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Empresas & Negócios

- Publicada em 15 de Outubro de 2018 às 01:00

Dionisia traz conceito de torneiras com vinho


DIONISIA/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Lesina
Empresária experiente no ramo da gastronomia, Jaqueline Meneghetti uniu, em seu novo empreendimento, sabedoria e paixão. Sócia da Petiskeira e antiga sócia-fundadora do Grupo Press, onde permaneceu por 13 anos, Jaqueline conhece muito bem os caminhos do mundo dos negócios. Em uma das suas atividades extra durante sua caminhada ao Olimpo, Jaqueline também foi sócia de uma produtora de shows e espetáculos, tendo a honra, como diz a própria, de ter feito o último show do Cazuza em Porto Alegre.
Empresária experiente no ramo da gastronomia, Jaqueline Meneghetti uniu, em seu novo empreendimento, sabedoria e paixão. Sócia da Petiskeira e antiga sócia-fundadora do Grupo Press, onde permaneceu por 13 anos, Jaqueline conhece muito bem os caminhos do mundo dos negócios. Em uma das suas atividades extra durante sua caminhada ao Olimpo, Jaqueline também foi sócia de uma produtora de shows e espetáculos, tendo a honra, como diz a própria, de ter feito o último show do Cazuza em Porto Alegre.
Agora, a empresária soma essa experiência com uma antiga paixão: os vinhos. Com um conceito que ainda não existia em Porto Alegre, o Dionisia Vinho Bar apresenta 64 torneiras com diferentes tipos de vinho, em doses de 50ml, 75ml ou 125 ml, para propagar o conhecimento sobre a bebida que acompanhou a evolução das civilizações desde o Antigo Egito.
Formada em Jornalismo pela Pucrs, mas sem exercer, foi no mundo empresarial que Jaqueline encontrou sua verdadeira pauta. Com um planejamento de execução de um ano, Jaqueline buscou as referências dos deuses gregos para compor o Dionisia, um projeto que atendesse aos seus desejos, desde a concepção do conceito até a estruturação arquitetônica.
JC Empresas & Negócios - Como surgiu a ideia de abrir um Vinho Bar em Porto Alegre?
Jaqueline Meneghetti - Surgiu muito em função de um projeto pessoal. Sempre tive a ambição de abrir um negócio voltado para o mundo do vinho, que é uma paixão minha há muito tempo. A ideia principal é as torneiras de vinho, que conheci enquanto viajava pela Europa. Lá, elas são bem utilizadas, inclusive para degustações. Então busquei adaptar essa ideia à realidade daqui e construir o Dionisia, buscando estimular a vontade degustar.
Empresas & Negócios - Como foi o planejamento para por o empreendimento em prática?
Jaqueline - O projeto de execução levou um ano. Comecei a procurar pessoas que se envolvessem com o projeto e que, ao mesmo tempo, tivessem a sintonia com o que eu estava propondo e que se identificassem com a filosofia de trabalho. Depois, busquei fornecedores, informações de funcionamento, de logística, de compra e de entrega e, principalmente, sobre o funcionamento das torneiras, devido à complexidade do sistema e do software que o gerencia. Todo o consumo dele é registrado, com um banco de dados que fornece as informações de utilização das torneiras. Para concluir o projeto, o investimento foi de R$ 2,5 milhões, com um retorno esperado dentro de um prazo mínimo de três anos.
Empresas & Negócios - Quais as preocupações que surgiram ao investir nesse mercado?
Jaqueline - Por ser um tipo de negócio inovador na cidade, fiquei com receio de que o público não fosse aderir ao processo de servir as suas próprias taças, mas para minha alegria, as pessoas estão adorando. Outro ponto que me preocupou muito era o projeto arquitetônico: busquei um estilo mais atemporal e que permanecesse mais tempo vivo dentro do conceito do vinho bar. Mesmo com um planejamento bem estruturado, as pessoas me diziam que era loucura investir nesse momento de crise, mas acredito muito em operações gastronômicas bem construídas, bem planejadas e bem executadas. Acreditava que a ideia iria agradar as pessoas, então me senti segura profissionalmente, graças a minha experiência, e imaginava isso funcionando na minha cabeça.
