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Empresas & Negócios

- Publicada em 27 de Agosto de 2018 às 01:00

Investimento agora é colaborativo

Contabilidade digital - divulgação Creativeart - Freepik.com
Digital composition of confused businessman looking at business related graphics on a glass wall

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/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Um ano após ser regulamentado, o investimento colaborativo em novas empresas está mudando de patamar no Brasil. Com R$ 50 milhões já levantados junto a pequenos investidores, o equity crowdfunding - uma espécie de vaquinha on-line que recruta investidores pela internet - evolui para além do circuito de startups de tecnologia. Chega agora a companhias da economia real, financiando até projetos imobiliários e proporcionando cheques mais gordos aos empreendedores.
Um ano após ser regulamentado, o investimento colaborativo em novas empresas está mudando de patamar no Brasil. Com R$ 50 milhões já levantados junto a pequenos investidores, o equity crowdfunding - uma espécie de vaquinha on-line que recruta investidores pela internet - evolui para além do circuito de startups de tecnologia. Chega agora a companhias da economia real, financiando até projetos imobiliários e proporcionando cheques mais gordos aos empreendedores.
Se, no ano passado, a EqSeed - uma das quatro maiores plataformas que unem projetos e investidores - se destacava ao proporcionar a captação de R$ 250 mil ao portal de transações comerciais Invoop, hoje, a cervejaria 3Cariocas tenta um voo mais alto a partir dali: levantar R$ 2 milhões.
"Trabalhávamos antes com empresas que buscavam o chamado capital semente, de até R$ 800 mil. Com o amadurecimento do modelo, já vemos demanda para valores maiores. É o que chamamos de venture capital (capital de risco) inicial", explica Greg Kelly, sócio da EqSeed, que planeja lançar captações de até R$ 5 milhões, máximo permitido pela regulamentação, em 2019. O equity crowdfunding foi regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em julho de 2017. Antes, era praticado com base em lacunas das regras de mercado, limitando-se a empresas que se enquadrassem no Simples (faturamento de até R$ 3,6 milhões ao ano). Com a regulamentação, empresas que faturam até R$ 10 milhões foram autorizadas a levantar recursos dessa forma. A transição para cifras maiores atende a uma demanda reprimida.
"Empresas que precisam captar menos de R$ 4 milhões acabam não sendo atendidas pelos fundos de investimento tradicionais, que preferem aplicar valores maiores em troca de uma fatia relevante da companhia. O crowdfunding virou um meio do caminho necessário", conta Thiago Holzmeister, diretor de produto da carioca GreenAnt, que desenvolve tecnologias para o setor elétrico e acaba de levantar R$ 1,6 milhão por meio da EqSeed.
O trio de amigos de colégio que fundou a cervejaria 3Cariocas em 2014 se inspirou numa experiência internacional para buscar o investimento colaborativo. A festejada cervejaria britânica BrewDog se tornou uma história de sucesso no segmento depois de levantar 61,5 milhões de libras em diversas rodadas de crowdfunding.
A modalidade se tornou uma solução para os investimentos que a 3Cariocas precisa fazer para seguir crescendo, já que bancos e investidores tradicionais procurados pelos donos não alcançaram os R$ 2 milhões que precisam. Além disso, os empresários perceberam que oferecer na internet a chance de alguém se tornar sócio deles pode ser uma boa ferramenta de marketing. Com sete rótulos no catálogo, a cervejaria já fatura R$ 120 mil por mês. Isso apesar de ser "cigana" - não tem fábrica própria, aluga capacidade ociosa em outras cervejarias.
"O investidor poderá aplicar em algo que consome. Poderemos ganhar uma multidão de embaixadores. Isso agrega valor à marca", diz o sócio João Gabriel Reis, de 26 anos. "Essa é uma diversificação importante para o crowdfunding, que sempre foi muito forte entre startups."
Para o investidor, a vantagem é se tornar acionista de uma empresa com grande potencial de crescimento, o que pode significar retorno elevado no futuro. Quando aplica, o investidor geralmente recebe um título de dívida conversível em ações. Por outro lado, trata-se de uma aplicação de altíssimo risco, já que empresas nascentes têm alta "taxa de mortalidade". Ou seja, o investidor pode acabar sócio de um negócio que não vale nada.
 
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