais consolidadas, como a GPS, têm foco nesse público; mas novos nomes aparecem para "popularizar" a gestão de patrimônio. É o caso da Fiduc, que permite a gestão de R$ 5 mil, apesar de aconselhar ter pelo menos R$ 50 mil. Diferentemente dos bancos, em que o gerente recebe pelos produtos, na Fiduc, os administradores são remunerados com base em uma taxa fixa sobre o patrimônio do cliente. "As pessoas têm medo de investir ou fazem escolhas ruins. Um exemplo é a Bolsa: todo mundo entra na alta", explica Valter Police responsável pela Academia Fiduc.

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