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Empresas & Negócios

- Publicada em 24 de Setembro de 2018 às 01:00

Líder no ramo de churrasqueiras, Scheer fortalece atuação no mercado residencial

Daniel Scheer conta que os espaços gourmet são a nova aposta para expansão da marca

Daniel Scheer conta que os espaços gourmet são a nova aposta para expansão da marca


/SCHEER CHURRASQUEIRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
Especializada na produção de churrasqueiras industriais prontas e, mais recentemente de parrillas, em linha com novas perspectivas do mercado consumidor, a marca Scheer tem reconhecimento mundial há mais de 20 anos. A empresa familiar com sede em Caxias do Sul exporta 75% da sua produção para mais de 65 países, e tem seu maior mercado consumidor nos Estados Unidos, para onde migraram as grandes churrascarias brasileiras.
Especializada na produção de churrasqueiras industriais prontas e, mais recentemente de parrillas, em linha com novas perspectivas do mercado consumidor, a marca Scheer tem reconhecimento mundial há mais de 20 anos. A empresa familiar com sede em Caxias do Sul exporta 75% da sua produção para mais de 65 países, e tem seu maior mercado consumidor nos Estados Unidos, para onde migraram as grandes churrascarias brasileiras.
Como forma de manter o crescimento e repor perdas em função das crises econômicas, em especial, no Brasil, a empresa fortalece sua atuação no mercado residencial, aproveitando tendência cada vez mais forte de todo imóvel ter seu espaço gourmet que, segundo Daniel Scheer Viapiana, filho do fundador e atual diretor da empresa, está se tornando diferencial de venda de imóveis.
Empresas & Negócios - A Scheer se apresenta como líder mundial na produção de churrasqueiras industriais? Como alcançou esta condição?
Daniel Scheer Viapiana - Em 1976, meu pai Darci Viapiana iniciou a produção de churrasqueiras portáteis. Em seguida ingressou no segmento industrial, porque as churrascarias, que naquela época funcionavam, basicamente, junto aos postos de gasolina, nas rodovias, migraram para dentro das cidades, agregando valor ao serviço e tornando-se locais mais sofisticados. Veio, como decorrência, a necessidade de os estabelecimentos aumentarem a capacidade de atendimento, surgindo as churrasqueiras rotativas. Foi, assim, que começamos a ganhar presença no mercado.
Empresas & Negócios - Em que momento a marca começou a ter repercussão mundial?
Viapiana - Quando assumi, no início dos anos 1990, começamos a trabalhar com churrasqueiras prontas para atender ao movimento das grandes churrascarias que começaram a sair do País, porque era caro construir uma estrutura em alvenaria para montar as churrasqueiras. Em 1996, ganhamos em definitivo o mercado externo, atendendo às grandes marcas que migraram. Internamente, a empresa vendia espetos e sistemas rotativos. Lá fora, equipamentos prontos.
Empresas & Negócios - O início, então, foi pelos Estados Unidos?
Viapiana - Começamos pelos Estados Unidos, mas logo outros mercados viram que o negócio das churrascarias era muito lucrativo. Hoje, vendemos não apenas para brasileiros que instalam casas no exterior, mas também para empresários locais. Hoje, exportamos para mais de 65 países, dos cinco continentes. São produtos customizados por mercado, e não somente para churrascarias e galeterias, também para chefs de cozinha em função dos cortes especiais, hoje um produto da moda. Por isso, cresceu aqui e, em alguns países, o mercado de grelhados e nós também entramos neste segmento com produtos específicos. Nos Estados Unidos acontece o inverso: os funcionários que saem dos estabelecimentos montam operações de espeto corrido, porque o steak house é comum por lá.
Empresas & Negócios - Como tem se comportado o mercado brasileiro?
