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Empresas & Negócios

- Publicada em 06 de Agosto de 2018 às 01:00

Bancos estão mais digitais


LUIS MOLINERO/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Com um mercado de R$ 2,7 trilhões em aplicações na mira, bancos médios têm lançado e ampliado plataformas digitais próprias. A estratégia visa a diversificar fontes de recursos e, sem o custo de intermediários, fidelizar clientes ao oferecer remuneração mais vantajosa.
Com um mercado de R$ 2,7 trilhões em aplicações na mira, bancos médios têm lançado e ampliado plataformas digitais próprias. A estratégia visa a diversificar fontes de recursos e, sem o custo de intermediários, fidelizar clientes ao oferecer remuneração mais vantajosa.
"Imagine um banco que vai emitir CDB (Certificado de Depósito Bancário) para captar R$ 10 milhões pagando 106% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Quando o ativo passa pela distribuidora, parte do retorno fica para remunerar os custos da corretora, de modo que o que chega ao investidor cai para 102%. Se o banco distribui diretamente ao varejo, no entanto, não há esse spread", diz Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Planejar (associação de planejadores).
O ABC Brasil, que desde 1989 atua no atacado oferecendo crédito e serviços para empresas, lançou, na semana passada, sua plataforma para investimentos de pessoas físicas. O ABC Personal é a primeira iniciativa estruturada do banco para atender o varejo. A ideia é funcionar como uma curadoria e oferecer cerca de 20 produtos, tanto do próprio banco quanto de terceiros.
A prateleira inicial inclui ativos como CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), mas será ampliada para oferecer títulos públicos, debêntures e fundos de investimentos, entre outros. "O negócio de pessoa física é voltado para captação. O funding de varejo vai aumentar nos próximos anos e ganhar importância no banco", diz Sergio Lulia Jacob, vice-presidente executivo do ABC.
Iniciativas no segmento são também uma forma de bancos médios se posicionarem entre a força das grandes instituições e a expansão das corretoras. No ABC, a intenção é conquistar, por exemplo, acionistas, executivos e funcionários das companhias que já operam com a instituição.
"Sabemos que é um nicho concorrido, mas há oportunidades. Já temos relacionamento com clientes de maior renda, e isso nos dá a possibilidade de conversar com quem depende menos do limite do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para investir", diz Gustavo Machado, responsável pelo ABC Personal.
A oferta mais ampla de produtos, com opção de aplicações menores e dentro da cobertura do FGC - que garante pagamento de até R$ 250 mil por CPF por instituição em caso de quebra -, é um dos atrativos que corretoras oferecem ao investidor do varejo.
De outro perfil, o BS2, antigo Bonsucesso, mudou de nome e de estratégia para se tornar um banco digital voltado a pessoas físicas e jurídicas. Em junho, lançou sua plataforma digital para testes, com serviços bancários e opções de investimentos. Empresas menores, com acesso limitado a grandes bancos, são um dos principais focos do BS2.
O Banco Inter deixou de vender por meio de terceiros títulos emitidos pela instituição. "Quando tiramos o intermediário, podemos oferecer um produto mais rentável", diz seu presidente, João Vitor Menin. No Inter, o correntista digital é também o investidor-alvo da plataforma. Hoje, são 741 mil correntistas digitais.
Folhapress
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