Empresas & Negócios - Com a experiência já adquirida em outros empreendimentos, o que pode ser aproveitado para a criação do Dionisia?
Jaqueline - O que consegui trazer foi, principalmente, a experiência e o conhecimento na área de gestão empresarial. Disso, toda a parte que envolve as questões técnicas, empresariais, administrativas, financeiras, de controle e de recursos humanos foram mais acessíveis devido a minha trajetória. Formar uma rede de fornecedores e parceiros foi facilitado por eu já conhecer o meio.
Empresas & Negócios - E o que não pode ser trazido dessas outras experiências?
Jaqueline - Aqui é um trabalho mais diário e mais artesanal. Na Petiskeira, por exemplo, funcionamos como uma máquina de produção devido ao volume e as diversas casas. No Dionisia, procuramos algo vivo e orgânico. Também, pelo fato de ser apenas uma casa, a ideia é criar algo único e mais exclusivo.
Empresas & Negócios - Dentro do Dionisia, existe outro espaço que procura valorizar a cultura do vinho. Como funciona o ambiente do Dionisia e a relação da loja com o bar?
Jaqueline - Quando planejei o Dionisia, a ideia era não ser somente um bar, mas sim um negócio do mundo do vinho. Para isso, buscamos dar opções que não costumam ter em outros estabelecimentos de Porto Alegre. Temos uma loja conceito, na qual procuramos ter os vinhos que oferecemos nas máquinas, vinhos raros e produtos da temática, como uma livraria especializada no assunto. Nesse sentido, temos uma curadoria bem importante, com os dois sommelières da casa. Para formar esse ambiente único e conceitual, temos alguns objetos e produtos exclusivos desenvolvidos especialmente para o Dionisia, como trabalhos da Heloisa Crocco e Tania Rresmini. Dentro da loja, ainda planejamos realizar aulas esporádicas com grandes profissionais da área do vinho.
Empresas & Negócios - Qual o público que o Dionisia pretende atingir?
Jaqueline - Nesse tempo curto de operação, a gente pode avaliar que 60% do público é feminino e acredito que acompanha uma tendência geral no consumo nesse tipo de busca por entretenimento. Além disso, a gente vê um público bastante jovem, distanciando daquela ideia de que o vinho é uma bebida para homens de mais idade. O Dionisia vem para democratizar esse processo, pois acredito na importância das pessoas perceberem que elas podem tomar um bom vinho por um preço acessível. Acima de tudo, o vinho é para ser realmente degustado, e a pessoa tem que sentir se ela gostou ou não. Tem gente que pode ter a ideia de que os valores são mais altos, mas não é bem assim, a gente tem vários preços para agradar vários bolsos.
Empresas & Negócios - Como funciona a escolha e a rotatividade dos vinhos?
Jaqueline - Os nossos sommelières fazem uma curadoria. 40% da casa vai ser sempre modificável, para criarmos essa rotatividade. Quando substituímos um rótulo, procuramos por um vinho no mesmo estilo do anterior. Temos dos vinhos brancos leves aos grandes vinhos tinto ícones, passando por tintos leves, importados, vinhos rosés e vinhos brancos leves - carro chefe da casa. Apresentamos vinhos, espumantes, vinhos do porto e vinhos de sobremesa. O nosso vinho regional também vale ser destacado e a Serra Gaúcha está começando a colher bons frutos depois do investimento feito. Procuramos sempre trazer um rótulo novo da Serra, para apresentar um panorama do nosso vinho. Temos uma grande carta de espumantes gaúchos também.
Empresas & Negócios - O Dionisia atende a um público de nicho. Como fazer para expandir esse mercado?
Jaqueline - Em um primeiro momento, acredito que exerce uma atração geral. As pessoas se sentiram muita atraídas pela ideia e vêm conhecer. Essa vontade de conhecer, penso eu, vai tornando-se cada vez mais natural. Nossa estratégia é o produto e a ideia de diversão. O vinho é assim, vamos conhecendo e nos apaixonando cada vez mais.
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