Viapiana - No Brasil, a expansão dos grelhados começou há três anos e já representa 50% dos negócios. O modelo tradicional de churrascarias está em declínio. Isto ocorre em função dos cortes especiais, pela falta de mão de obra especializada para servir o espeto corrido, e pela própria queda no mercado. Uma churrascaria só é lucrativa quando tem rotatividade. Hoje é muito mais em conta ter um funcionário operando a grelha e um garçom padrão levando os pratos até as mesas. Um profissional especializado em espeto corrido é muito valorizado atualmente, além do que o sistema gera elevado desperdício. Atualmente, no Brasil, 70% das vendas da empresa na linha profissional são grelhas, situação que também começa a ficar mais equilibrada no mercado residencial. Quando somamos as vendas externas, os dois tipos de produtos se equivalem em representatividade.
Empresas & Negócios - Qual tem sido a participação das exportações nos negócios da empresa?
Viapiana - No momento é de 75%, mas era de 50% na última década. Mudou muito nos últimos dois anos, com a conquista de novos mercados e clientes, como Nova Zelândia e Austrália. No Brasil, o mercado segue estabilizado. São negócios pequenos, porque não se tem mais as megachurrascarias. Estamos ganhamos terreno com produtos diferentes.
Empresas & Negócios - Que produtos são estes?
Viapiana - Sempre tivemos itens para a linha residencial, mas normalmente éramos comprados. Agora temos uma linha específica para este segmento, que é muito grande. Estamos focando no nicho de alto padrão, do espaço gourmet. Tem construtoras colocando o espaço gourmet nas varandas dos apartamentos e vendendo como diferencial. O gaúcho é bairrista e ainda gosta da carne no espeto, mas também está mudando em função dos cortes especiais. Por isso, temos produtos com braseiro para carvão ou a gás, grelhas, rotativos, tudo num só equipamento, ou desmembrados. Criamos a churrasqueira portátil concebida para áreas externas, para que haja interação do churrasqueiro com os convidados. Tem também a cooktop, um produto patenteado, que segue o conceito do eletrodoméstico. É inserido em módulos de móveis planejados ou como extensão de bancadas. Para a linha industrial, também aplicável na residencial, desenvolvemos o sistema tipo elevador, que sobe e desce e permite escolher a temperatura aplicada às carnes. No segmento profissional atuamos como alfaiate: customizamos o produto de acordo com o cliente.
Empresas & Negócios - A que atribuis este desempenho positivo no exterior?
Viapiana - O churrasco brasileiro é muito valorizado no exterior e isto se estendeu aos produtos. Temos os nossos equipamentos nas maiores churrascarias mundiais e isto avaliza a marca. Investimos em certificações internacionais nos Estados Unidos e na Austrália, e estamos agora buscando para a Europa. Do volume total de exportações, 50% seguem para os Estados Unidos, 20% a 25% para a Austrália e o restante se divide nos demais países. Queremos estar mais próximos destes mercados por meio de distribuidoras no Japão, na Austrália e nos Estados Unidos e, agora, começando na Europa. Atendemos grandes grupos consolidados, com 50 casas, e agora estão nascendo pequenas operações. Os Estados Unidos ainda têm grande potencial.
Empresas & Negócios - É pensamento da empresa ter estrutura fabril nestes países?
Viapiana - Sim, temos planos neste sentido. Logicamente que, no momento, a relação cambial nos favorece, já vendíamos bem com paridade de R$ 2,50, mas como isto pode mudar teremos de redobrar esforços lá fora para manter os mercados a partir daqui. Por isso, os estudos para ter estrutura de montagem em algum país.
Empresas & Negócios - Como se estrutura este mercado de churrasqueiras no Brasil?
Viapiana - Existe muita informalidade, com pequenas empresas atuando para atendimento regional. Na área profissional, o mercado é bem concentrado, mas alguns competidores também atendem a gastronomia, com portfólio mais variado. Nós somos especialistas em churrasqueiras e parrillas. Nos Estados Unidos, este nosso mercado é mais concorrido, com grandes marcas e especialistas como nós.
Empresas & Negócios - Quais as principais demandas atuais do mercado?
Viapiana - Uma tendência muito forte é o sistema de sobe e desce automático para aproveitar melhor o fogo da churrasqueira. Também se buscar reduzir a perda de caloria nos equipamentos, poupando de 20% a 30% na queima no carvão, e ainda evitar que o calor se espalhe pelo salão.
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