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Empresas & Negócios

- Publicada em 23 de Julho de 2018 às 01:00

Debênture isenta de IR em alta

Papéis foram destaque entre as emissões de títulos de renda fixa no primeiro semestre deste ano

Papéis foram destaque entre as emissões de títulos de renda fixa no primeiro semestre deste ano


/Patrícia Comunello/Especial/JC
As debêntures incentivadas foram destaque entre as emissões de títulos de renda fixa corporativos no primeiro semestre deste ano e chegaram a R$ 10,8 bilhões, o maior valor desde o lançamento em 2012. Entre os motivos para a onda de oferta está o incentivo do Bndes e maior atratividade dos investimentos de longo prazo, que já oferecem rentabilidades melhores com possível alta da inflação e da taxa básica de juros, a Selic.
As debêntures incentivadas foram destaque entre as emissões de títulos de renda fixa corporativos no primeiro semestre deste ano e chegaram a R$ 10,8 bilhões, o maior valor desde o lançamento em 2012. Entre os motivos para a onda de oferta está o incentivo do Bndes e maior atratividade dos investimentos de longo prazo, que já oferecem rentabilidades melhores com possível alta da inflação e da taxa básica de juros, a Selic.
Com as aplicações de renda fixa recuperando o brilho na prateleira de investimentos, este produto é uma das apostas para quem quer diversificar e não está olhando tanto para o prazo da aplicação e o risco. Esses títulos de longo prazo têm isenção de Imposto de Renda (IR). Em contrapartida, o governo exige que as companhias usem o dinheiro para projetos de infraestrutura.
A emissão recorde das debêntures com este fim chegou a superar em seis meses todo o ano de 2017, quando somaram R$ 9 bilhões, segundo a B3. Elas também lideram em número de captações e respondem por 57% do que foi arrematado pelo mercado de capitais em 2018. O total captado foi de R$ 9,6 bilhões, contra R$ 2,1 bilhões do mesmo período de 2017. A alta foi de 353%, segundo a Anbima, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
Como catalisadores desse avanço, José Eduardo Laloni, diretor da associação, cita a queda da Selic, que levou os investidores a olharem para outros produtos menos conservadores, não só o Tesouro, por exemplo. Outro passo favorável foi a ação do Bndes de frear os desembolsos para as empresas, forçando-as a buscarem outros meios de arrecadar recursos. Em maio, o Bndes anunciou que vai destinar R$ 5 bilhões para fundos de infraestrutura, o que cresce os olhos dos gestores institucionais, detentores de 57,9% das debêntures incentivadas. "Com esse fomento, a lógica é que democratize o acesso a essa aplicação, melhore o arcabouço legal, a concentração e flexibilize mais o prazo de alocação."
Os fundos minimizam o risco dessa aplicação, explica Rafael Zlot, sócio e gestor de crédito do Brasil Plural, pois une em um lugar só diversas empresas e deixa a escolha a cargo de um profissional. Por não contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, de até R$ 250 mil, o investidor precisa escolher com cautela a empresa na qual vai investir, para não correr o risco de levar um calote. Zlot diz que o pior para as empresas de infraestrutura já passou.
 
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